sábado, 31 de março de 2018

“Invasão” Brasileira? – Marcopolo inaugura unidade na China

Ônibus da Marcopolo devem estar mais presentes no mercado mundial
Marcopolo Changzhou Bus Manufacturing Co., Ltd. vai atender a todo mercado asiático, segundo governo local
ADAMO BAZANI
Quando se fala em setor automobilístico, indústrias de todo o mundo ficam atentas para o movimento de marcas chinesas, que cada vez mais abrem plantas novas em diversos países.
Com o segmento de veículos pesados não é diferente.
Em relação aos ônibus, desde 2015, a chinesa BYD, que fabrica modelos elétricos, já atua em território brasileiro, na cidade de Campinas, no Interior de São Paulo.
Sempre aparecem notícias de grupos chineses que vêm ao Brasil para estudar o mercado de ônibus.
Mas a genuinamente brasileira Marcopolo conseguiu que o caminho inverso fosse feito.
Neste último dia 28 de março de 2018, após obter a licença do governo da cidade de  Changzhou, a fábrica que atua desde 1949 em Caixas do Sul, no Rio Grande do Sul, abriu uma planta industrial para fabricar e montar os ônibus.
Até então, desde 2001, a empresa tinha apenas uma representação pela Marcopolo Auto Components CO. LTD.
A foto oficial do governo local mostra bem a integração que haverá entre culturas e tecnologias. Na cerimônia de inauguração, entre os “engravatados” executivos, pessoas com trajes típicos chineses e gaúchos.
Cerimônia reuniu culturas de Changzhou e Caxias do Sul (PRNewsfoto/Changzhou National Hi-Tech Dist)
Segundo a administração pública, os contatos entre a Marcopolo e o governo local se intensificaram ainda em 2003, com Caxias do Sul estabelecendo uma relação de cidade-irmã com Changzhou.
Em nota, o governo local disse que a infraestrutura, políticas de incentivo e a disponibilidade de mão de obra qualificada motivaram a escolha da Marcopolo.
A cidade da região do Delta do Rio Yangtze possui um sistema completo de serviços e recursos humanos para apoiar a fabricação de componentes de ônibus. Após uma investigação sistemática, a Marcopolo descobriu que a estrutura, os serviços e as políticas da Zona Franca de Comércio de Changzhou podem ajudar as empresas a reduzir o ciclo de produção e reduzir os custos de produção. Por esta razão, a empresa decidiu registrar a Marcopolo ( Changzhou ) Bus Manufacturing Co., Ltd. na zona e iniciar a fabricação e comercialização de componentes e carrocerias de ônibus, os quais serão vendidos no exterior.
A Marcopolo confirmou ao Diário do Transporte o início das atividades desta planta na China e acredita que a unidade vai permitir que a marca atue de maneira mais competitiva e ampliando as exportações para a região.
A encarroçadora brasileira tem atuação única ou em parceira em plantas localizadas em países como Canadá, EUA, Índia,  Egito, África do Sul, Argentina, México, Colômbia, Austrália.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

sexta-feira, 30 de março de 2018

Viação Mauá, de São Gonçalo, vai comprar 35 ônibus pelo Refrota

Ônibus devem entrar em circulação no final do semestre
Financiamento será de R$ 12 milhões e agente é o Banco Mercedes-Benz
ADAMO BAZANI
Moradores da região metropolitana do Rio de Janeiro devem contar ainda neste semestre com mais 35 ônibus zero quilômetro.
Os veículos vão ser adquiridos pela Viação Mauá, de São Gonçalo, que teve financiamento selecionado no âmbito do Refrota, uma linha do Governo Federal com recursos do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
O financiamento será de R$ 12 milhões para ônibus básicos pequenos e médios.
O agente financeiro é o Banco Mercedes-Benz.

O Refrota 17, anunciado oficialmente em dezembro de 2016, travou no início de 2017. Houve vários problemas. A Caixa Econômica Federal, a primeira instituição bancária a operar a linha, exigia para liberar o dinheiro, um seguro para ônibus urbanos, que não existe no mercado. Além disso, houve problemas de defasagem dos recursos liberados frente à variação dos preços dos veículos por causa da demora da liberação do dinheiro.
Foram reservados R$ 3 bilhões para a compra de 10 mil ônibus em 2017, mas apenas uma pequena parte do dinheiro foi usada por causa do atraso no início efetivo do programa.
Por enquanto, os principais financiamentos no âmbito do Refrota são:
– VIP Transportes Urbanos Ltda (São Paulo-SP):  R$ 84,84 milhões (R$ 41,4 milhões + R$ 43,4 milhões) – 112 ônibus (40 + 72) – Banco Mercedes-Benz
– Suzantur (Mauá-SP): R$ 30,3 milhões – 100 ônibus – Caixa Econômica Federal
– Viação Ponte Coberta (Mesquita, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Seropédica e Nilópolis – RJ): R$ 21,8 milhões – 65 ônibus – Banco Mercedes-Benz
– Sancetur – Santa Cecília Turismo Ltda (Valinhos/SP): R$ 14,9 milhões – 45 ônibus – Caixa Econômica Federal
– Viação Mauá S.A. (São Gonçalo/RJ): R$ 12 milhões – 35 ônibus – Banco Mercedes-Benz.
– Viação União (Duque de Caxias, Magé, Belford Roxo e Rio de Janeiro – RJ): R$ 11,2 milhões – 30 ônibus -Banco Mercedes-Benz
– Viação Vila Rica (Rio de Janeiro): R$ 10,83 milhões – 30 ônibus – Banco Mercedes-Benz
– Transporte Fabio’s Ltda (Duque de Caxias/RJ): R$ 10,68 milhões – 30 ônibus – Banco Mercedes-Benz
– Viação Garcia (Londrina-PR /Maringá-PR): R$  9,5 milhões – 30 ônibus – BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (crédito liberado em 11 de setembro de 2017)
– Viação Piracicabana (Brasília-DF): R$ 8,33 milhões – 25 ônibus – Banco Mercedes-Benz
– Mobibrasil Expresso S.A. (Recife-PE, São Lourenço da Mata-PE, Camaragibe-PE): R$ 5,37 milhões – 20 ônibus  Caixa – Econômica Federal
– Auto Ônibus Vera Cruz Ltda. (Duque de Caxias/RJ): R$ 5,34 milhões – 15 ônibus – Banco Mercedes-Benz
– Transcol – Empresa de Transportes Coletivos Ltda (Teresina-PI): R$ 5,2 milhões – 15 ônibus – Caixa Econômica Federal.
– TURB – Transporte Urbano S.A. (Ribeirão Preto-SP): R$ 4,04 milhões – 15 ônibus – Banco Mercedes-Benz
– Viação na Montanha Ltda (Campos do Jordão-SP): R$ 3,46 milhões  – 12 ônibus – Caixa Econômica Federal
– Insular Transporte Coletivo Ltda. (Florianópolis-SC): R$ 2,67 milhões – 04 ônibus – Caixa Econômica Federal
– Viação Cidade Sorriso de Toledo (Toledo/PR): R$ 2,21 milhões – 10 ônibus – BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul
– Transportes Coletivos Capivari Ltda (Tubarão-SC e Capivari de Baixo-SC): R$ 2,98 milhões – 07 ônibus – Caixa Econômica Federal
– SEI EMTRACOL – Empresa de Transportes Coletivos Ltda (Teresina-PI): R$ 2,29 milhões – 06 ônibus – Caixa Econômica Federal
– Transporte Coletivo Estrela Ltda (Florianópolis-SC): R$ 1,99 milhão – 04 ônibus – Caixa Econômica Federal
– Viação Santana Ltda(Teresina-PI): R$ 1,9 milhão – 05 ônibus – Caixa Econômica Federal
– Transportes São Cristóvão Ltda (Teresina-PI): R$ 1,52 milhão – 04 ônibus – Caixa Econômica Federal
– Transportes Coletivos Cidade Verde Ltda (Teresina-PI): R$ 1,52 milhão – 04 ônibus – Caixa Econômica Federal
– Transportes Therezina Ltda (Teresina-PI): R$ 1,14 milhão – 03 ônibus – Caixa Econômica Federal
Os valores podem variar de acordo com a data da apresentação da carta-consulta e com o tipo de ônibus.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Cinco ônibus da Viação Itapemirim são apreendidos pela PRF em MG com licenciamento vencido e passageiros reclamam de falta de assistência pela empresa

Ônibus parados em ação da PRF – Foto: Lucas Vieira Marques Brito (Canal O Viajante) / Texto: Adamo Bazani (Diário do Transporte) – mantenha os créditos
Ação ocorreu entre a noite de ontem e madrugada de hoje, em Três Marias.  Segundo passageiros, houve discussões com motoristas da companhia, que está em meio a uma disputa judicial
ADAMO BAZANI
Em meio a uma disputa nos tribunais entre os atuais controladores e a família Cola, antiga proprietária, a Viação Itapemirim, que já foi uma das referências do transporte rodoviário nacional, tem oferecido serviços cada vez menos confiáveis.
É o que dizem os passageiros.
Entre a noite desta quinta-feira (29.03.18) e a madrugada de hoje (30), cinco ônibus da empresa foram apreendidos pela PRF – Polícia Rodoviária Federal, no km 281 da BR 040, em Três Marias, Minas Gerais. Os cinco ônibus da Viação Itapemirim tinham as seguintes origens e destinos: 1) Brasília – Belo Horizonte, 2) Brasília – Belo Horizonte, 3) Belo Horizonte – Brasília, 4) Belo Horizonte-  Brasília, 5) Rio de janeiro –Belém e foram apreendidos entre 23h00 e 02h00.
Os veículos foram fiscalizados em uma parada.
“Foi um trabalho de rotina e abordamos ônibus de diversas empresas, mas são estes cinco da Itapemirim que estão com problemas. Todos estão com o licenciamento vencido. Não podem circular assim. A empresa terá de regularizar a situação para os ônibus serem retirados do pátio” – disse o agente Augusto, da base da PRF de Três Marias, ao Diário do Transporte, por telefone no início da manhã desta sexta-feira.
Passageiros dizem não ter recebido apoio da empresa – Foto: Lucas Vieira Marques Brito (Canal O Viajante) / Texto: Adamo Bazani (Diário do Transporte) – mantenha os créditos
Alguns ônibus estavam com licenciamento vencido desde 2013, segundo PRF
Os passageiros reclamaram da falta de assistência por parte da Itapemirim.
Responsável pelo canal “O Viajante”, Lucas Vieira Marques Brito, de 19 anos, estava no último ônibus apreendido, por volta das 2h da madrugada. O passageiro disse que embarcou em Belo Horizonte no ônibus da linha Rio de janeiro – Belém e tinha como destino Imperatriz, no Maranhão.  Lucas conversou com o Diário do Transporte por volta das 8h00 e, depois de mais de seis horas da ação pela PRF, ainda estava no local junto com os outros passageiros sem nenhuma perspectiva concreta por parte da empresa.
“A Itapemirim não arcou com os lanches, não há satisfação. Alguns passageiros embarcaram em outros ônibus de empresas como Sertaneja e Pantanal, mas tudo dependida do destino e da disponibilidade. Houve até confusão e bate-boca entre passageiros e motoristas” – relatou Lucas, que não tem certeza de chegar ao destino como o previsto orginalmente. Isso porque, teria de chegar à Imperatriz, no Maranhão, de onde deveria embarcar num ônibus de outra empresa às 18h40 de sábado com destino a Palmas/TO.
“Se continuar desse jeito, acredito que não consiga chegar a tempo” – relatou.
Segundo a PRF, havia ônibus sem licenciamento pago desde 2013.
Houve desentendimentos entre passageiros e motoristas – Foto: Lucas Vieira Marques Brito (Canal O Viajante) / Texto: Adamo Bazani (Diário do Transporte) – mantenha os créditos
Diário do Transporte entrou em contato por e-mail com a assessoria de imprensa da Viação Itapemirim na manhã desta sexta-feira e aguarda retorno.
Não é a primeira vez que a Itapemirim tem ônibus apreendidos por falta de licenciamento.
No dia 09 de janeiro de 2018, três veículos foram parados no posto da PRF em Caratinga, interior de Minas Gerais, porque estavam com documentação atrasada e licenciamento não pago.
Na ocasião, os passageiros também relataram falta de assistência da empresa.
Relembre:
A empresa passa por uma das maiores crises de sua história.
Alvo de um litígio judicial entre os atuais donos Sidnei Piva de Jesus e Camila de Souza Valdívia (com atuação do empresário do setor de cargas Milton Rodrigues Júnior) e os antigos controladores, Camilo Cola e os familiares, o Grupo da Itapemirim está em recuperação judicial desde março de 2016 e acumula dívidas com fornecedores, bancos e funcionários ou ex-funcionários de cerca de R$ 350 milhões.
Sidnei Piva de Jesus e Camila de Souza Valdívia foram destituídos do comando da empresa em 19 de dezembro de 2017 pelo juiz Leonardo Mannarino Teixeira Lopes, do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, que acatou parcialmente ação de Camilo Cola que denuncia desvios e dilapidação de recursos do grupo, além de fraudes contábeis e fiscais.
O magistrado, entretanto, não reconduziu a família Cola ao controle das empresas do Grupo Itapemirim.
Nesta terça-feira, 09 de janeiro de 2018, uma audiência judicial tentou designar um novo gestor para a Itapemirim, mas não houve acordo entre os atuais e os antigos donos.
BREVE HISTÓRICO
O Grupo da Viação Itapemirim está em recuperação judicial desde março de 2016. Em dezembro de 2016, a assessoria de imprensa da Itapemirim confirma que a empresa foi vendida a um grupo de investidores de São Paulo, juntamente com a Viação Kaissara.  Entre os investidores estão Sidnei Piva de Jesus e Camila de Souza Valdívia. Sobre Milton Rodrigues Júnior, a Itapemirim não diz que o empresário é sócio da companhia, mas ele tem uma empresa registada no mesmo endereço da Itapemirim e se apresentou na entrevista coletiva do novo grupo e falou sobre previsões de investimentos. A Itapemirim disse na época que o empresário auxilia com a experiência que possui.  Milton Rodrigues Júnior foi sócio da transportadora de cargas Dalcóquio, mas nunca atuou em empresas de ônibus.
Em maio de 2017, o fundador e antigo proprietário da Itapemirim, Camilo Cola, disse que não queria vender a empresa de ônibus e que foi vítima de um “golpe”. O fundador também afirmou que transferiu poderes dentro da Itapemirim ao novo grupo, o que resultou em sua própria destituição do comando, ou seja, não era para os três empresários se tornarem donos da Itapemirim.
O Grupo Itapemirim tem dívida trabalhistas e com fornecedores que ultrapassam R$ 336,49 milhões e, relativas a impostos, chegam a R$ 1 bilhão..
Fazem parte da recuperação judicial a Viação Itapemirim S/A, Transportadora Itapemirim S/A, ITA – Itapemirim Transportes S/A, Imobiliária Branca Ltda, Cola Comercial e Distribuidora Ltda e Flexa S/A – Turismo Comércio e Indústria. A Viação Kaissara foi incluída na recuperação posteriormente, em dezembro de 2016, por ordem da Justiça, que identificou uma “manobra” da família Cola em relação à transferência de 68 linhas interestaduais da Itapemirim para a Viação Kaissara. O ex-juiz do caso, Paulino José Lourenço, da 13ª Vara Cível Especializada Empresarial de Vitória, foi enfático ao classificar a existência de desvio de patrimônio na transferência das linhas da Itapemirim para a Kaissara (nome fantasia da Viação Caiçara Ltda – fundada em 2009) que ocorreu em dia 4 de junho de 2015. O magistrado também apontou indícios de uso de “laranjas”, já que a Kaissara tinha como sócios dois funcionários do grupo que não teriam condições, ainda segundo o juiz, de assumir um negócio de tamanha magnitude.
Em 28 de novembro de 2017, o juiz Paulino José Lourenço se afastou do caso após reclamação de Camilo Cola ao CNJ – Conselho Nacional de Justiça que sugeria que o magistrado fazia parte de um suposto conluio para beneficiar os atuais controladores da Itapemirim.
– 07 de março de 2016: A Viação Itapemirim protocolou pedido de recuperação judicial na 13ª Vara Cível Especializada Empresarial de Vitória. O pedido envolveu todas as empresas do grupo da família de Camilo Cola: Viação Itapemirim, Transportadora Itapemirim, ITA – Itapemirim Transportes, Imobiliária Bianca, Cola Comercial e Distribuidora e Flecha Turismo Comércio e Indústria. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2016/03/08/itapemirim-entra-com-pedido-de-recuperacao-judicial/
– 18 de março de 2016: A 13ª Vara Cível Especializada Empresarial de Vitória, no Espírito Santo, aceitou o pedido de recuperação judicial da Itapemirim e de outras empresas do grupo: https://diariodotransporte.com.br/2016/03/21/itapemirim-tem-60-dias-para-apresentar-plano-de-recuperacao-senao-pode-ir-a-falencia/
– 07 de junho a 01º de julho de 2016: Funcionários de diversas bases da Itapemirim promovem paralisações pelo País contra demissões e atrasos em pagamentos de salários e benefícios:
– 29 de dezembro de 2016: A assessoria de imprensa da Viação Itapemirim confirmou ao Diário do Transporte  que a empresa foi vendida a um grupo de investidores de São Paulo, juntamente com a Viação Kaissara.  Entre os investidores estão Sidnei Piva de Jesus, Milton Rodrigues Júnior e Camila de Souza Valdívia. Milton Rodrigues Júnior foi sócio da transportadora de cargas Dalcóquio. No mesmo dia, a imprensa da Itapemirim também confirmou ao Diário do Transporte, a compra de ônibus usados da Viação Cometa para baixar a idade média da frota.  Relembre:
– 30 de dezembro de 2016: Em parceria, o site de jornalismo de transportes, Diário do Transporte, e o site de imagens de ônibus, Ônibus Brasil, conseguiram com exclusividade a informação de que a 13ª Vara Cível de Vitória determinou a inclusão da Viação Kaissara (nome fantasia da Viação Caiçara Ltda) no processo de recuperação. A justiça verificou indícios de irregularidades na transferência de linhas da Itapemirim para a Kaissara, ainda sob a gestão de família Camilo Cola. A suspeita é que foram usados funcionários da Itapemirim como laranjas para a transação.  No dia 4 de junho de 2015, a Itapemirim repassou 68 linhas interestaduais para a Viação Kaissara entre as quais, trajetos de grande demanda, como São Paulo / Rio de Janeiro, São Paulo / Rio de Janeiro (via ABC Paulista), São Paulo / Curitiba, Rio de Janeiro / Curitiba, Salvador/ Rio de Janeiro, Brasília / Belo Horizonte, Rio de Janeiro / Curitiba. Em torno de 40% da frota que era operada pela Itapemirim foram assumidos pela Kaissara na ocasião.
Relembre:
– 11 de janeiro de 2017: Em parecer, o juiz Paulino José Lourenço, da 13ª Vara Cível Especializada Empresarial de Vitória, foi enfático ao classificar a existência de desvio de patrimônio na transferência das linhas da Itapemirim para a Kaissara (nome fantasia da Viação Caiçara Ltda – fundada em 2009) que ocorreu em dia 4 de junho de 2015. O magistrado também apontou indícios de uso de “laranjas”, já que a Kaissara tinha como sócios dois funcionários do grupo que não teriam condições, ainda segundo o juiz, de assumir um negócio de tamanha magnitude.  “Analisando detidamente toda a documentação é de fácil constatação que as pessoas físicas que compõem o quadro societário da Viação Caiçara Ltda não possuem condições econômicas de constituir o patrimônio societário, avaliado em mais de R$ 100 milhões, levando em consideração a cessão de linhas/itinerários em número de 68; aquisição de frota e imóveis. Para chegar a esta conclusão destaco que ambos os sócios são empregados de empresas que compõem o grupo econômico Itapemirim …Alio a este meu pensar, como destacou o ilustre representante do MPF, que a Kaissara para conseguir operacionalizar o negócio ‘utiliza a mesma frota, a mesma estrutura operacional (escritórios, agências, postos de venda de passagens, estruturas de apoio, garagens, linhas telefônicas, telemarketing, etc…), empregados e – até, a mesma cor de ônibus’, além dos funcionários da Viação Caiçara Ltda terem o pagamento de seus salários efetuados pela Viação Itapemirim … Não me resta dúvida que a Kaissara é empresa do mesmo grupo econômico com personalidade jurídica própria, sendo que a venda/cessão das linhas se mostrou verdadeiro artifício para desviar patrimônio” – Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/01/11/juiz-e-enfatico-e-ve-desvio-de-patrimonio-e-uso-de-laranjas-no-caso-itapemirimkaissara/
– 20 de março de 2017: A Itapemirim passou a ser investigada por suspeitas de desvios de recursos ao exterior. O juiz Paulino José Lourenço, da 13ª Vara Cível Especializada Empresarial de Recuperação Judicial e Falência de Vitória, remeteu ao Ministério Público um fato novo: a administradora judicial Saraiva e Alves Advogados Associados, responsável pelo processo de recuperação da Itapemirim e empresas ligadas encontrou comprovantes de remessas de recursos para o exterior, contratos de câmbio, planilhas de pagamentos, dólares e equipamentos de emissão de bilhetagem eletrônica que estavam escondidos na unidade principal do Rio de Janeiro. Todo o material não havia sido informado no processo de recuperação judicial e para os novos investidores. O fato aumentou as desconfianças da Justiça e do Ministério Público em relação à postura dos antigos controladores do Grupo da Itapemirim, de Camilo Cola e família. No início de 2017,  o mesmo juiz foi enfático ao dizer que há indícios de graves irregularidades na Viação Kaissara. Quando a Kaissara assumiu linhas da Itapemirim, se apresentou como uma empresa independente. O discurso foi desmontado na Justiça. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/04/02/itapemirim-agora-e-investigada-por-suspeitas-de-desvios-de-recursos-ao-exterior/
– 06 de abril de 2017: Os novos controladores da Itapemirim, Sidnei Piva de Jesus, Milton Rodrigues Junior e Camila de Souza Valdívia, nomeada presidente, concederam uma entrevista coletiva na qual prometeram investimentos na empresa e a criação da marca Tour Itapemirim. Na ocasião, os empresários também anunciaram investimentos nos ramos de hotelaria e aviação:
– 07 de abril de 2017: Viação Itapemirim não paga aluguéis atrasados para o Grupo JSL (Júlio Simões) e Polícia Militar cumpre por determinação judicial reintegração de posse dos veículos: https://diariodotransporte.com.br/2017/04/07/policia-cumpre-mandados-de-reintegracao-de-posse-de-onibus-da-itapemirimkaissara-alugados-pela-jsl/
– 08 de abril de 2017: O Diário do Transporte revela com exclusividade a imagem de 34 ônibus retomados da Itapemirim em um dos pátios do Grupo JSL:
– 12 de maio de 2017: Camilo Cola, ex dono e fundador da Itapemirim diz que foi “vítima de golpe” dos atuais controladores. Cola disse que os atuais controladores foram contratados para ajudar a família fundadora no processo de recuperação judicial. O fundador também afirmou que transferiu poderes dentro da Itapemirim ao novo grupo, o que resultou em sua própria destituição do comando, ou seja, não era para os três empresários se tornarem donos da Itapemirim, segundo o fundador. Cola era assessorado por um diretor de carreira na empresa, Anísio Fioresi, e pelo advogado e ex-juiz Rômulo Silveira, diretor jurídico do grupo com a administração antiga. Camilo Cola falou em quebra de confiança. Fomos enganados de todas as maneiras e tivemos a nossa confiança traída por pessoas de nossa maior consideração. Foi uma articulação monstruosa e sem precedentes, que, infelizmente, só descobrimos há pouco tempo … Já demitiram inúmeros funcionários sem o pagamento de verbas rescisórias, multas e FGTS, como determina a legislação. Não irá demorar muito, como já identificamos em outras empresas onde aplicaram o mesmo golpe, para demitirem muitos outros funcionários, sem também efetuar o pagamento de direitos trabalhistas, denegrindo um grupo que se orgulha de sua história no Espírito Santo e no país. Não vamos deixar isso acontecer. Cachoeiro de Itapemirim e o Espírito Santo precisam saber quem é essa gente e nos ajudar a recolocar as empresas no caminho da recuperação” – Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/05/13/camilo-cola-diz-que-itapemirim-foi-vitima-de-golpe-e-novo-grupo-afirma-que-contratou-auditoria/
– 18 de maio de 2016: A juíza Adriana Bertier Benedito, da 36ª Vara Cível – Foro Central Cível de São Paulo, determinou a reintegração de 170 ônibus alugados da JSL pela Kaissara. Relembre:
– 16 de junho de 2017: Apesar de dívidas de mais de R$ 330 milhões e reclamações de atrasos em salários e benefícios dos funcionários, a presidente do novo grupo da Itapemirim, Camila Valdívia, anunciou a compra de  400 novos ônibus, com investimentos totais de R$ 200 milhões. Até dezembro, nenhum ônibus zero quilômetro havia sido comprado pelo grupo.   https://diariodotransporte.com.br/2017/06/16/mesmo-com-dividas-nova-socia-da-viacao-itapemirim-anuncia-compra-de-400-onibus-ate-o-fim-do-ano/
– 3 de julho de 2017: A Passaredo Linhas Aéreas anunciou para imprensa, inclusive ao Diário do Transporte,  que foi comprada pelo grupo que controla a Viação Itapemirim, que atua em transportes de cargas e passageiros. Durante dois meses, haveria uma gestão compartilhada. Com isso, contando as linhas de ônibus e as 20 cidades onde a Passaredo opera em 9 estados, a integração entre as malhas aérea e rodoviária deveria atingir a 2,5 mil cidades brasileiras, segundo divulgação da época. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/07/03/passaredo-linhas-aereas-e-vendida-para-grupo-da-viacao-itapemirim/
– 10 de julho de 2017: O Diário do Transporte revela que salários e benefícios trabalhistas ainda não tinham sido pagos plenamente em consonância às convenções e acordo com os sindicatos. A matéria também mostrou que a família Cola entrou com ações na 13ª Vara Civil Especializada Empresarial de Recuperação Judicial e Falência de Vitória (ES) para anular a transferência de controle da companhia e bloquear a venda de ativos da empresa.
– 11 de setembro de 2017: A Passaredo linhas aéreas, também em recuperação judicial,  anuncia que foi desfeito o negócio com a Itapemirim. Segundo a companhia, o Grupo da Itapemirim não cumpriu cláusulas previstas na negociação. “Diante do não cumprimento das condições precedentes estabelecidas em contrato, os compradores foram notificados pela Passaredo na data de hoje, 11 de setembro de 2017, sobre o encerramento formal do negócio”. As obrigações impostas aos empresários da Itapemirim, como plano de operação e pagamento das primeiras parcelas, não foram cumpridas num prazo de 60 dias estipulado no acordo. Em nota sobre o negócio desfeito, a Itapemirim disse que o rompimento foi consensual. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/09/12/passaredo-linhas-aereas-desfaz-negocio-com-itapemirim/
– 01º  de novembro de 2017: Outro negócio é desfeito. As empresas Rápido Marajó e Transbrasiliana, também em recuperação judicial, se separam da Itapemirim. As companhias de ônibus, a exemplo da Passaredo Linhas Aéreas, acusaram os controladores da Itapemirim de não cumprir cláusulas do acordo. Já a Itapemirim alegou que o negócio foi desfeito por consenso. “Tratam-se de duas recuperações judiciais distintas. Para que possa haver recuperações judiciais mais eficazes e mais transparentes, a decisão foi por separar as empresas e fazer as prestações de contas de maneira mais precisa” Gradativamente, estruturas, garagens e operações realizadas em conjunto serão separadas, garantiu.
– 13 de novembro de 2017 e 28 de novembro de 2017: Recuperação judicial do Grupo da Itapemirim sofre reveses. No dia 13, o juiz Marcos Horacio Miranda, da 13ª Vara Cível Empresarial de Recuperação Judicial e Falência de Vitória, destituiu a administradora judicial Saraiva e Alves Advogados Associados, representada no processo por João Manuel de Souza Saraiva. A destituição atendeu a parecer do Ministério Público do Estado do Espírito Santo que apontou eventuais erros e ineficiência de atuação da Alves Advogados Associados. O juiz designou a Official Prime Serviços Empresariais, de Chapecó (SC), para ser administradora. Já no dia 28, o juiz Paulino José Lourenço, titular da 13ª Vara Cível Empresarial de Recuperação Judicial e Falência de Vitória, responsável pelo julgamento do processo de recuperação judicial da Viação Itapemirim e das empresas coligadas, se afastou do caso após representação movida pelo fundador e ex-dono da empresa, Camilo Cola. Na reclamação disciplinar protocolada no Conselho Nacional de Justiça – CNJ, Camilo Cola sugere a existência de uma espécie de conluio entre o juiz José Lourenço e o juiz aposentado e ex-assessor jurídico da empresa, Rômulo Barros Silveira, que poderia resultar em benefícios ao atual grupo controlador da Itapemirim. Rômulo Silveira se desligou do cargo de assessor jurídico da Itapemirim no último dia 05 de novembro de 2017. Também fariam parte deste suposto conluio, segundo a petição inicial movida por Camilo Cola, o ex- administrador judicial, Jerry Edwin Ricaldi Rocha, apelidado de Boliviano. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/11/29/juiz-do-caso-itapemirim-se-afasta-do-processo-apos-reclamacao-de-camilo-cola-junto-ao-cnj/
01º de dezembro de 2017: Matéria especial do Diário do Transporte releva que após retomada dos ônibus da Itapemirim/Kaissara, começaram a faltar veículos nas linhas. Várias partidas passaram a ser canceladas. Os problemas trabalhistas se agravaram. Itapemirim não negou cancelamento de horários e falta de ônibus e disse apenas que renovaria frota, mas não informou quantidade de veículos. Sobre agravamento de problemas trabalhistas, novo grupo diz que cumpre convenções: No mesmo dia, por volta das 19h, os empresários Sidnei Piva de Jesus e Camila Valdívia, que estão à frente da Viação Itapemirim, divulgaram um comunicado dizendo que o grupo tem sido alvo de “conspiração”. No comunicado, os dois empresários e o Grupo Itapemirim dizem que vão acionar judicialmente as pessoas que divulgaram as informações que considera “sigilosas” e também, generalizando, chama de meios de comunicação de “pouca credibilidade” os que publicaram notícias sobre a Itapemirim e faz uma acusação pública e grave:
“A intenção de tais meios de comunicação, que valem-se inclusive de ligações obscuras com terceiros já conhecidos, é de apenas e tão somente denegrir a imagem da atual administração e frustrar os negócios do Grupo Itapemirim.”
– 04 de dezembro de 2017: Trabalhadores das empresas de ônibus Viação Itapemirim e Viação Kaissara, da base de Guarapari, no Espírito Santo, realizaram entre a manhã e a de 04 de dezembro de 2017, uma manifestação e, com dois veículos, impediram a saída dos outros coletivos. Em entrevista ao Diário do Transporte, por telefone, o diretor do Sincovig – Sindicato dos Rodoviários, Wanderley Gonçalves, disse que o protesto ocorreu entre 07h e 16h por causa de atrasos em salários, benefícios e pela possibilidade de parcelamento no 13º salário.
“Tem trabalhador que há três meses não recebe todos os tipos de tickets. São, ao todo, quatro tipos, às vezes pagam dois, depois pagam os outros. Nunca pagam os salários como deve. Às vezes pagam um percentual, no dia seguinte outra parte, e muitas vezes, com isso, o salário não é pago integralmente até o quinto dia útil de cada mês, como está na convenção. Isso sem contar que só pagam as férias depois que os trabalhadores voltam. O plano de saúde, a empresa desconta dos salários, mas não repassa para a administradora. Já teve trabalhador doente que não conseguiu ser atendido” – relatou Gonçalves.
Segundo o sindicalista, o grupo não pagou o aumento salarial de maio, também acordado convenção coletiva.
A Itapemirim foi procurada pelo Diário do Transporte, mas não respondeu.
Relembre:
– 11 de dezembro de 2017: Vem à tona a notícia de que juiz Aureliano Albuquerque Amorim, da 4ª Vara Cível de Goiânia, afastou de forma definitiva do controle do Grupo TTT os atuais donos da Viação Itapemirim Camila de Souza Valdívia e Sidnei Piva de Jesus e o empresário do setor de cargas, Milton Rodrigues Júnior, que atua com ambos. A Capital Administradora Judicial, responsável pela recuperação do Grupo TTT, alega que foram transferidos em abril, 21 ônibus da frota da Rápido Marajó e da Transbrasiliana para a Itapemirim. Apesar da parceria naquele momento, os grupos continuaram distintos e a administradora acusa a Itapemirim de não pagar pelos veículos ou fazer os repasses pela operação. A administradora também acusa desvios de recursos que causaram prejuízos no mínimo de R$ 7 milhões ao Grupo TTT – Transbrasiliana Transportes e Turismo. Os donos da Itapemirim negam.
Relembre:
– 19 de dezembro de 2017: O juiz Leonardo Mannarino Teixeira Lopes, do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, atendeu parcialmente pedido da defesa do ex-proprietário e fundador da empresa, Camilo Cola, e destituiu até realização de uma audiência de conciliação, os empresários Camila de Souza Valdívia e Sidnei Piva de Jesus, atuais donos da companhia, juntamente com as empresas SSG incorporação e assessoria – EIRELI e CSV incorporação e assessoria empresarial EIRELI, das quais são sócios. Relembre:
– 27 de dezembro de 2017: Motoristas de ônibus e demais funcionários da Viação Itapemirim em Itabuna, na Bahia, cruzaram os braços. Os trabalhadores dizem que a empresa não pagou o 13º salário.
“Este é um problema sério. Trabalhador não pode ficar sem 13º salário. Soubemos de outras regiões que não houve pagamento, mas em Itabuna, nós paramos e só vamos retornar depois do pagamento” – disse por telefone ao Diário do Transporte, o presidente da federação que reúne os sindicatos de rodoviários do Estado da Bahia, Walter Freire dos Santos.
– 28 de dezembro de 2017: Funcionários da Itapemirim em Vitória, no Espírito Santo, cruzam os braços porque empresa não depositou o adiantamento salarial, previsto em convenção coletiva e o vale-alimentação. A situação só foi normalizada depois dos depósitos.
Relembre:
– 09 de janeiro de 2018: Terminou sem acordo uma audiência na Justiça nesta terça, 09 de janeiro de 2018, para definir uma nova gestão da Viação Itapemirim, empresa que é alvo de litígio judicial entre os atuais e antigos donos, até a realização da Assembleia dos Credores. Camilo Cola e os representantes não aceitaram a sugestão para que a gestão da Itapemirim fosse de responsabilidade do Escritório Arnold Wald Advogados ou de outra grande empresa especializada em recuperação judicial.
Já Sidnei Piva de Jesus e Camila de Souza Valdívia, atuais donos, não aceitaram a proposta de Camilo Cola em colocar como gestores, Andrea Corrêa Cola e José Valmir Casagrande.
Os advogados dos atuais donos quiseram que constasse na ata que não admitiam Andrea Cola por ela ser parente de Camilo Cola e pela “relação íntima” de Casagrande com a família Cola. Estiveram no encontro também os advogados do grupo JSL (Júlio Simões Logística), Vitor Hugo Erlich  Varella e Vinícius José Zivieri Ralio. O grupo JSL tinha alugado, ainda na época da gestão da família Cola, cerca de 200 ônibus ao grupo da Itapemirim, mas os veículos foram retomados por atrasos nos pagamentos.
– 09 de janeiro de 2018: Como reflexo da crise na Itapemirim, denúncias de ônibus circulando sem licenciamento são confirmadas. Ao menos três ônibus da Viação Itapemirim foram apreendidos pela PRF – Polícia Rodoviária Federal, em Caratinga – MG. Os veículos foram parados no posto da PRF em Caratinga, interior de Minas Gerais. Os policiais do posto confirmaram ao Diário do Transporte que dois ônibus estavam sem pagamento do licenciamento desde 2015 e outro desde 2016. O primeiro ônibus parado fazia a linha Mantena (MG) – São Paulo (SP). O segundo coletivo rodoviário fazia a ligação Rio de Janeiro (RJ)  – Salvador (BA) e o terceiro, ia de Teófilo Otoni (MG) – São José dos Campos (SP).
Relembre:
– 30 de março de 2018: Cinco ônibus da Viação Itapemirim são apreendidos em fiscalização da PRF – Polícia Rodoviária Federal por falta de licenciamento. Alguns veículos estavam com a documentação vencida desde 2013. Os cinco ônibus da Viação Itapemirim tinham as seguintes origens e destinos: 1) Brasília – Belo Horizonte, 2) Brasília – Belo Horizonte, 3) Belo Horizonte – Brasília, 4) Belo Horizonte-  Brasília, 5) Rio de janeiro –Belém e foram apreendidos entre 23h00 e 02h00. Passageiros reclamaram da falta de assistência da empresa, que não ofereceu transporte e alimentação.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes