sexta-feira, 30 de junho de 2017

Dia dos Caminhoneiros

O blog Vitor Otávio Bus presta uma grande homenagem aos nossos guerreiros que carregam o Brasil: os Caminhoneiros, que passam meses longe de suas famílias para garantir o alimento na mesa dos brasileiros e os demais caminhoneiros por todo o mundo.




Governo quer aumentar tributos sobre combustíveis para cobrir rombo do orçamento. Se ideia vingar, PEC da Cide municipal pode ser frustrada


Cide municipal vem sendo defendida pelos prefeitos do país como uma necessária e urgente fonte de receita para baratear os custos dos transportes públicos. Isso porque em muitas cidades brasileiras todo o custo do transporte é repassado ao usuário do sistema no preço da passagem
ALEXANDRE PELEGI
A Cide municipal vem sendo defendida pelos prefeitos do país como uma necessária e urgente fonte de receita para baratear os custos dos transportes públicos. Isso porque em muitas cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e Goiânia, todo o custo do transporte é repassado ao usuário do sistema no preço da passagem.
Por conta disso, a FNP – Frente Nacional dos Prefeitos liderou uma mobilização que redundou numa Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a criação de um tributo sobre os combustíveis, conhecida como Cide municipal.
Mas o governo tem outros planos que poderão frustrar a luta dos prefeitos.
Segundo matéria de hoje (30) do jornal Folha de SP, a equipe econômica de Temer estuda um aumento de tributos na venda de combustíveis, mas não para gerar receitas para o transporte público como defendem a FNP e empresários do setor, e sim para fechar as contas deste ano sem descumprir a meta estabelecida para redução do rombo no Orçamento.
Dentre os planos da equipe do ministro da Fazenda Henrique Meirelles, segundo a reportagem, estaria a ideia de elevar as alíquotas de PIS e Cofins que incidem sobre os combustíveis, “garantindo recursos que o governo federal não precisaria compartilhar com Estados e municípios”.
Ou seja: o governo criaria e arrecadaria o tributo sobre os combustíveis, e ficaria com toda a receita para si.
A outra possibilidade estudada seria aumentar a Cide dos combustíveis, mas neste caso as receitas daí provenientes precisariam ser compartilhadas com prefeituras e estados.
A PEC está dormitando na Câmara Federal, aguardando ainda uma definição de data para entrar na pauta da Câmara e assim seguir para o plenário da Casa. (Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/05/14/presidencia-da-camara-nao-define-data-para-votar-pec-da-cide-municipal-e-penaliza-ainda-mais-usuario-de-onibus/)
Na quarta-feira (dia 28), na abertura do Congresso da ANTP – Associação Nacional de Transportes Públicos, em São Paulo, o presidente da FNP, o prefeito Jonas Donizetti, de Campinas, anunciou que recebera uma ligação do prefeito de São Paulo, João Doria, justificando sua ausência no encontro. O motivo: Doria estava em Brasília, e havia obtido uma promessa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de que a PEC da Cide municipal iria ter sua votação acelerada.
Resta saber (ou torcer): a equipe econômica, caso aumente tributos na venda de combustíveis, vai compartilhar a receita gerada com estados e municípios? Como fica aproposta da PEC da Cide municipal?
PEC DA CIDE MUNICIPAL:
Um estudo divulgado no ano passado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) mostrou que a Cide municipal seria uma importante solução para que as cidades pudessem bancar parte da tarifa, o que permitiria assegurar gratuidades, integrações e outros benefícios de caráter social. Por esse estudo, um aumento de R$ 0,19 no litro da gasolina, álcool e GNV poderia gerar redução de cerca de 30% nas passagens de ônibus no país.
A Comissão Especial da PEC 159-A aprovou em 15 de março deste ano a sugestão da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) de utilizar a Cide (Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico) Municipal sobre combustíveis como fonte alternativa para o barateamento das tarifas do transporte coletivo. Vencida esta primeira etapa, a PEC precisa ser votada em dois turnos pelo plenário da Câmara dos Deputados. Até agora, no entanto, a Presidência da Casa não se manifestou.
A luta dos prefeitos, pelo visto, ainda será longa. Os custos dos transportes públicos continuarão a sacrificar os já minguados cofres municipais. Parece que ainda falta muito para as autoridades entenderem que transporte público é essencial para a qualidade de vida e a economia de uma cidade (e do país).
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transporte

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Marcopolo comemora 50 anos da Equipe Interna de Combate a Incêndios

EICI é referência na cidade de Caxias do Sul pela atuação no combate a incêndios.

A Marcopolo celebra os 50 anos de sua Equipe Interna de Combate a Incêndios (EICI). Em 1967, a empresa deu início às atividades da equipe, que contava então com 13 integrantes. Hoje, a companhia reúne 490 brigadistas, responsáveis pelo atendimento das unidades dos bairros Ana Rech e Planalto, em Caxias do Sul.


EICI 2017. Foto: Julio Soares

Como uma das primeiras equipes treinadas, aparelhadas e organizadas para combater incêndios no Estado do Rio Grande do Sul, a EICI, ainda na década de 1970, passou a colaborar com a comunidade da região, por demanda do Corpo de Bombeiros.

EICI 1985. Foto: Sérgio Dal'Alba

A EICI também serviu de modelo para outras companhias, que passaram a investir na criação de equipes de combate a incêndio como forma de prevenção e proteção de seu patrimônio e das pessoas.

EICI 1992. Foto: Sérgio Dal'Alba

Atualmente a EICI da Marcopolo conta com dois caminhões e EPIS especiais para combate a incêndios. Um dos veículos possui cabine dupla com capacidade de transporte de cinco brigadistas, tanque de 8.000 litros de água e 500 litros de LGE (Líquido Gerador de Espuma - agente extintor para produtos inflamáveis), bomba e canhão monitor eletrônico de 1.000 GPM (galões por minuto – aproximadamente 3.700 litros/minuto), torre de iluminação e escada. Conta ainda com equipamentos específicos para os brigadistas, como cilindros de ar respirável e vestimentas específicas para combate a incêndio.

Todo ano, os integrantes da equipe passam por seis treinamentos teóricos e práticos focados em Primeiros Socorros, Uso de Extintores e Uso de Mangueiras, além de simulados de emergências. Em 2016, esses treinamentos totalizaram 5.280 horas de capacitação.

Secco Consultoria de Comunicação.

Euro 6 no Brasil, que reduz poluição de ônibus e caminhões, só deve entrar em vigor a partir de 2022

Ônibus Euro VI para o Chile
Previsão é de membros de secretaria paulista de Energia e especialistas
ADAMO BAZANI
Adotado nos Estados Unidos desde 2012 e na Europa a partir de 2014, o padrão Euro 6  de restrição a emissões de poluentes por veículos a diesel só deve se tornar realidade no Brasil a partir de 2022.
A previsão é de especialistas reunidos nesta última quarta-feira, 28 de junho de 2017, no evento Automotive Techday do IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas.
O Brasil ainda segue as normas do Euro 5, dentro da fase 7 do Proconve – Programa de Controle de Poluição de Ar por Veículos Automotores, do Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente.
Esta sétima fase está em vigor desde 2012, sendo obrigatória a comercialização de ônibus, caminhões e outros veículos a diesel desde 2013.
Segundo o representante da Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, Francisco Nigro, fabricantes de veículos e Governo Federal devem chegar a esse consenso, mas ainda nada está oficialmente definido.
Nigro integra a equipe do Rota 2030, que tem como um dos objetivos ampliar a eficiência energética dos veículos automotores produzidos no Brasil.
De acordo com o especialista, se dependesse do governo federal, a nova etapa do Proconve estaria em vigor antes de 2022, mas as montadoras dizem que precisam de mais prazo para se adaptar.
Entretanto, algumas fabricantes já fazem no Brasil motores com base nas normas Euro 6 para exportação.
Alguns destes modelos são enviados para o Chile.
Apesar de o Brasil ter em vigor as normas com base no Euro V, mais da metade dos ônibus que circulam pelo país e em torno de 70% dos caminhões ainda são de tecnologia Euro 3, anterior e mais poluente ainda.
A mudança de tecnologia no Brasil sofreu historicamente diversos entraves, tanto é que pela demora em se avançar nesse sentido, o país pulou da fase Euro 3 para Euro 5, sem adotar a intermediária Euro 4.
Uma das preocupações atuais em relação aos investimentos necessários para adequar as plantas ao volume do mercado interno, que é maior que o das exportações, é a crise econômica, que ainda não tem perspectiva de ser revertida totalmente.
Desde 2013, a queda de vendas de ônibus e caminhões é de cerca de 70%, o que interfere na lucratividade e disposição para investimentos das montadoras.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

quarta-feira, 28 de junho de 2017

ANTT cassa autorização para TransBrasil operar em todo o País


TransBrasil compete com empresas do sistema da ANTT
Empresa vinha se amparando em liminares e já estava com autorização suspensa cautelarmente
ADAMO BAZANI
A ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres cassou a autorização da TCB – Transporte Coletivo Brasil, chamada TransBrasil, para operar linhas interestaduais em todo país.
A companhia, que se ampara em decisões judiciais para funcionar, teve no início de maio as operações suspensas cautelarmente, como noticiou o Diário do Transporte. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/05/04/antt-suspende-servicos-da-transbrasil-em-todo-o-pais/
A resolução 5634, que determinou a cassação foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 28 de junho de 2017
As operadoras regulares de transportes rodoviários interestaduais se queixam da concorrência estipulada pela TransBrasil. Segundo as companhias, a TCB opera com veículos mais antigos, muitos dos quais agregados, jornadas de motoristas acima do permitido por lei e tem custos menores, cobrando assim também passagens com valor inferior.
A queda de braço entre a TransBrasil e Governo Federal empresas vem  pelo menos desde 2001.
A ANTT também investiga suposto esquema de venda de “kit de liminares” da empresa para agregados.
Segundo as denúncias, sem muito critério, a companhia de ônibus insere em suas operações, veículos de outros proprietários, a maioria empresários de pequeno porte, e cobra para que eles tenham uma espécie de kit que contém uniformes, talão de passagens, identificação visual nos ônibus e cópias das liminares que amparavam a empresa.
A TCB pode recorrer desta decisão judicialmente e nega a existências dos kits.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

terça-feira, 27 de junho de 2017

BNDES lança site para relacionamento direto com micros, pequenas e médias empresas

Financiamentos podem ajudar na renovação de frotas
Ferramenta pode ser útil para tirar dúvidas em relação a financiamentos e fazer simulações das melhores propostas. Empresários de transportes devem se beneficiar
ADAMO BAZANI
Apesar de grandes grupos econômicos terem crescido na última década no segmento de transportes de passageiros e de cargas, o ramo ainda é predominantemente operado por pequenas e médias empresas, de acordo com levantamentos de associações que representam companhias de ônibus urbanos, de fretamento e rodoviários e também transportadores de mercadorias.
Sem o auxílio de grandes escritórios de advocacia e contabilidade, muitos desses investidores ainda sofrem na hora de tentar um contato com o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e de escolher as melhores linhas de financiamento para renovarem suas frotas e melhorarem os negócios.
Mas um portal lançado nesta segunda-feira, 26 de junho de 2017, pela própria instituição de fomento, pode ajudar neste relacionamento que ainda não é tão próximo. Trata-se do Canal do Desenvolvedor MPME, que pode ser acessado por este link
Pela ferramenta, é possível esclarecer dúvidas sobre as linhas disponíveis e fazer simulações de financiamentos para escolher as melhores opções.
As linhas são destinadas a empreendimentos que faturem até R$ 300 milhões por ano, como explica o BNDES em nota. O site também é para os produtores rurais, microempreendedores individuais (MEIs) e transportadores autônomos de cargas (caminhoneiros).
O Canal do Desenvolvedor MPME permitirá que o BNDES passe, pela primeira vez, a se comunicar diretamente com o empreendedor interessado em suas linhas de financiamento. Até então, essa interação se dava apenas de forma indireta, através de agentes financeiros repassadores.
Por meio do canal, as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), ou seja, empresas com faturamento anual de até R$ 300 milhões, podem fazer manifestações de interesse de crédito, via internet, em qualquer lugar, 24 horas por dia, nos sete dias da semana, sem precisar visitar um agente repassador de recursos para iniciar a busca de apoio financeiro  do BNDES para seus projetos.
O canal é responsivo, ou seja, pode ser acessado por meio de dispositivos móveis (celulares e tablets). O objetivo do ambiente é simplificar, agilizar e ampliar o acesso ao crédito, aproximando o BNDES dos seus clientes finais. Produtores rurais, microempreendedores individuais (MEIs) e transportadores autônomos de cargas (caminhoneiros) também podem utilizar a ferramenta.
É possível também durante o acesso, escolher os agentes financeiros intermediários, ou seja, os bancos particulares da preferência do empreendedor. O canal permite a indicação de mais de um banco. A manifestação de interesse de financiamento é encaminhada diretamente para os especialistas responsáveis pelas carteiras do BNDES desses bancos.
Outra estimativa do BNDES com a ferramenta é ter um levantamento em tempo real sobre as demandas atuais de mercado e novos perfis de investidores.
Atualmente a maior frota de ônibus e caminhões no país é operada por empresas que possuem entre 1 e 30 veículos.
Vale ressaltar que o portal e as linhas de financiamento servem também para outros ramos, além do de transportes.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Motoristas de ônibus em São Paulo não vão entrar em greve na sexta-feira, mas metrô deve parar

Ônibus em São Paulo devem circular normalmente o dia todo
Ferroviários da CPTM ainda vão decidir, mas tendência é de funcionamento normal dos trens
ADAMO BAZANI
Enquanto o Metrô em São Paulo deve parar na próxima sexta-feira, 30, considerado por centrais sindicais como o Dia de Mobilizações contra as reformas Trabalhistas e da Previdência, os ônibus na capital paulista, no ABC e nas regiões de Osasco, Mogi das Cruzes e Guarulhos devem operar normalmente.
Temendo o esvaziamento das ações, as centrais já não chamam o ato previsto para sexta como greve geraL, a exemplo do que ocorreu em 15 de março e 28 de abril.
As centrais sindicais também preveem que os maiores atos devem se concentrar em São Paulo Rio de Janeiro e Brasília.
Em São Paulo, a intenção do Sindicato dos Metroviários é não operar das 4h40 (horário das primeiras viagens) até zero hora de sábado, afetando os passageiros das linhas 1 – Azul (Jabaquara / Tucuruvi), 2 – Verde (Vila Prudente / Vila Madalena), 3 – Vermelha (Barra Funda / Itaquera) e 5 Lilás (Capão Redondo / Adolfo Pinheiro) e o monotrilho 15-Prata (Vila Prudente / Oratório), que só tem duas estações e está incompleto.
A linha 4-Amarela (Butantã/Luz), que é privada e não tem metroviários conduzindo os trens, que são autônomos, deve funcionar normalmente, como ocorreu nas ocasiões anteriores.
Os metroviários farão uma assembleia nesta quinta-feira, 29 de junho para decidirem se realmente vão parar ou não. Caso haja paralisação, a Companhia do Metropolitano diz que vai acionar a operação PAESE – Plano de Atendimento entre Empresas em Situação de Emergência com ônibus no lugar das composições do Metrô.
Os ferroviários que trabalham na CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos também farão assembleias, mas a tendência é que o funcionamento dos trens seja normal também na sexta.
Os funcionários da CPTM são divididos em quatro sindicatos, de acordo com a origem das linhas:
Sindicato dos Ferroviários de São Paulo: trabalhadores das linhas 7-Rubi (Luz / Francisco Morato / Jundiaí) e 10-Turquesa (Brás / Santo André / Rio Grande da Serra).
Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana: funcionários das linhas 8-Diamante (Júlio Prestes / Itapevi / Amador Bueno) e 9-Esmeralda (Osasco/ Grajaú).
Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil: funcionários que atuam nas linhas 11-Coral  (Luz / Mogi das Cruzes / Estudantes) e 12-Safira (Brás / Itaquaquecetuba / Calmon Viana).
Sindicato dos Engenheiros
CURITIBA:
O Sindimoc, sindicato que reúne os motoristas, cobradores e demais funcionários dos transportes coletivos de Curitiba e região metropolitana, descartou paralisar os serviços de ônibus na próxima sexta-feira, 30 de junho de 2017, quando centrais sindicais vão realizar mais um Dia Nacional de Protestos contra as reformas da Previdência e trabalhistas.
A entidade sindical confirmou que vai participar do movimento, mas sem parar os ônibus.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Renovação do Grupo JCA para este ano vai ser maior e chegará a 254 ônibus

 
Ônibus de dois andares para a Viação Cometa – Foto: Douglas de Souza Melo / Texto: Adamo Bazani
Informação inicial era de 184 veículos. Unidades serão de carroceria Marcopolo

ADAMO BAZANI

A fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo confirmou na tarde desta terça-feira, 27 de junho de 2017, que a renovação de frota do Grupo JCA, um dos maiores do segmento de transportes rodoviários do país, vai ser maior do que inicialmente previsto e chegará a 254 veículos. Todas estas novas unidades receberão carrocerias da fabricante com sede em Caxias do Sul.
O Diário do Transporte, no início do mês, havia divulgado a proposta inicial de pelo menos 184 novos veículos, alguns que já tinham chegado às garagens. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/06/03/grupo-jca-deve-adquirir-neste-ano-mais-de-180-onibus-novos-e-primeiro-lote-dd-da-cometa-ja-chega-a-garagem/
A entrega das novas unidades ocorrerá até o final deste mês, segundo a Macopolo, para as empresas Auto Viação 1001, Auto Viação Catarinense, Viação Cometa e Expresso do Sul.

Ônibus da 1001 para rotas menores – Foto: Douglas de Souza Melo / Texto: Adamo Bazani
Do total comercializado, 93 unidades são do modelo Paradiso 1800 DD, que contam com chassi Scania 8×2, sistema audiovisual, ar-condicionado e sanitário. O veículo tem capacidade para transportar 54 passageiros, sendo 46 poltronas semileito no piso superior e oito poltronas do tipo leito cama no piso inferior.
“O Grupo JCA adquiriu ainda 82 unidades do modelo Paradiso 1050 com chassi Scania 4×2 e com 46 poltronas semileito; 64 unidades do Paradiso 1200 com chassi Scania 6×2 e 46 lugares em poltronas semileito e 15 ônibus Viaggio 900 com chassi Mercedes-Benz de motor dianteiro e poltronas do tipo Executiva. Todos os veículos contam com sistema audiovisual, ar-condicionado e tomadas de 110 V com entrada USB para carregamento de aparelhos eletrônicos, diz nota oficial da Marcopolo.
Na mesma nota, o diretor de operações comerciais e marketing da Marcopolo, Paulo Corso, diz que por causa da cobertura das empresas do Grupo, são necessários modelos de aplicações diferentes.
“Em razão da sua ampla atuação e cobertura em regiões diversas, o Grupo JCA tem como característica adquirir modelos distintos, que melhor possam atender as várias rotas e serviços. A empresa se destaca por seu dinamismo e por possuir uma das frotas mais novas do mercado brasileiro”, disse.
O Grupo JCA atende aos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e reúne companhias como Opção, Rápido Ribeirão Preto, Rápido Macaense, Auto Viação 1001, Auto Viação Catarinense, Viação Cometa e Expresso do Sul.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Fonte: Diário do Transporte

Quais são os benefícios de viajar de ônibus?

A utilização do transporte público é comum hoje em dia, principalmente quando se trata de ônibus. Seja parao trabalho ou lazer, as pessoas buscam um veículo que seja mais econômico e prático e optam pelo ônibus, mas e em casos de viagens, será que vale a pena? 
O ônibus por possuir um investimento mais baixo que os demais meios de transporte, vale a pena sim. Principalmente para aqueles que desejam economizar e ter uma viagem segura, sem se preocupar com o trânsito ou ficar atento aos acidentes e demais veículos que circulam pelas estradas. 
Além da economia, que já é uma grande vantagem aos usuários, os benefícios são muitos ao viajar de ônibus, entre eles, a praticidade, o grupo de pessoas, o conforto, bem como, as características que os veículos modernos têm atualmente, tais como, ar condicionado, TV e Wi-fi. 
No entanto, é importante destacar que para sua viagem ser segura, é preciso contratar o serviço de uma empresa de fretamento de ônibus. Não só por sua credibilidade, mas também, por ter um contrato com todas as regras e o regulamento. Logo, além de mais confiável, o usuário consegue ponderar e entender exatamente como funciona o aluguel ou fretamento.

A locação de ônibus para turismo
Nos últimos tempos, é comum grupos de amigos e até mesmo empresas realizarem a locação de ônibus para turismo, em geral, para férias, feriados ou datas comemorativas. Além disso, não é só quando se trata de locação que os ônibus são procurados.
Pelo contrário, até mesmo para compra. Agências de turismo, por exemplo, têm buscado cada vez mais comprar ônibus usado para diminuir os custos e ainda renovar a frota de seus ônibus. Para entender melhor, veja a seguir algumas finalidades que as empresas buscam ao comprar ônibus:
• Traslados de aeroporto para hotel 
• Citytours 
• Passeios
Por fim, vale lembrar ainda que, o ônibus por ser um grande veículo e ter comodidade e espaço para muitas pessoas é uma das melhores opções para viajar. Portanto, procure o serviço, realize sua viagem com segurança e busque sempre o que for melhor para os usuários.

Por Maristela Duarte, estudante de Jornalismo

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Expresso União

EXPRESSO UNIÃO

Sob a enorme capacidade administrativa do jovem Constantino de Oliveira, foi dada a largada definitiva da EXPRESSO UNIÃO, no final da década de 50, na Cidade de Patrocínio-MG, época das famosas jardineiras, onde enfrentava-se terra, lama e poeira; e cada viagem se transformava em verdadeiro desafio.

Endereço: Rua Coronel Amilcar Magalhães, 105 – Del Castilho CEP 20761-030 – Rio de Janeiro/RJ.











ASSISTA: “É um erro insistir no custeio do transporte público apenas pela tarifa”, diz especialista

Para especialista, grandes sistemas de ônibus e de trilhos precisam ter parte dos seus custos cobertos por toda a sociedade, não só pelos passageiros. Foto e texto: Adamo Bazani
Adriano Branco, um dos responsáveis pela modernização do sistema de trólebus em São Paulo, defende subsídios e maior participação de empresários em ônibus elétricos
ADAMO BAZANI
O transporte público é um Direito Social previsto na Constituição desde setembro de 2015, após aprovação de uma PEC – Proposta de Emenda à Constituição, de 2011, de iniciativa da deputada Luiza Erundina.
Até então, o transporte público era considerado serviço essencial. Muito mais que mudanças na nomenclatura, quando uma determinada área da vida dos cidadãos é elevada à condição de direito social, em tese, deve haver mais comprometimento das diferentes esferas de governo, desburocratização e novas fontes de custeio por meio de recursos públicos. Em tese, porque ainda na prática todas as possibilidades de o transporte público como direito social ainda não foram sentidas pela população.
O cenário praticamente é o mesmo de antes de 2015: tarifas altas, serviços ineficientes, empresas de transportes quebrando ou necessitando de auxílios externos (seja de ônibus ou de rede metro-ferroviária) e, claro, muita insatisfação.
É certo que em menos de dois anos não é possível mudar um quadro que reúne problemas crônicos, que são relacionados, inclusive, com crescimento desorganizado de praticamente todas as cidades brasileiras. Mas pelo menos, já daria para sentir algumas diretrizes mais sólidas, o que também não está sendo possível.
Num país em crise e com as contas públicas apertadas, pode parecer difícil falar em financiamento governamental do transporte coletivo para a população e já vai o alerta: nada de tarifa zero, mas usar recursos públicos para baratear e tornar mais atrativo um serviço que beneficia a todos, inclusive quem não faz uso dele.
Especialistas do mundo todo, inclusive do Brasil, com larga experiência na gestão pública e também em empresas privadas, são unânimes em defender a ideia de que a tarifa não pode ser a única fonte de custeio para os transportes no país.
O engenheiro Adriano Murgel Branco atua no setor de transportes públicos desde os anos de 1960. Hoje com 83 anos de idade, reúne experiência com visão de futuro, reunindo o que viveu no passado e as tendências em relação ao que pode ser aplicado nas ruas, corredores e trilhos brasileiros.
Adriano Branco foi um dos principais responsáveis pelo projeto Sistran, que revolucionaria o sistema de transportes na capital paulista, o maior da América Latina já em 1978, quando o plano foi implantado. Além de um aumento significativo da rede de trólebus, previa integrações com outros modais e uma nova geração de ônibus elétricos.
São Paulo receberia 1.280 trólebus novos e a rede seria ampliada em 280 km , que se juntariam aos 115 km já existentes na época.
O plano não foi plenamente colocado em prática por causa da falta de continuidade administrativa.
Adriano Branco defende subsídios e o financiamento público do setor de transportes, mesmo sendo operado por empresas privadas,
Segundo o engenheiro, com base em sua experiência, é possível notar que os transportes trazem lucro para toda a sociedade por meio de benefícios sociais e econômicos, as chamadas externalidades, que não são repassadas para o setor novamente.
O engenheiro dá o exemplo do Metrô de São Paulo, que tem um controle maior de suas contas e as externalidades.
Em 2016, o Metrô de São Paulo custou R$ 2,5 bilhões aproximadamente. Entretanto, os seus benefícios sociais como redução de tempos de viagem, de congestionamento, de veículos nas ruas, de poluição e dos custos de manutenção das vias, representou ganhos para a sociedade na ordem de R$ 12,5 bilhões, que não foram revertidos para este sistema.
Diário do Transporte e o Canal Mova-se fizeram uma entrevista exclusiva com Adriano Branco, que também defendeu a maior participação de empresários de ônibus na consolidação de uma tecnologia mais limpa. A participação dos empresários não apenas como compradores, mas como investidores e negociadores dessas novas tecnologias.
O engenheiro citou o exemplo do Grupo Ruas, maior frotista de São Paulo, que é um dos sócios da Caio, encarroçadora de ônibus, como operador-investidor, e concorda que o Corredor Metropolitano ABD, entre São Mateus e Jabaquara, nas zonas Leste e Sul de São Paulo, passando por municípios do ABC Paulista, é bem-sucedido também porque a operadora de trólebus atua na fabricação desses sistemas, além, claro, de outros fatores.
Adriano Branco diz que atual política de financiamento de transportes públicos baseada apenas nas tarifas é um obstáculo e um engano, que impede o desenvolvimento do setor e melhorias substancias para os deslocamentos das pessoas.
“A ideia de que empresa privada só pode trabalhar com tarifas equivalentes aos seus custos é um obstáculo ao desenvolvimento de uma política financeira melhor [para os transportes]. Isso sempre foi um obstáculo previsto pelas administrações, que a tarifa precisa ser igual ao custo, se não empresário privado não se interessa. É um engano. Não há outro caminho, deve haver uma participação maior do poder público no custeio dos transportes”  defendeu o especialista.
Acompanhe abaixo a entrevista na íntegra:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes