segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

América - Antes da padronização

 America 19630
Busscar Urbanuss MB OF-1721
(Ano 1999_ex-19618, 19512, 19576 e 19616)

 America 19527 
Mascarello Gran Micro VW 9-150 OD
(Ano 2003_ex-19527 E ex-Rubanil 73065)

 America 19537 
Mascarello Gran Via Midi II VW 15-190 EOD 
(Ano 2008)

 America 19545 
Mascarello Gran via Midi I VW 15-180 EOD 
(Ano 2007)

 America 19566 
Mascarello Gran Via Midi I MB OF-1418
(Alongado_Ano 2007)

 America 19568 
Caio Induscar Apache Vip I VW 17-210 OD 
(Ano 2002)

 America 19570 
Mascarello Gran Via Midi I VW 15-180 EOD 
(Ano 2007)

 America 19572
Caio Induscar Apache Vip I VW 17-210 EOD 
(Ano 2002_ex-Tingua RJ 156.055)

America 19595
Mascarello Gran Via Midi I VW 15-180 EOD
(Alongado_Ano 2007)

Fotos de Marcelo Lucas 

NOME:
Transportes América Ltda.
ENDEREÇO:
Av.Coronel Phidias Távora, 400/411 - Pavuna
SITE:
Não tem
SAC:
(0xx21) 3452-9350
NÚMERO DA EMPRESA:
B19500
REGIÃO DE OPERAÇÃO:
B - Internorte

Criada na década de 60, a Transportes América tem como principal foco o bairro da Pavuna, onde fica a sede da empresa. Todas as linhas regulares, variantes e extraordinárias que a empresa opera tem ponto final no bairro.

Em 1981, foi efetuada a aquisição da Transportes América pela Viação Rubanil.

Em 1986, com o falecimento do Sr. Manuel dos Santos Pereira, as empresas passaram a ser administradas pelos seus filhos.

Atualmente a Transportes América opera com a maior parte da frota com ônibus convencionais, com ou sem ar.

Linhas Regulares:
  372: PASSEIO - PAVUNA (Rápido)
  373: PASSEIO - PAVUNA (Parador)
  374: PAVUNA - PRAÇA XV (Parador - Via Costa Barros - Circular)
  376: PAVUNA - PRAÇA XV (Rápido - Via Rua Mercúrio - Circular)
  377: PAVUNA - PRAÇA XV (Rápido - Via Costa Barros - Circular)
  665: SAENS PEÑA - PAVUNA (Via Martin Luther King)
  907: PAVUNA - BONSUCESSO


Linhas Variantes:
  376: PAVUNA - PRAÇA XV (Rápido - Via Parque Colúmbia - Circular)
  376: PAVUNA - PRAÇA XV (Via Linha Vermelha - Circular)
  665: SAENS PEÑA - PAVUNA (Via Costa Barros)
  665: SAENS PEÑA - PAVUNA (Via Dutra)
  907: PAVUNA - CIDADE UNIVERSITÁRIA
 Linhas Parciais:
372: IAPC - PASSEIO (Rápido)
  373: PAVUNA - MARACANÃ (Rápido)
  374: IAPC - PRAÇA XV (Parador)
  377: IAPC - PRAÇA XV (Rápido)
  907: PAVUNA - VIGÁRIO GERAL
  
A Ética em Primeiro Lugar!
Obras de Livre Circulação Desde Que Respeitado
Os Direitos Autorais Fotográficos de Seus Autores

Postagem de João Manoel (Equipe Litoralbus)
Fonte: Litoralbus

Scania se une à fabricante de baterias para eletrificação de ônibus e caminhões

Citywide LF, de piso baixo total, é o modelo elétrico da Scania que deve ganhar as ruas na Suécia já em 2018. Foto: Dan Boman 2017
Investimentos em projetos serão de 10 milhões de euros e terão início na Suécia
ADAMO BAZANI
A Scania anunciou nesta sexta-feira, 26 de janeiro de 2018, uma parceria com a fabricante sueca de baterias de lítio Northvolt para a eletrificação de ônibus e caminhões pesados.
Um dos focos principais será o desenvolvimento de tecnologia de células de bateria.
Os investimentos devem ser de cerca de 10 milhões de euros.
As equipes da fabricante de baterias e da montadora vão instalar uma planta de pesquisas, a Northvolt Labs, em Västerås, na Suécia para desenvolver e comercializar as células de bateria destinadas para os veículos comerciais. As empresas também entraram em um acordo de compra para células de bateria.
Em nota, o presidente e CEO da Scania, Henrik Henriksson, acredita que a eletricidade será o futuro da mobilidade, mas que neste momento, as baterias não estão desenvolvidas o suficiente para atender a todas as necessidades das operações de ônibus e caminhões.
“A eletrificação desempenhará um papel fundamental na mudança para um sistema de transporte livre de combustíveis fósseis. No entanto, a tecnologia atual de células de bateria deve ser desenvolvida para atender aos requisitos comerciais dos clientes de ônibus e caminhões pesados”, – disse
Já o co-fundador e CEO de Northvolt, Peter Carlsson, diz que o objetivo da empresa, constituída em 2015, é fazer as chamadas “baterias verdes”, cujo processo de produção tem baixas emissões de carbono e há possibilidade de reciclagem de quase todo o material.
Hoje uma das preocupações sobre os carros, caminhões e ônibus elétricos são os impactos ambientais da produção das baterias e depois, o destino destes componentes com o esgotamento total da vida útil.
O executivo disse que as “baterias verdes” são recomendadas para os veículos pesados.
“Com a experiência em produtos e negócios da Scania combinada com nosso processo de fabricação de ponta, estamos convencidos de que podemos produzir células de bateria econômicas e verdes, com a mais alta qualidade para o mercado de veículos comerciais pesados”
Inicialmente, a parceria vai abranger a atuação das marcas na Suécia e em países próximos.
Não somente as baterias e os ônibus e caminhões serão estudados, como também haverá o desenvolvimento de infraestrutura de redes de carregamento das baterias, tanto nas garagens e pátios, como em portos secos e armazéns (no caso de caminhões) e em terminais e estações (para os ônibus).
Neste ano, deve já ganhar as ruas de Estocolmo, o modelo elétrico Citywide LF, de piso baixo total.
Enquanto os modelos elétricos ainda serão desenvolvidos na Europa, para a América Latina a Scania aposta no Gás Natural Veicular – GNV e biometano (gás oriundo da decomposição do lixo).
A tecnologia, hoje mais usada pela marca na Suécia, no continente europeu, já é realidade também nas operações de ônibus da Scania na América Latina, tendo por exemplo, cidades da Colômbia, como Bogotá, Medellín e Cartagena. No Brasil, a marca apresentou um modelo que funciona com GNV ou biometano  a diversas cidades. Em São Paulo, há um modelo em testes na Viação Gato Preto, da Zona Oeste. Os resultados devem ser divulgados entre março e abril e, de acordo com o diretor nacional de vendas de ônibus da Scania do Brasil, Silvio Munhoz, em entrevista ao Diário do Transporte, outra empresa da capital paulista se interessou em testar o modelo e uma companhia da região de Campinas não descarta a possibilidade de compra.
Confira:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

sábado, 27 de janeiro de 2018

Empresa de ônibus no Rio parada por falta de pagamento de salários

Ônibus da VG. Clique na foto para ampliar
Paralisação afetou seis linhas
ADAMO BAZANI
Funcionários da empresa VG, do Rio de Janeiro, cruzaram os braços da manhã desta sexta-feira, 26.
Seis linhas foram afetas, sem ônibus no início das operações: 483,497,484,906,498,485.
Os trabalhadores dizem que a companhia de ônibus atrasou o pagamento dos salários.
Em nota, o Consórcio Internorte, diz que o atraso se deu porque ações judiciais trabalhistas que bloquearam o pagamento do Vale-Transporte, afetando a viação.  O consórcio também citou a crise financeira pela qual enfrentam as empresas de ônibus por causa dos congelamentos e reduções nos valores das tarifas.
“A empresa precisou adiar os pagamentos devido ao bloqueio de 100% do recebimento de Vale Transporte, por conta de ações trabalhistas oriundas de terceiros, além da crise financeira enfrentada por todo setor de ônibus com os dois congelamentos de tarifa (2017 e 2018)”
Ainda na nota, o Consórcio Internorte diz que tenta acionar um plano de contingência, mas tem encontrado dificuldades.
O Consórcio Internorte informa que vai tentar acionar um plano de contingência, nesta sexta-feira, para assumir as linhas operadas pela Viação VG. O plano de contingência, porém, enfrenta dificuldades de implantação devido aos impactos sofridos por todo o setor com o congelamento da tarifa pela Prefeitura em 2017 e 2018.
Desde a manhã desta sexta, rodoviários fazem uma paralisação na porta da garagem devido ao atraso dos salários de janeiro. A empresa precisou adiar os pagamentos devido ao bloqueio de 100% do recebimento de Vale Transporte, por conta de ações trabalhistas oriundas de terceiros, além da crise financeira enfrentada por todo setor de ônibus com a defasagem da tarifa.
É importante ressaltar que, desde o início do ano, as empresas vem alertando para as consequências da maior crise financeira do sistema rodoviário do Rio de Janeiro. Uma vez que a Prefeitura decidiu descumprir o contrato de concessão ela passa a ser a principal responsável pelo risco iminente de colapso do sistema.
A VG está negociando com seus funcionários e trabalha para normalizar a operação o mais rápido possível.

Desde 2015 não há reajuste no valor das tarifas. Naquele ano, a passagem foi fixada em R$ 3,80. Em 2017, a Justiça revogou dois aumentos aplicados pela gestão do ex-prefeito Eduardo Paes e a tarifa voltou a R$ 3,60 e depois R$ 3,40. Mas nesta semana, reivindicando o reajuste anual previsto em contrato, os consórcios de operação de ônibus no Rio conseguiram decisão judicial que determina tarifa de R$ 3,60. As companhias queriam ao menos R$ 4,00.
A prefeitura do Rio pode recorrer. A juíza estipulou dez dias para o reajuste ser aplicado a parti da notificação da prefeitura.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Viação Riodoce

VIAÇÃO RIODOCE

História

A viação Riodoce surgiu em 1978 com a cisão da Companhia São Geraldo de Viação, inicialmente para atender apenas os estados da Bahia e Minas Gerais. Sob o comando de Sr. Dário da Anunciação Grossi, cresceu, se modernizou e alcançou outras rotas desde a capital do Rio de Janeiro, passando pelo litoral do Espírito Santo, chegando ao sul da Bahia.
Hoje, com mais de 350 ônibus, a viação tem como principal objetivo transportar passageiros com segurança, pontualidade e conforto. São cerca de 12 milhões de pessoas transportadas por ano, configurando a Riodoce como uma das maiores viações do país.
A empresa também realiza fretamento de veículos para turismo, congressos ou eventos em geral. Além disso, a Riodoce oferece serviços de entrega de mercadorias com agilidade e responsabilidade.



quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Empresas de ônibus e trabalhadores pedem vacinação prioritária contra febre amarela para profissionais dos transportes de São Paulo

Ônibus na zona Sul, onde em parte da região começou distribuição de senhas (Clique na Foto para Ampliar).
Nesta terça-feira, 23, SPUrbanuss protocolou pedido à gestão Doria
ADAMO BAZANI
O sindicato que reúne as empresas de ônibus da capital paulista, SPUrbanuss, protocolou nesta terça-feira, 23, pedido à Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes para que motoristas, cobradores e fiscais de linhas tenham prioridade na vacinação contra a febre-amarela.
A Secretaria de Mobilidade, pelo pedido, deveria fazer a intermediação com a Secretaria da Saúde.
Segundo o sindicato das viações, no último dia 18, o Sindimotoristas, que é o sindicato que reúne os trabalhadores em transportes na cidade de São Paulo, pediu apoio à entidade patronal para também reforçar o pedido da possibilidade de a vacinação prioritária ocorrer de uma maneira mais ágil.
Na carta que foi encaminhada ao secretário Sergio Avelleda, o presidente do SPUrbanuss, Francisco Christovam, diz que os trabalhadores precisam ter prioridade porque muitos estão expostos em áreas consideradas de maior risco e porque os horários de jornadas de trabalho não permitem a espera em postos de saúde.
Segundo o Sindimotoristas, a entidade protocolou pedido semelhante em 25 de outubro do ano passado.
O motorista de ônibus Adilson Tadeu Esteves Cypriano, 48 anos, que trabalhava a VIP Transporte, unidade Itaim Paulista, operadora da capital paulista, morreu no dia 9 de janeiro, com diagnóstico de febre amarela, de acordo com o Sindimotoristas.
O profissional, no entanto, teria passado o fim de ano na cidade de Mairiporã, na Grande São Paulo, considerada uma das áreas de risco.
Não foi possível determinar onde o motorista contraiu a doença.
A vacinação com a dose fracionada começa neste feriado municipal, 25.
A prefeitura de São Paulo começou hoje a distribuição de senhas nas casas dos moradores da capital.
Só poderão tomar a vacina as pessoas que estiverem com a senha. Já quem for viajar para destinos que exigem a vacinação com a dose completa precisa comprovar a viagem.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, incialmente serão vacinados os moradores de regiões das zonas Sul e Leste da cidade.
Na zona Leste, estão incluídos inicialmente os distritos Cidade Líder, Cidade Tiradentes, Guaianases, Iguatemi, José Bonifácio, Parque do Carmo, São Mateus e São Rafael.
Já na zona Sul, nesta primeira fase, até 18 de fevereiro, devem ser vacinados os moradores dos distritos Capão Redondo, Cidade Dutra, Grajaú, Jardim São Luis, Pedreira, Socorro, Vila Andrade e Campo Limpo.
Nas etapas seguintes, a vacinação vai incluir outras regiões da cidade.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

ENTREVISTA: MAN acredita em crescimento para 2018 e deve homologar ônibus articulado de motor dianteiro


Homologação de novo ônibus articulado da MAN com motor dianteiro deve ser uma das grandes novidades da marca para 2018. Foto: Guilherme Nascimento (Clique para ampliar)
Em entrevista ao Diário do Transporte, gerente nacional de vendas de ônibus da MAN, Jorge Carrer, fala sobre o aumento da procura pelo 17.260 OD e do otimismo com o Programa Caminho da Escola
ADAMO BAZANI
O ano de 2018 deve ser positivo para a MAN Latin America Volkswagen Caminhões & Ônibus que se prepara para apresentar ao mercado grandes novidades (uma grande literalmente) no segmento de transporte coletivo de passageiros.
Em entrevista exclusiva ao Diário do Transporte, por telefone, na última semana, o gerente nacional de vendas de ônibus da MAN, Jorge Carrer, falou sobre as estimativas de aumento na comercialização para o mercado interno e do início do processo de homologação de um modelo de ônibus articulado com motor dianteiro, já seguindo a nova versão da norma NBR 15-570, que define os padrões que devem ser seguidos pelos veículos de transporte coletivo.
Carrer, entretanto, fez questão de deixar claro que todo o otimismo é acompanhado com uma dose se cautela e expectativa quanto à macroeconomia e o cenário político do País.
“Trabalhamos com uma estimativa de crescimento do setor entre 10% e 20% para 2018 e isso é um ótimo sinal, mas não podemos esquecer que este crescimento se dará sobre uma base que ficou muito reduzida nos últimos anos por causa da crise econômica. Em 2017, os emplacamentos de ônibus no mercado interno cresceram 5%, com 11,6 mil unidades, ou seja, metade do mercado de até 2013” – explicou o executivo, que ainda disse que no segundo semestre de 2017, o mercado de ônibus já começou a apresentar sinais mais concretos de recuperação.
A respeito do ônibus articulado com motor dianteiro, Carrer disse ao Diário do Transporte que logo que for definida a nova versão da norma 15-570 do Inmentro/ABNT, a MAN já vai dar início ao processo de homologação do veículo.  A última audiência pública da norma deve ser realizada em março.
Carrer disse que ônibus de grande porte com motor dianteiro podem corresponder a uma necessidade hoje do mercado que não é atendida desde a última atualização da norma, em 06 de janeiro de 2011, quando a indústria praticamente começou a deixar de fazer veículos articulados com motor na frente.
“Existem linhas em todo o Brasil que são de alta demanda, precisam de veículos grandes, mas por causa das condições operacionais, como vias de tráfego mais difícil e menor estrutura, não podem receber ônibus articulados de piso baixo e motor traseiro, em especial nos lugares onde não há uma rede de corredores. O modelo articulado de motor dianteiro deve responder a estas necessidades, trazendo conforto e segurança. A carência por esta solução é tão grande que até hoje, em médias e pequenas cidades, circulam articulados mais antigos com motor dianteiro” – explicou Jorge Carrer.
O motor do novo veículo deve ter potência em torno de 280 cavalos e torque maior em baixas rotações.
Por causa do peso e da necessidade de força, o torque acaba ganhando mais importância para ônibus e caminhões do que a potência em si, que é mais relacionada à velocidade.
O executivo, entretanto, fez questão de ressaltar que por causa dos avanços tecnológicos atualmente os ônibus com motor dianteiro apresentam um nível de conforto mais elevado para os passageiros e motoristas que antigamente.
“A suspensão pneumática é um exemplo. A NBR vai exigir uma distância menor do degrau em relação ao solo, que será atendida por este tipo de suspensão. A transmissão automática também faz o ônibus de motor dianteiro um veículo melhor. Veja bem, é importante ressaltar, que não se trata de substituir o ônibus articulado de motor traseiro que tem sua aplicação, mas ocupar hoje um espaço que precisa de uma resposta. Acreditamos que ainda existem cerca de dois mil ônibus articulados com motor dianteiro, de tecnologia Euro III (mais antiga) ainda em circulação pelo Brasil” – explicou Carrer.
Empresas de ônibus ainda usam articulados mais antigos com motor dianteiro por causa da alta demanda e condições mais severas do pavimento.
Jorge Carrer disse que ônibus de motor dianteiro automáticos ou automatizados e com suspensão pneumática são tendências e o mercado deste tipo de veículos dever registrar crescimento mais acelerado.
“Estes ônibus comprovadamente oferecem maior rentabilidade, menos custos e tempo de manutenção e menor consumo. É um mito pensar que os ônibus de motor dianteiro com suspensão pneumática não são indicados para lugares de tráfego pior, com muitos buracos e irregularidades. Pelo contrário, além de oferecerem mais conforto pelo fato de as bolsas da suspensão absorverem mais impactos. Se há alguma quebra, é muito mais fácil e rápido substituir uma bolsa do que a suspensão metálica. Isso tudo se soma ao mais importante: qualificar os transportes em qualquer parte do País. E do ponto de vista de operação, temos vários “brasis”. Temos grandes centros com corredores de boas vias e cidades em regiões metropolitanas ou no interior, com condições muito precárias de infraestrutura viária” – relatou.
Carrer ainda lembrou que em várias cidades de médio porte não são implantados corredores de ônibus BRT, mas vias com algumas características, como plataformas para o embarque e desembarque serem realizados no mesmo nível do assoalho do ônibus. Veículos de piso alto com motor dianteiro podem atender também a estes sistemas mistos.
O CRESCIMENTO DO 17.260
Em sistemas que exigem ar-condicionado, empresários têm procurado ônibus de motor dianteiro mais forte
Jorge Carrer comentou à reportagem do Diário do Transporte que o segmento de ônibus urbanos deve ser um dos destaques do ano de 2018.
O gerente nacional de vendas de ônibus da MAN aponta uma série de fatores e condições favoráveis para este segmento do setor de ônibus, entre os quais reajustes de tarifas e reequilíbrios de contratos com as viações (depois de períodos longos de congelamento em grande parte do País); licitações em médios e grandes sistemas de transportes por ônibus; linhas de financiamento e a influência das eleições estaduais e federal.
No caso das eleições, vale ressaltar que embora existam as redes de ônibus metropolitanos, de responsabilidade dos governos estaduais, a maior parte dos serviços de transporte é gerida pelas prefeituras. Mas os partidos dos prefeitos querem eleger deputados e governadores, e por que não dizer, deputados federais e presidente? Assim, boas administrações municipais, com ações que saltem à vista do eleitor, podem refletir o pleito estadual e federal.
De acordo com Carrer, neste segmento o “carro-chefe” deve continuar sendo o 17.230 OD, ônibus comum de motor dianteiro. Também deve ser forte a presença do 15.190 OD (indicado, por exemplo, para carroceiras mídis, popularmente chamados de micrões) e o micro-ônibus 9-160 OD.
Mas o executivo fez questão de ressaltar o crescimento já registrado e as expectativas de expansão ainda mais significativa do 17.260 OD, um ônibus com motor dianteiro mais potente e com maior força. Esse crescimento é motivado pelas novas exigências nos sistemas de transportes públicos.
“Cada vez mais cidades estão exigindo, por exemplo, ar-condicionado e outros equipamentos que necessitam de mais motor para não haver queda no rendimento das operações. O 17.230 tem quatro cilindros, mas diante destas novas e mais rigorosas exigências, os operadores (donos de empresas de ônibus) estão optando por modelos de seis cilindros, que é o que oferece o 17.260. Assim, vemos um crescimento paulatino do mercado para ônibus de motorização maior” – explicou
O 17.260 OD para fretamento ganhou em janeiro sua versão com suspensão pneumática (ODS) para atender este segmento de mercado que representa uma parcela expressiva das vendas de ônibus da marca.
A MAN diz que desenvolve versões de ônibus com motor dianteiro destinadas, exclusivamente,  para o segmento de fretamento, com alterações nos diferenciais, entre eixos e outros itens.
Não se trata de um chassi urbano que recebe carroceria rodoviária, segundo a montadora. A plataforma é a mesma, mas costumatizada para o fretamento.
CAMINHO DA ESCOLA:
Outro fato que foi aguardado pela indústria de ônibus e que agora se concretiza é a entrada de uma nova fase do Programa Caminho da Escola, pelo qual, por meio do FNDE –Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação, o próprio governo compra micro-ônibus e ônibus médios para transporte escolar, em especial para operação em áreas de tráfego difícil, como zonas rurais e semi-silvestres.
A licitação já está na fase final, com a análise das ofertas oferecidas na semana passada nos pregões.
O gerente nacional de vendas de ônibus da MAN-Volkswagen, Jorge Carrer, se mostrou bastante otimista na entrevista ao Diário do Transporte sobre os resultados para a marca.
“Das sete categorias de ônibus do Caminho da Escola, devemos estar em pelo menos três nesta fase”– revelou Carrer.
O Programa Caminho da Escola foi apresentado em 2007 para facilitar o acesso à educação em áreas de trafegabilidade difícil e afastadas dos centros urbanos. O decreto 6.768, de 10 de fevereiro de 2009, disciplinou o programa, que entra agora na oitava fase, com novas exigências e configurações mais modernas nos ônibus, debatidas entre Governo Federal, indústrias e especialistas de várias áreas como segurança veicular e educação.
A licitação era aguardada pelo mercado para reaquecer as vendas. Em 2016, o Programa ficou quase estagnado devido às instabilidades políticas e à crise econômica. No ano passado reagiu, mas compras significativas devem ocorrer agora com esta nova fase.
LICITAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO:
Jorge Carrer também afirmou que a MAN está otimista quanto à licitação dos transportes da cidade de São Paulo.
Depois de quase cinco anos de atraso, a licitação ainda não foi realizada, mas agora avança. Vai até o próximo dia 03 de fevereiro o período de consulta pública para a prefeitura receber sugestões para fazer eventuais alterações das minutas a fim de elaborar os editais definitivos.
Acompanhe aqui os principais pontos:
Mesmo com a redução prevista da frota no sistema, de 14.444 veículos para 13.603, entre ônibus para a reserva e frota operacional, São Paulo ainda vai reunir uma das maiores frotas de coletivos do mundo, perdendo apenas para Shenzhen, na China, com cerca de 16 mil ônibus, todos elétricos (Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/12/30/shenzhen-se-torna-a-primeira-grande-cidade-do-mundo-a-ter-100-da-frota-de-onibus-eletricos/ )
A MAN acredita que vai ampliar a participação no mercado paulistano com o processo de licitação.  Um dos focos é o subsistema local, que terá dois grupos, de distribuição (com ônibus pequenos das áreas mais afastadas até terminais de ônibus e estações do Metrô e CPTM nos bairros) e de articulação regional (que deve ligar lotes diferentes ou bairros mais afastados até uma centralidade regional, com ônibus médios e básicos).
Para estes serviços, a MAN aposta nos modelos 9.160 OD (micro-ônibus); 15.190 OD (midibus/micrões); 17.230 OD (básico) e 17.260 OD (básico com mais potência e cilindrada).
Mas a MAN também acredita que possa ampliar a participação também no subsistema estrutural, com linhas que passam pelo centro e recebem ônibus de maior porte.
Para estes lotes, a empresa oferece o 18.280 OT, de piso baixo e motor traseiro.
O edital para o grupo estrutural deve determinar que a partir da assinatura dos contratos com as empresas vencedoras, todos os ônibus do tipo padron (motor traseiro e piso baixo) devem ter somente câmbios automáticos ou automatizados.
Os editais devem determinar também a inclusão de metas de redução de poluição pelos ônibus na cidade, segundo os padrões estabelecidos em nova lei, que altera um artigo da Lei de Mudanças Climáticas de 2009, que não foi cumprida.
Conforme informou o Diário do Transporte em primeira mão, na última semana, o prefeito João Doria sancionou o projeto de lei sobre o tema elaborado pela Câmara, mas vetou a parte que previa a volta da inspeção veicular. Relembre:
Jorge Carrer disse que a MAN está atenta a esta demanda, mas ainda não definiu qual tipo de tecnologia menos poluente que os ônibus movidos a óleo diesel devem oferecer no Brasil.
No final do ano passado, entretanto, em entrevista exclusiva ao Diário do Transporte, o presidente e CEO da MAN Latin America, Roberto Cortes, disse que a montadora estuda a possiblidade de fabricar um micro-ônibus elétrico aproveitando a plataforma do E-Delivery, caminhão 100% elétrico desenvolvido em parceria com a Eletra, fabricante de sistema de ônibus elétricos e trólebus, com sede em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
A falta de opções na indústria nacional de modelos de micro-ônibus com tecnologias alternativas a diesel é vista como uma das dificuldades para que a frota de coletivos da capital paulista polua menos. Tanto é que os prazos para as metas de redução da poluição do subsistema local são diferentes que do subsistema estrutural na lei sancionada por Doria.
Relembre a entrevista:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes