quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Receita líquida da Marcopolo sobe 45,5% no acumulado até setembro e soma R$ 2,95 bilhões

Ônibus rodoviário da Marcopolo, um dos segmentos destacados pela multinacional brasileira. Foto: Adamo Bazani (Clique para Ampliar)
Mercado de rodoviários e Caminho da Escola aqueceram atividades da empresa no terceiro trimestre
ADAMO BAZANI
JESSICA MARQUES
Os resultados da recuperação econômica, mesmo que gradual, e os impactos nos variados segmentos do mercado de ônibus foram sentidos pela Marcopolo, atualmente a maior encarroçadora de ônibus do País.
A empresa, com sede em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, divulgou na noite desta segunda-feira, 05 de novembro de 2018, os resultados do acumulado do ano entre janeiro e setembro e do terceiro trimestre.
Segundo o relatório enviado aos investidores, ao qual o Diário do Transporte teve acesso, entre janeiro e setembro, a Marcopolo registou Receita Operacional Líquida de R$ 2,95 bilhões, valor 45,5% maior que semelhante período de 2017.
Nas operações brasileiras, a receita subiu 82% de janeiro a setembro deste ano, somando R$ 1,41 bilhão.
As exportações renderam à Marcopolo, entre janeiro e setembro uma receita líquida de R$ 888 milhões, alta de 34% em relação aos nove primeiros meses do ano passado.
As operações no exterior, registraram receita líquida de R$ 657,2 milhões, alta de 10,7%.
O lucro líquido da Marcopolo subiu 165% de janeiro a setembro, somando R$ 119 milhões.
Sobre o terceiro trimestre, a Marcopolo destacou que a receita líquida somou R$ 1,10 bilhão, com crescimento de 49,5% em relação ao terceiro trimestre de 2017.
O lucro bruto atingiu R$ 183,1 milhões (16,6% de margem), aumento de 63,0% no terceiro trimestre e o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) totalizou R$ 115,3 milhões e margem de 10,5% neste terceiro trimestre.
Contando as operações no Brasil, exportações e no exterior, as empresas da Marcopolo S.A. fabricaram de janeiro a setembro, 11.744 ônibus, alta de 54% em relação ao mesmo período do ano passado.
Somente para o mercado interno, neste período, foram 7.689 unidades.
No terceiro trimestre, contando todas as operacionais nacionais e internacionais, foram 4.822 unidades, sendo 3.642 para o mercado interno.
No relatório para os investidores, ao qual o Diário do Transporte teve acesso, a Marcopolo destaca o Caminho da Escola e o mercado de rodoviários no terceiro trimestre:
No mercado de rodoviários, o crescimento de volumes foi beneficiado pela entrada em vigor, a partir do dia 15 de outubro, da regra que determina que novos ônibus devam ser equipados com elevadores de acessibilidade, tendo os operadores antecipado compras antes da vigência da norma. Adicionalmente, regra que estabelece que em 2018 a idade média para as frotas das linhas interestaduais e internacionais deverão atingir 6 anos e a retomada dos segmentos de fretamento e turismo também têm contribuído para a recuperação. Nos urbanos, os principais catalizadores de demanda seguem sendo a definição de tarifas em grandes cidades, além da percepção de melhora, mesmo que marginal, da economia brasileira. O trimestre também foi beneficiado pelas entregas de urbanos ao programa Caminho da Escola, onde parte dos pedidos é classificada. Em relação ao programa Caminho da Escola, o destaque é o forte crescimento após quatro anos de retração. No 3T18, foram faturados 490 urbanos, 445 micros e 103 Volares, totalizando 1.038 unidades. Das licitações vencidas pela Companhia em 2018, foram entregues 1.626 unidades até o momento, com perspectiva de bons volumes também durante o 4T18 e 1S19.
Quanto ao mercado externo, a Marcopolo destaca a valorização do dólar, que contribuiu para as exportações e a atuação da Polomex (México) e Volgren (Austrália)
“O mercado de exportação segue contribuindo para melhora das margens, com bom mix de produtos e taxa de câmbio favorável. Nas operações internacionais, os destaques foram as unidades da Polomex (México) e Volgren (Austrália), que apresentaram crescimento de 32,4% e 21,5%, respectivamente, em unidades físicas produzidas. Pelo lado da rentabilidade, a unidade mexicana reportou um lucro líquido de R$ 3,5 milhões, retomando patamares saudáveis de rentabilidade a partir de pedidos relevantes confirmados no 2T18. A operação australiana, por outro lado, reportou prejuízo de R$ 2,5 milhões, sofrendo com problemas de produção ao longo dos 9M18. A Companhia vem buscando soluções visando retomar a lucratividade da operação no 4T18.”
 
Adamo Bazani e Jessica Marques, jornalistas especializados em transportes

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