terça-feira, 2 de maio de 2017

Número de ônibus incendiados no Rio neste ano até agora supera todo 2016

Ataques prejudicam os próprios passageiros. Foto: Reprodução / TV Globo
Dados são da Fetranspor, entidade que reúne as companhias. Prejuízos somam R$ 22,9 milhões
ADAMO BAZANI
Nos últimos dois dias, os moradores do Rio de Janeiro se sentiram acuados com ações violentas que culminaram em incêndios a ônibus.
Somente na manhã desta terça-feira, nove veículos foram atacados na Zona Norte do Rio e no município de Duque de Caxias.
No último domingo,  outros dois ônibus foram incendiados por criminosos na Estrada de Madureira, em Nova Iguaçu. É o terceiro ataque na mesma região em um mês.
De acordo com nota enviada ao Diário do Transporte pela Fetranspor (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro), o número de ônibus atacados de janeiro deste ano até hoje superou todo o registrado em 2016. Foram 51 veículos destruídos de 1º de janeiro a 2 de maio de 2017, contra 43 de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2016.
Na nota, a entidade ainda diz que o prejuízo somente com a frota destruída chega a R$ 22,9 milhões, sem contar com o que as empresas deixam de arrecadar com o serviço e as perdas dos passageiros com a falta de transporte. O valor supera os R$ 19 milhões gastos com a reposição de frota destruída em todo o ano passado.
Com esse tipo de ataque, os veículos – não há seguro para casos de incêndios criminosos – são inteiramente descartados.
O custo estimado para a reposição da frota incendiada este ano já chega a R$ 22,9 milhões. E com a crise econômica e o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão não há garantia para a compra de novos veículos, que podem demorar até um ano para entrarem em circulação.
Em 2016, com 43 ônibus incendiados, este custo superou R$ 19 milhões.
Em seis meses, somente na capital, cerca de 70 mil passageiros deixam de ser transportados em cada veículo.
Os motivos investigados pela polícia para os ataques desta terça-feira são invasões de comunidades controladas por traficantes por grupos rivais, além de represálias a ações policiais.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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