quarta-feira, 26 de julho de 2017

Secretario de Doria conhece “Bilhete Único Facial”, em cidade chinesa que adota solução brasileira para transportes

BRT em Yinchuan. A “A Cidade Mais Inteligente do Mundo”
Em Yinchuan, tarifa de ônibus é cobrada por software que detecta características dos passageiros. Transportes têm sistema de corredores criado em Curitiba
ADAMO BAZANI
Como já havia anunciado o Diário do Transporte na edição de 21 de julho, o secretário municipal de Inovação e Tecnologia, Daniel Annenberg, visitou nesta terça-feira, 25, Yinchuan, conhecida como “A Cidade Mais Inteligente do Mundo”, para conhecer, entre outras novidades, um software que faz cobrança de tarifa de ônibus por meio de reconhecimento facial.
Relembre:
Annenberg conheceu de perto o sistema que chamou bastante atenção.
O programa reconhece a face do passageiro, cuja foto é previamente cadastrada no sistema de transportes. Este software é conectado à rede bancária. Quando o reconhecimento é concluído, em questão de segundos, o valor é debitado da conta do usuário.
A tecnologia não deve ainda desembarcar em São Paulo, mas a visita da comissão do prefeito João Doria é para ter acesso a ideias e soluções, justifica o poder público.
UMA SOLUÇÃO BEM BRASILEIRA NA CIDADE MAIS INTELIGENTE DO MUNDO:
Se o Brasil pode conhecer, no exterior, alternativas para melhorar a mobilidade urbana, a “Cidade mais Inteligente do Mundo” adotou há cerca de cinco anos, uma solução tipicamente brasileira, o BRT – Bus Rapid Transit.
O corredor de ônibus de Yinchuan tem em torno de 17 quilômetros de extensão e atende, em 22 estações, por dia 90 mil passageiros.
O primeiro BRT do mundo surgiu no Brasil, em 1974, na cidade de Curitiba, e teve como objetivos, além de melhorar os transportes, reorganizar a cidade e planejar o seu crescimento.
Um dos idealizadores, o arquiteto Jaime Lerner, que foi prefeito de Curitiba nesta época, até hoje apresenta a solução como saída mais viável para os transportes nas cidades, mesmo as que investem em Metrô. Entretanto, Lerner defende os atuais BRTs com uma inovação: incorporando ônibus elétricos. Seriam corredores não poluentes, ou menos poluentes, a exemplo do Corredor ABD, operado pela Metra, entre São Mateus e Jabaquara, nas zonas Leste e Sul da capital paulista, respectivamente, passando por cidades do ABC.
Entretanto, as estruturas defendidas por Lerner seriam mais modernas, com estações fechadas e embarque de nível.
E neste sentido, a cidade de Curitiba classificou como vencedor de uma PMI – Pesquisa de Manifestação de Interesse, lançada pela administração municipal, um projeto chamado CIVI – City Vehicle Interconnect, elaborada pela fabricante de ônibus Volvo junto com a representante da marca Nórdica, Cesbe Engenharia (construtora paranaense que atua em projetos de infraestrutura) e pela Associação Metrocard (que reúne as empresas de ônibus da região metropolitana de Curitiba).
O projeto deve contar com ônibus híbridos e posteriormente elétricos puros. No entanto, inicialmente, pode admitir ônibus diesel, inclusive de tecnologias mais antigas, e veículos que não sejam necessariamente produzidos pela Volvo.
No entanto, ainda não há prazo para a proposta sair do papel
Relembre:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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