Há suspeita de superfaturamento de R$ 208 milhões nas obras do BRT Sul
ADAMO BAZANI
A Polícia Federal realiza na manhã desta sexta-feira, 11 de maio de 2018, a segunda fase da Operação Paratinaico, que investiga fraudes e corrupção em obras públicas do Distrito Federal.
A primeira fase teve como alvo a construção do Estádio Mané Garrinha e, desta vez, as apurações são sobre as obras de construção do BRT Sul, o corredor de trânsito rápido para ônibus que liga três regiões.
A PF, com autorização Judicial, cumpre 15 mandados de busca e apreensão, sendo 13 em Brasília, um em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e um na capital paulista.
Há suspeitas de um esquema de fraudes e corrupção que teria motivado o superfaturamento a obra em R$ 208 milhões, ou cerca de 25%, do valor total.
O Consórcio responsável pelas obras foi formado pelas empresas Via Engenharia, OAS, Andrade Gutierrez e Setepla Tecnometal Engenharia.
A licitação das obras ocorreu ainda na gestão do ex-governador José Roberto Arruda, em 2008, mas a construção teve início em 2011, já com governador Agnelo Queiroz e vice Tadeu Filippelli à frente do Palácio do Buriti.
O BRT do DF, também chamado de Expresso DF, foi inaugurado em junho de 2014, ainda para a Copa do Mundo no Brasil naquele ano.
O sistema conta com 43 km, dos quais 35 km em faixas exclusivas, fazendo a ligação entre as regiões administrativas de Santa Maria e Gama ao Plano Piloto.
Por dia, são transportados 220 mil passageiros, em média.
As investigações também e baseiam em delações premiadas.
O ex-diretor da Andrade Gutierrez, Rodrigo Lopes, disse ao Ministério Público Federal – MPF em 29 de setembro de 2016, nas investigações das Operação Lava Jato, que o ex-governador Agnelo Queiroz e o vice, Tadeu Filippelli, teriam recebido R$ 8 milhões em propina para as obras do BRT Sul.
Os acusados negam.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Fonte: Diário do Transporte
Nenhum comentário:
Postar um comentário