A Marcopolo fechou o primeiro semestre com crescimento de inacreditáveis 83,5% no número de carrocerias produzidas no Brasil em relação ao mesmo período de 2017, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus).
A Marcopolo festejou o aniversário de 69 anos de estrada nesta segunda-feira, 6 de agosto, com a sensação de página virada, após a severa crise econômica que acanhou o mercado automotivo pesado e o baque provocado pelo incêndio na fábrica de plásticos, no complexo fabril do bairro Ana Rech, em setembro de 2017.
A empresa participou na última semana, de 31 de julho a 2 de agosto, da Lat.Bus & Transpúblico 2018, principal palco da indústria latino-americana de transporte de passageiros, em São Paulo, na qual colheu percepções otimistas. Principal expositora da feira, apresentou 12 lançamentos, número recorde, pela primeira vez com a união de suas três marcas: Marcopolo, Neobus e Volare.
– Recebemos clientes e parceiros de todo o país e do continente latino-americano e conseguimos destacar ainda mais a nossa liderança de mercado e a força de cada uma das três marcas – empolga-se Francisco Gomes Neto, diretor-geral da Marcopolo S.A.
A força da Marcopolo em se reestruturar permite acreditar que num futuro não tão distante o mercado brasileiro de ônibus possa retomar os volumes recordes de produção registrados entre 2011 e 2013. Até então, voltar a esse patamar parecia sonho. Mas a esperança, agora, é de que isso possa ocorrer, apesar das interrogações no ar sobre o real impacto das eleições no cenário econômico do segundo semestre.
Os números empolgam: nos primeiros seis meses, a Marcopolo viu os negócios duplicarem no mercado nacional, pulando de 1.333 carrocerias no primeiro semestre de 2017 para 2.797 de janeiro a junho deste ano. As exportações subiram mais de 50% no período, com o embarque de 1.604 unidades nos primeiros seis meses de 2018.
Marcopolo projeta 2º semestre com carteira de pedidos
No final da tarde desta segunda-feira, a própria Marcopolo divulgou ao mercado seu balanço completo, confirmando o momento de euforia vivido após as perdas amargadas pela crise econômica. Nesse caso, os indicadores englobam os números das três marcas (Marcopolo, Neobus e Volare) e apontam receita líquida consolidada de R$ 1,856 bilhão nos primeiros seis meses de 2018, acelerada de 43,3% em relação ao mesmo período de 2017 (R$ 1,296 bilhão). O lucro líquido de R$ 54,3 milhões representa avanço de 86% sobre o primeiro semestre de 2017 (R$ 29,2 milhões).
O que sinalizam os números? Que houve melhora contínua na demanda por ônibus, tanto no mercado brasileiro quanto nas exportações, que aumentaram 55,5% e 67,5%, respectivamente. O aquecimento impactou todos segmentos: urbanos, rodoviários e escolares voltados ao programa federal Caminho da Escola, esse último nicho com tendência a ganhar ainda mais impulso no segundo semestre.
A despeito das incertezas com a economia e o pano de fundo eleitoral, os próximos meses se apresentam promissores à maior fabricante de ônibus da América Latina, com uma "carteira consistente de pedidos".
– Esperamos que a retomada de volumes se sustente nos próximos meses, sobretudo no mercado externo que, com a desvalorização do real, pode impactar positivamente a receita líquida e os resultados operacionais – confirma o CEO Francisco Gomes Neto.
Curiosidade: a Neobus, incorporada pela Marcopolo em 2016, registrou lucro líquido de R$ 6,3 milhões no segundo trimestre de 2018, revertendo prejuízo de R$ 8,9 milhões do mesmo período de 2017. Essa planta fabril de Ana Rech ganhou eficiência ao abrigar a produção de modelos Volare, transferida da fábrica instalada no bairro Planalto.
Com informações: Pioneiro/RBS
Fonte: Fortalbus
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