quinta-feira, 28 de junho de 2018

Novo ônibus urbano Neobus New Mega chega ao mercado

A NEOBUS já está produzindo e comercializando o seu mais novo modelo de ônibus urbano, New MEGA. É o primeiro modelo projetado e desenvolvido com base na recente estratégia de atuação da marca para tornar sua linha de produtos ainda mais adequada às novas demandas do mercado brasileiro e dos clientes.

O New MEGA é resultado de mais de um ano de pesquisas e desenvolvimento e mantém as características reconhecidas pelo mercado brasileiro e internacional de eficiência operacional e robustez, além de conforto, segurança e mais espaço para os passageiros e motorista.

"O ônibus mantém todos os atributos já reconhecidos da marca Neobus. Para o usuário, focamos na ergonomia e comodidade e, para o cliente, o veículo proporciona diferenciais de praticidade, facilidade de manutenção e menor custo operacional do que os principais modelos disponíveis no mercado", destaca João Paulo Ledur.

Projetado para proporcionar a melhor experiência a passageiros, motoristas e empresários, o New MEGA tem foco na praticidade, agilidade e baixo custo para manutenção.  Com diferentes opções de comprimento total - de 9.750 mm a 13.345 mm - pode ser montado com vários modelos das principais montadoras e tem configuração interna que permite transportar até 54 passageiros sentados.

Design atraente e moderno

Externamente, o New MEGA tem como diferencial o design limpo e leve, com novos conjuntos ópticos dianteiro e traseiro. O vigia traseiro, com cantos arredondados, também dá mais leveza e modernidade ao ônibus. Os faróis e lanternas têm máxima eficiência luminosa e são facilmente intercambiáveis, reduzindo tempo e custo de manutenção e reparo.
Focando na rapidez e custo de reparação, o novo modelo conta ainda com espelhos retrovisores mais modernos e eficientes, tomadas de ar de teto com novo formato e sistemas de fixação e vedação, de fácil acesso e manuseio para os usuários. O sistema de refrigeração foi redesenhado para garantir, para o passageiro, maior eficiência e, para o operador, agilidade na manutenção.

Internamente, o New MEGA oferece também mais espaço e ergonomia para o motorista. O posto do condutor foi totalmente redesenhado para facilitar o acesso aos comandos. O painel passou a contar com novas saídas de ar, inclusive para as pernas, com ventilação mais forte e eficiente. O modelo também ganhou console mais ergonômico, que proporciona mais espaço para pernas e para movimentação. O novo posicionamento do motorista diminui o desgaste físico e permite que se concentre apenas na condução do veículo. 

quarta-feira, 27 de junho de 2018

ENTREVISTA: Reunidas comemora 70 anos com 20 ônibus novos e com serviço leito para São Bernardo do Campo, Santos e Campinas

Ônibus novos serão exibidos em carreatas em cidades atendidas pela Reunidas – Clique na foto para ampliar
Diretora da empresa, Marcela Constantino, fala ainda sobre cronograma de renovação de frota, licitação da Artesp e estratégia de operar somente linhas rodoviárias
ADAMO BAZANI/ JESSICA MARQUES   
A empresa de ônibus Reunidas Paulista, com sede em Araçatuba, no interior de São Paulo, completa agora em 2018, 70 anos de atuação e anuncia uma série de novidades para os serviços rodoviários intermunicipais e interestaduais.
Ônibus novos, investimentos em capacitação de mão de obra, modernização de bilhetagem e ampliação dos serviços leitos estão entre as ações já em andamento ou que devem se concretizar em breve.
A diretora da empresa, Marcela Constantino, conversou com a reportagem do Diário do Transporte na tarde desta terça-feira, 26 de junho de 2018.
Para comemorar os 70 anos de atuação, conquista cada vez mais difícil para as empresas brasileiras, independentemente do ramo, a Reunidas fará apresentações dos 20 ônibus recentemente comprados e eventos em Araçatuba e Bauru, no interior paulista, e na capital entre esta quarta-feira, 27, e sexta-feira, 29.
Marcela Constantino explica as configurações dos 20 novos veículos comprados pela Reunidas.
“São 18 semi-leitos, sendo 14 Marcopolo Paradiso 1200, quatro do modelo 1350, que é aquele ônibus um pouco mais alto. Também chegam dois ônibus leito, Double Decker [de dois andares], que são na configuração leito-cama, com 20 lugares em cima e seis embaixo, com conforto absoluto para fazer a linha Araçatuba – São Paulo” – revela Marcela.
Com a ampliação da frota de veículos de maior categoria, a Reunidas vai ampliar o atendimento com ônibus leito em linhas que até então eram servidas apenas por veículos executivos.
“Nós vamos começar a colocar ônibus leitos em linhas como Araçatuba-São Bernardo do Campo, Araçatuba-Santos e Araçatuba-Campinas. Atualmente, a gente tem o serviço leito nas linhas Três Lagoas (MS) – São Paulo (SP) e Araçatuba (SP) – São Paulo”, conta Marcela ao Diário do Transporte.
A diretora da Reunidas também revelou que a partir de agora, a empresa vai seguir um cronograma fixo de renovação de frota, que vai exigir investimentos anuais de R$ 15 milhões, pelos valores atuais. Assim, por ano, em torno de 20% da frota, serão substituídos por modelos mais novos.
A empresa possui aproximadamente 120 ônibus, com idade média de quatro anos. Com a mais recente renovação, a idade deve cair para em torno de três anos. Em 2019, todos os veículos devem ter os motores que seguem o padrão Euro 5 para restrição de emissões de poluição, atualmente em vigor. Ou seja, os ônibus produzidos antes de 2012/2013, quando a legislação passou a vigorar, serão vendidos.
Reunidas
Ônibus novos ampliam a oferta de serviços semi-leitos e leitos
Além da frota, a empresa também começou investimentos nos serviços de bilhetagem. Já há um projeto piloto no Mato Grosso do Sul, mas tudo depende da legislação se adequar às atualizações tecnológicas para permitir que ocorra com os ônibus o que já é habito no setor aéreo, como check-in eletrônico, sem a necessidade de uma passagem de papel, o que ainda é exigido pelo poder públicos nas viagens rodoviárias.
Como mostrou o Diário do Transporte, em janeiro deste ano, o sistema foi apresentado em Mato Grosso do Sul. Relembre:
Marcela Constantino disse que a empresa investe para, quando a legislação permitir o sistema em todo o País, a Reunidas esteja pronta para oferecer mais esta facilidade ao passageiro.
“Assim que for aprovado o bilhete de passagem eletrônica pela Secretaria da Fazenda, a gente já está fazendo todo o backup da empresa para oferecer esse serviço com a maior rapidez possível para o cliente fazer o check in on line e poder fazer todos os cancelamentos, remarcações de maneira digital… a facilidade que hoje as companhias áreas têm” – explica.
Marcela Constantino destaca renovação de frota, modernização de atendimento e capacitação de mão de obra para deixar passageiros mais satisfeitos.
Investimentos na capacitação na mão de obra também devem ser mais constantes na Reunidas, de acordo com Marcela Constantino, que explica que a companhia de ônibus já desenvolve programas para os motoristas.
Entre as ações estão o Programa Acidente Zero, que há 20 anos premia os motoristas que não se envolverem em nenhum tipo de acidente, e o Prêmio de Incentivo ao Motorista para os condutores que atingirem metas como não ter faltas, reclamações e advertências e o Prêmio de Economia de Combustível, para redução de custos e de emissões de poluentes.
Neste ano, haverá homenagens para funcionários, que independentemente do cargo, completaram 15 anos de empresa. O principal homenageado será o funcionário Ricieri Marin,  que está há 72 anos no setor. O profissional começou a carreira com 21 anos em uma das empresas que formaram a Reunidas. Quando a companhia foi constituída, em 1948, Ricieri estava na Reunidas e nunca abandonou a empresa. Ricieri, hoje com 93 anos de idade, tem o apelido de Tinindo e goza de uma saúde perfeita, trabalhando como ombudsman da companhia.
Marcela falou também da estratégia da Reunidas em focar no segmento de rodoviários. As linhas suburbanas foram repassadas para a Expresso Araçatuba, do mesmo grupo da Expresso Adamantina.
A diretora da Reunidas também espera que haja uma solução rápida para a licitação das linhas rodoviárias dentro do estado de São Paulo pela Artesp, mas diz que o setor não perder as características que têm aprovação dos passageiros.
“A Reunidas vê que a regulamentação do setor é algo importante para acontecer, mas não no formato que está desenhado. A gente espera que o edital seja melhorado para continuar o transporte no estado de São Paulo, com a aprovação atual de 97% dos passageiros” – disse Marcela Constantino.
Atualmente, a licitação, que foi apresentada em 2015, está barrada por decisões judiciais e do TCE – Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
OUÇA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:
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Ônibus estilo jardineira da empresa em Araçatuba, no interior de São Paulo
O Marcopolo III foi um dos modelos icônicos da história da Reunidas
LEIA NA ÍNTEGRA:
Realmente, 70 anos não é nada fácil nesse país. A gente vê várias empresas não suportando tantas idas e vindas da economia, tantos problemas políticos, e a Reunidas está nos 70 anos. Olhando para o passado, sem desmerecer e deixar de lado as raízes históricas, mas olhando também para frente, 70 anos que começam as comemorações com investimentos.
Sim, este ano, para comemorar o nosso marco histórico de 70 anos, a gente fez uma aquisição de frota de 20 ônibus que chegaram ontem e hoje. Já estão chegando em várias cidades, Três Lagoas, até Bauru, está sendo um sucesso, as crianças parando na rua para verem os ônibus passarem, então está sendo muito bacana, muito gostoso ver alegria das pessoas, a satisfação de receber com carinho no olhar, por estar vendo a alegria de compartilhar esse momento de crescimento, de melhoria que a gente está passando.
Muitas pessoas às vezes acham que o serviço de transporte é só levar pessoas para cima e para baixo, de um lado para outro, mas não. Tem essa identificação que você falou. Por exemplo, a questão das crianças gostando, até mesmo dos adultos, essa é uma questão importante no transporte, o lado humano do setor, não é?
Sim, a gente faz parte da vida de muita gente, principalmente quando a gente vem do interior para a capital, a gente faz parte da história de vida das pessoas que voltaram para visitar a família, mas criaram uma profissão fora, em uma cidade grande, indo fazer uma faculdade. Tantas histórias se cruzam ao longo dos quilômetros que a gente percorre com os ônibus. Muitas histórias chegam para a gente por e-mail, muitos depoimentos, porque a Reunidas, através do meio de transporte que ela presta esse serviço, ela promove esses encontros. Isso é muito satisfatório.
São 20 ônibus novos. Qual a configuração deles?
Nós temos 18 semileito, sendo 14 no modelo 1200 da Marcopolo e quatro no modelo 1350, que é aquele ônibus um pouco mais alto, mas todos com a poltrona que a gente chama de executiva, mas na verdade o espaçamento é do semileito, e dois ônibus leito Double Decker, que são leitos-cama, seis lugares em cima, seis lugares embaixo, com conforto absoluto para fazer a linha Araçatuba / São Paulo.
A gente pode ter novidade com relação a outras linhas? Essa aquisição de frotas acaba aumentando o total de ônibus de maior categoria da empresa. Pode haver novidade nas linhas para Santos, São Bernardo, Campinas?
Sim, nós vamos colocar o serviço leito nessas linhas também, que eram atendidos só com executivo. Nós vamos começar a fazer alguns testes com o serviço leito. Hoje o serviço leito a gente tem de Três Lagoas até São Paulo, Araçatuba / São Paulo e vamos ter também Araçatuba / Campinas, Santos e região do ABC também.
Pelo que a gente verifica, essa renovação de frota tem colocado a Reunidas como uma empresa que, pelo menos no próximo ano, deve ter todos os ônibus Euro 5 (norma internacional pela qual há controle maior das emissões de poluentes)?
Isso mesmo, o Euro 5 emite cinco vezes menos poluentes que o Euro 3, que é o modelo anterior, e a partir de 2019, com a aquisição que a gente está planejando fazer de também mais 20 carros, a gente fica com uma frota 100% Euro 5.
E com uma redução da idade média?
Sim, a idade média, neste ano, vai ficar em 4,3 anos e, no ano que vem, vai descer para menos de 3,5 anos.
E a partir desse momento, a Reunidas vai ter um plano de renovação de um percentual fixo de frota?
Isso, a gente vai renovar 20% da frota anualmente.
Isso, em investimentos, representa quanto?
Em investimentos / ano, cerca de R$ 15 milhões.
Como muita gente fala, o ônibus é importante no transporte, mas não é só o ônibus, tem a questão da bilhetagem, da capacitação de profissionais. Como a Reunidas tem investido nessa questão? Há experiências, por exemplo, no Mato Grosso do Sul, sobre a bilhetagem eletrônica do rodoviário, como é isso?
No Mato Grosso do Sul a gente está em testes, porque depende da Secretaria da Fazenda, mas a gente está vendo a possibilidade de começar só nesse estado. Assim que for aprovado o bilhete de passagem eletrônica que é digital e não mais o impresso pela Secretaria da Fazenda, a gente está fazendo todo o backup da empresa para oferecer esse serviço com maior rapidez possível, para oferecer essa facilidade para o cliente poder fazer o check-in online e poder fazer todos os cancelamentos, remarcações, adiantar passagem, todas as facilidades que hoje a companhia aérea tem. A partir do momento em que a gente puder fazer tudo digital, a gente vai incorporar essas facilidades também para o cliente.
Falando um pouco sobre capacitação, a Reunidas tem muito programa de capacitação, principalmente dos motoristas. Que são as pessoas que a gente mais enfatiza, porque a gente quer viajar e chegar com conforto e segurança acima de tudo. A gente tem um programa que se chama Programa Acidente Zero, que há mais de 20 anos premia motoristas que não se acidentaram, mas eles não podem ter nenhum tipo de acidente durante o ano e a gente enfatiza e estimula muito isso, para que eles dirijam em uma condição segura, econômica, de uma forma bem rigorosa, para que a gente possa entregar o que a gente vende, que são viagens seguras e tranquilas com a Reunidas.
A gente tem também um prêmio de incentivo ao motorista que a gente valoriza os profissionais que atingem algumas metas estabelecidas para que a gente possa contar com o profissional. Questão de assiduidade, ele não faltar, questão de não ter multas, por infração de trânsito, não ter advertência. A gente também tem o prêmio de economia de combustível, que a gente sempre frisa para eles dirigirem de forma econômica, o que ainda contribui com o meio-ambiente para a redução de emissão de gases poluentes.
Esse ano, a gente está com uma novidade. A gente vai ter um prêmio, que não é só para os motoristas, que a gente vai homenagear um funcionário nosso, que tem 72 anos de empresa, porque a empresa tem 70 anos de empresa, mas ele tem 72. Ele começou antes de a empresa começar, quando a empresa era uma outra empresa que, juntou e se formou a Reunidas. É um senhor que se chama Ricieri Marin. A gente vai homenagear os funcionários que trabalham na Reunidas há mais de 15 anos. Nós vamos começar essas homenagens amanhã.
O apelido dele é Tinindo, porque ele está sempre sorrindo. Ele pode estar bem, mal, mas sempre com um sorriso no rosto e bem-humorado. Hoje ele é nosso Ombudsman em Bauru, trabalha na rodoviária tratando dos clientes, recebendo, cuidando, zelando por cada um que passa por lá. Ele é um patrimônio da empresa. Ele tem 93 anos e começou na empresa com 21 anos. Ele vai todos os dias e não gosta de faltar dia algum.
Falando de assuntos mais voltados ao mercado, muitas pessoas perguntam para a gente: Houve uma readequação das linhas da Reunidas. Por exemplo, as linhas suburbanas já não fazem mais parte do grupo?
Isso. Por uma decisão estratégica, a gente decidiu ficar focado nas linhas rodoviárias. As linhas suburbanas, houve uma venda, e não fazem mais parte do grupo da Reunidas.
Agora é a Expresso Araçatuba que opera essas linhas suburbanas, do mesmo grupo da Expresso Adamantina.
Em relação a mercado ainda, tem a licitação da Artesp, que era para ser realizada desde 2015 e recebe críticas principalmente ao desenho da malha, que está proposto no edital, que inclusive está barrada pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e por decisões do Tribunal de Justiça. Como a Reunidas vê essa questão da licitação?
A Reunidas vê que a regulamentação do setor é algo importante para acontecer, mas não no formato que estava desenhado. A gente espera que seja melhorado isso para que a gente possa continuar o transporte no estado de São Paulo com a aprovação que ele tem hoje de 97% da população aprovando o serviço prestado.
Conte um pouco de sua atuação na empresa.
Eu comecei a trabalhar durante a faculdade na empresa e o meu Trabalho de Conclusão de Curso foi justamente falando sobre a atividade dos motoristas versus o risco que eles estão expostos. E a necessidade de capacitação para isso para que a gente pudesse melhorar todos os indicadores da empresa. A busca contínua que a gente tem com o Acidente Zero e ter sempre no nosso quadro os melhores profissionais. Com isso, eu comecei há 14 anos uma liderança no Recursos Humanos da empresa, onde a gente começou a enfatizar cada vez mais um trabalho que já era feito, mas eu agreguei à equipe, para a gente trabalhar não só a capacitação dos motoristas, que foi a minha tese de conclusão de curso, mas de todas as áreas da empresa. Depois disso, fui entrando em outras áreas: compras, institucional e há dois anos estou na direção geral da empresa.
Gosta de ônibus? Se considera uma busóloga?
Gosto, adoro ver foto antiga, conversar com meu vô, meus tios, sobre ônibus, falar de frota, qual tipo de frota para o tipo de serviço e fazer parte desse quebra-cabeça que é nossa atividade. É uma coisa que me estimula, gosto. Vejo de domingo a domingo, fico olhando na câmera se o ônibus chegou, se não chegou, torcendo e trabalhando para que tudo sempre dê certo e que a cada dia venham dias melhores.
Tem algo que gostaria de acrescentar?
Quero agradecer a todos os que fizeram e que fazem parte da história da Reunidas. Estamos comprometidos pelas próximas décadas, para que a gente faça um trabalho cada vez mais firme, que continue promovendo encontros, criando histórias, experiências e fazendo parte da história de muita gente.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Jessica Marques para o Diário do Transporte

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Marcopolo apresenta modelos de alto padrão em evento sobre fretamento em Santa Catarina

Ônibus de dois andares conquistam mercados cada vez maiores.
Marca quer manter a liderança no segmento, que tende a ficar cada vez mais competitivo e que necessita desde os modelos mais simples até os mais sofisticados
ADAMO BAZANI
O setor de fretamento se recupera dos efeitos da crise econômica, mais forte no Brasil entre os anos de 2013 e 2017, e isso faz com que a indústria de ônibus se movimente para reconquistar clientes e fazer novas vendas.
A fabricante de carrocerias Marcopolo é um dos exemplos disso.
A empesa mantém a liderança no segmento de rodoviários, que tende a ficar mais competitivo.
Por isso, toda a oportunidade de estar mais próxima dos empresários vale mais que ouro.
Uma destas oportunidades foi a 8ª edição do Encontro das Empresas de Transporte Turístico de Santa Catarina, promovido entre os dias 22 e 24 de junho, em São José/SC, pela Associação das Empresas de Transportes Turísticos e Fretamento de Santa Catarina – AETTUSC e que se tornou um dos principais eventos do setor no Estado.
Na oportunidade, a Marcopolo exibiu seus modelos rodoviários, com destaque para dois ônibus Marcopolo Paradiso 1800 Double Decker (dois andares), que, segundo a empresa, foram desenvolvidos para empresas catarinenses.
O evento também reuniu outras marcas e não contou apenas com a exposição dos ônibus, mas teve palestras e mesas de debate sobre a importância do segmento para a economia e como o setor deve encarar e se aproveitar das mudanças tecnológicas.
Em nota, o diretor do Negócio Ônibus da Marcopolo, Rodrigo Pikussa, disse que é a proximidade com os empresários que permite o desenvolvimento mais adequado de novos ônibus.
“Participar deste encontro é uma oportunidade de fortalecer o relacionamento com empresários do setor e estar próximo deles para conhecer suas necessidades. Isso contribui para que a Marcopolo desenvolva continuamente novos modelos e configurações específicas para cada aplicação elevando a qualidade do serviço”, destaca.
O executivo também destacou a relevância da atuação de entidades como a AETTUSC. “Reconhecemos a importância da associação para o segmento, pois através da entidade e de eventos como este, as empresas aumentam sua representatividade na sociedade e têm um espaço de discussão e alinhamento sobre as melhores práticas e políticas do segmento”.
Para a indústria tanto de chassis como de carrocerias, o fretamento é importante por possuir um volume significativo e também uma variedade de produtos, desde os mais simples para fretamento contínuo, como transporte de operários em trajetos urbanos, como os de maior valor agregado, como para turismo de alto padrão e receptivos.
No caso da Marcopolo, entre os modelos estão o Ideale, o Audace, o Viaggio e a família Paradiso, com diferentes configurações e tamanhos, como o 1050, 1200, 1350, 1600 LD (com grandes bagageiros) e 1800 DD (de dois andares).
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Busscar consolida vendas para grandes empresas de ônibus já nas primeiras semanas de operação oficial em Joinville/SC

Encomendas são de empresas de fretamento e de linhas rodoviárias. Imagem ilustrativa. Clique para ampliar
Veículos em breve devem estar nas estradas. Mais pedidos com outras empresas são negociados
ADAMO BAZANI
A encarroçadora de ônibus Busscar já conseguiu consolidar negociações com grandes grupos de transportes rodoviários e de fretamento, muitos dos quais, com atuação nacional.
Todas estas negociações ocorreram poucos dias depois de a planta, em Joinville, Santa Catarina, voltar a operar oficialmente, em 02 de maio de 2018.
A Busscar estava sem produção significativa desde 2012, quando teve início um conturbado processo de recuperação judicial e de falência da empresa, que até então era controlada pela família fundadora, Nielson.
No dia 21 de março de 2017, o juiz da 5ª Vara cível de Joinville, Valter Santin Júnior, que era responsável pelo processo sobre a falência, aprovou em sentença definitiva a compra da Busscar por um grupo de investidores que formaram a Carbuss – Indústria de Carrocerias Catarinense Ltda.
Com exclusividade ao Diário do Transporte, a Busscar confirmou de forma oficial nesta segunda-feira, 25 de junho de 2018, que ao menos 15 empresas terão em breve modelos da marca em circulação pelas rodovias e cidades.
Algumas destas empresas são de expressão nacional e, no passado, já tinham sido grandes frotistas da Busscar.
Apesar de ser uma empresa diferente da Caio, que produz carrocerias urbanas na cidade de Botucatu, no interior de São Paulo, parte dos representantes da empresa paulista também atua nas vendas para a Busscar.
Além disso, está à frente da diretoria comercial da Busscar, o executivo Paulo Corso, de amplo conhecimento do mercado de ônibus. Corso atuou na encarroçadora Marcopolo por 39 anos, até março de 2018.
Confira a relação dos negócios consolidados até a conclusão desta reportagem, segundo a Busscar
Outros pedidos já são negociados com mais empresas.
BREVE HISTÓRICO:
A Busscar foi fundada oficialmente como Nielson no dia 17 de setembro de 1946, com iniciativa de Augusto e Eugênio Nielson que começaram uma pequena oficina em Joinville, atuando na construção de móveis e utensílios e fazendo reparos em carrocerias de caminhões e cabines. Em 1948, a Nielson fez seu primeiro veículo de transporte coletivo, uma jardineira – ônibus simples feito de madeira. O veículo da Nielson foi uma encomenda da empresa Abílio & Bello Cia Ltda, que fazia a linha Joinville – Guaratuba, em Santa Catarina.
Foi na época do surgimento empreendimento dos Nielson, que o Brasil começava assistir mais intensamente o crescimento das cidades e também das relações comerciais entre as diferentes localidades. Tudo isso demandava uma maior oferta de transportes. Assim muitos empreendedores compravam chassis de caminhão, como da Ford e da GM, e precisavam transformá-los em ônibus para enfrentar as difíceis estadas de terra e verdadeiros atoleiros. Nesta época, a Nielson & Cia Ltda. tinha o comando do patriarca da família, Bruno, e do filho Harold.
Em 1958, um dos marcos para a Nielson foi o projeto de estrutura metálica para os ônibus.
No início dos anos de 1960, ganhavam as estradas os modelos Diplomata, carroceria de dois níveis que lembravam os Flxibles norte-americanos que, quando foram importados pela Expresso Brasileiro Viação Ltda eram chamados de Diplomata. A Nielson então conquistava definitivamente o mercado.
Nos anos de 1980, Nielson cresce mais e no segmento de rodoviário travava disputa acirrada com a Marcopolo e no segmento urbanos, a briga era com a Caio, praticamente de igual para igual.
A linha Diplomata tinha recebido novas versões e o Urbanuss ganhava atenção dos frotistas.
Por uma estratégia de negócios, a Nielson mudou a marca para Busscar. Inicialmete a marca foi conhecida como Busscar-Nielson. Surgiram os rodoviários El Buss e Jum Buss  e os urbanos da linha Urbanuss.
Em 2002, a Busscar começa enfrentar dificuldades financeiras. A família Nielson alegava problemas motivados pela variação cambial e também dificuldades de créditos, mas já havia também erros administrativos internos. O BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social chegou a realizar empréstimos para empresa, que não foram plenamente honrados. A recuperação não foi plena, havendo novamente outro problema financeiro em 2004. A última crise da Busscar começou em 2008, quando a empresa começou a atrasar salários.
Em 2007, a encarroçadora de ônibus Caio, do Estado de São Paulo, já havia procurado sócios da Busscar para uma fusão. As negociações não avançaram.
Em janeiro de 2010, a Busscar criou um programa de demissões voluntárias para redução de custos. Ainda em crise, a empresa atrasou salários e benefícios, o que motivou uma greve em 15 de abril de 2010.
Em setembro de 2011, antes mesmo da falência da Busscar, sócios da Caio já tinham confirmado interesse na encarroçadora de Joinville. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2011/09/28/busscar-caio-fala-em-primeira-mao-com-blog-ponto-de-onibus/
Em outubro daquele ano, porém, a Justiça indeferiu a proposta dos sócios da Caio que previa pagamento de R$ 40 milhões pelo complexo.
Para saldar dívidas, os primeiros bens da Busscar foram leiloados em setembro de 2011. A expectativa era arrecadar R$ 1,5 milhão, mas só foi possível conseguir R$ 21 mil.
No dia 3 de novembro de 2011, o juiz Maurício Cavallazi Povoas, da 5ª Vara Cível de Joinville,  aceitou o pedido de recuperação judicial feito pela Busscar. No dia 31 de dezembro de 2011, a empresa apresentou o plano.
No entanto, não houve os resultados esperados e o plano não se mostrou viável. Em junho de 2012, a Justiça determinou que fosse apresentado um novo plano.
Depois de uma dívida que se aproximou de R$ 2 bilhões, contando juros, impostos e débitos com fornecedores, trabalhadores e bancos, a empresa teve a falência decretada em 27 de setembro de 2012 pelo juiz Maurício Cavalazzi Povoas. A decisão, no entanto, foi anulada em 27 de novembro de 2013, após recursos judiciais. No entanto, os recursos caíram em 5 de dezembro de 2013. A família Nielson chegou a apresentar um novo pedido de recuperação judicial, mas o juiz Luis Felipe Canever, de Santa Catarina, após negativa por parte dos credores, decretou no dia 30 de setembro de 2014, nova falência da encarroçadora de ônibus Busscar, que já foi uma das maiores do Brasil.
Os negócios continuam na América Latina com a atuação em parceira de outros grupos, com destaque para as operações na Colômbia.
A Busscar Colômbia foi formalizada no ano de 2002 sendo fruto de uma aliança entre a indústria local Carrocerías de Occidente, empresa fundada em 1995, e a Busscar Ônibus do Brasil, fundada pela família Nielson em 17 de setembro de 1946.
Em 15 de fevereiro de 2012 foi anunciada a criação de uma joint venture formada pelos acionistas das duas gigantes da produção de carrocerias de ônibus: Caio e Marcopolo.
A parceria envolve a Twice Investimentos e Participações, integrada por acionistas da Caio Induscar, e a controlada da Marcopolo, Syncropats Comércio de Distribuição de Peças Ltda.
As empresas propuseram em fevereiro de 2013, à Quinta Vara Cível de Joinville, que cuidava do processo de falência da Busscar, o aluguel/arrendamento do Parque Fabril da companhia.
Para isso, pagariam um valor de R$ 300 mil por mês. – Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2013/02/28/caio-e-marcopolo-querem-alugar-a-busscar/
Foram várias tentativas de leilão da Busscar, três somente em 2016. Todas esvaziadas. A cada uma delas, o valor caía.
– Primeira tentativa: 15 de março de 2016, as três unidades fabris (Unidade Joinville SC – Fábrica de Carrocerias / Unidade Pirabeiraba – Joinville SC – Fábrica de Peças / Unidade Rio Negrinho SC – Fábrica de Peças)  custariam R$ 369.305.922,65 (trezentos e sessenta e nove milhões, trezentos e cinco mil, novecentos e vinte e dois reais e sessenta e cinco centavos)
– Segunda tentativa: 29 de março de 2016.  O valor seria de R$ 221,5 milhões (incluindo ativos reivindicados na Justiça, e incertos) ou, na prática, R$ 176,5 milhões (descontados os ativos) por todas as empresas do grupo. – 60% do valor do primeiro leilão
– Terceira Tentativa: No dia 8 de julho, terminou sem lance o terceiro leilão da empresa. Seria aceita oferta de quantia igual ou superior a 49% do valor da avaliação- do primeiro leilão.  R$ 133.151.088,11. Também sem propostas.
No final de outubro de 2016, foi apresentada uma proposta de compra por R$ 67,15 milhões por um grupo de investidores com o objetivo de retomar as produções em meados de 2017.
Em dezembro do mesmo ano, foi liberado um lote de R$ 18 milhões para saldar parte das dívidas trabalhistas.
Também em dezembro de 2016, dois grupos internacionais, o português a Imparável Epopeia UniPessoal Ltda e o chinês Liaoyuan Group demonstraram interesse na compra da Busscar.
Em 07 de janeiro de 2017 terminou o prazo para as empresas estrangeiras apresentarem a documentação exigida.
A proposta ficou somente pelo grupo da Caio. No dia 08 de janeiro, advogado da Caio esteve em Joinville e confirmou valor proposto de R$ 67,15 milhões.
Em 21 de março de 2017, o juiz da 5ª Vara cível de Joinville, Valter Santin Júnior, aprovou em sentença definitiva a compra da Busscar por sócios da Caio, encarroçadora de ônibus de Botucatu/SP, que tem como principal sócio o Grupo Ruas, de empresas de ônibus de São Paulo. O valor da compro foi de R$ 67,15 milhões. O montante foi dividido em um sinal de R$ 9,4 milhões e mais 50 parcelas do restantepelos próximos quatro anos, compreende as unidades da Busscar em Joinville, Pirabeiraba e Rio Negrinho, assim como seus terrenos, edificações, maquinário e móveis, além da maca. As parcelas terão correção monetária.
No dia 22 de março de 2017, os sócio-diretores da Caio/Induscar Marcelo Ruas e Maurício Lourenço da Cunha foram à Joinville, em Santa Catarina e assinaram o documento de compra da Busscar, na 5ª Vara Cível na cidade.
Em 28 de março de 2017, a assessoria de comunicação da Caio informou, em primeira mão ao Diário do Transporte, que na compra também envolveu a marca Busscar.
No dia 29 de março de 2017, o Sindicato dos Mecânicos de Joinville decide não impugnar a venda. Mesmo o valor de R$ 67,15 milhões sendo bem abaixo que os débitos trabalhistas de R$ 250 milhões, a entidade disse acreditar ser a solução mais concreta de um problema que se arrasta há anos. Um eventual outro comprador, por exemplo, poderia não produzir mais ônibus, usando os imóveis para outros fins.
Em 12 de junho de 2017, os sócios da Caio assumem formalmente a massa falida da Busscar.
A nova administração da empresa lançou no ar um site para cadastramento de currículos para iniciar um processo de contratação.
Em 04 de julho de 2017, entrevista publicada no site Diário do Transporte, o diretor Industrial da Caio Induscar e um dos investidores da Busscar, Maurício Lourenço da Cunha, diz que Caio e Busscar poderão atuar em sinergia, trocando informações, conhecimentos, estruturas de distribuição e tecnologia, no mercado de transportes.
Em 30 de agosto de 2017, o diretor Industrial da Caio Induscar e um dos investidores da Busscar, Maurício Lourenço da Cunha, voltou a falar com o Diário do Transporte e revelou que a empresa já tinha 55 funcionários trabalhando, entre os quais, engenheiros para elaborar novos produtos.
Em 04 de outubro de 2017, representantes da Carbuss, empresa criada para a operar a Busscar e a marca, se reuniram com o secretário-ajunto da Secretaria da Fazenda de Santa Cataria, Rodrigo Prisco Paraíso, secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Estado de Santa Catarina, Carlos Chiodini, com o objetivo de acertar os detalhes da reabertura da fábrica. Também esteve no encontro, um dos donos da Exit Comunicação, agência responsável pela análise de mercado e projeto de atuação da nova Busscar, Paulino Duarte.
Em 01º de março de 2018, o diretor industrial da Busscar, Maurício Lourenço da Cunha, revelou ao Diário do Transporte que depois da compra de uma unidade pela Viação Paraty, de Araraquara, em janeiro, a segunda companhia a adquirir modelo da marca foi a Viação Osasco, para linha seletiva da EMTU, e que já tinham sido definidos quatros até então: Vissta Buss 360, Vissta Buss DD , Vissta Buss 340 motor traseiro a serem produzidos a partir da segunda metade de abril, e o Vissta Buss 400 LD entre maio e junho.
Em 12 de abril de 2018, o diretor industrial da Busscar, Maurício Lourenço da Cunha, revelou ao Diário do Transporte que em 02 de maio começam as produções efetivas. Para isso, serão contratados mais200 trabalhadores. Até agosto, a Busscar deve ter 700 funcionários. Maurício Lourenço da Cunha ainda revelou que Paulo Corso, que ficou 39 anos na Marcopolo assumiu o cargo de diretor comercial e que no segundo semestre, a empresa vai lançar mais um modelo para a gama. Uma carroceria para o segmento de fretamento, desenvolvida para chassis de motor dianteiro.
No dia 02 de maio de 2018, com cerca de 500 pessoas trabalhando em toda a planta de Joinville, a Busscar retoma oficialmente a linha de produção.  Na ocasião já estavam sendo finalizados três protótipos “cabeças de linha”, o Vissta Buss 360, vendido para a Viação Paraty, da região de Araraquara, interior de São Paulo; o Vissta Buss 340, para Viação Osasco, que fará linhas metropolitanas na Grande São Paulo, e o DD (Double Decker) – dois andares, para ser exibido para o mercado. A Busscar já tinha nesta data encomendas de outros grandes frotistas.
Em 04 de junho de 2018, a empresa divulga em primeira mão ao Diário do Transporte sua nova linha de produtos, inaugurada pelo Vissta Buss 340, Vissta Buss 360 e Vissta Buss DD.
As primeiras unidades comercializadas pela Busscar, o Vissta Buss 360 para a Viação Paraty de Araraquara, interior de São Paulo, e o Vissta Buss 340, para a Viação Osasco, da Grande São Paulo, começam a chegar às garagens em 14 de junho para serem apresentadas aos funcionários.
Entre os dias 22 de junho e 24 de junho de 2018, a Busscar faz a primeira apresentação oficial pública dos modelos, no 8º Encontro Estadual das Empresas de Transporte de Turismo promovido pela Associação das Empresas de Transportes Turísticos e Fretamento de Santa Catarina – AETTUSC, no Golden Executive Hotel, em São José.
No dia 25 de junho de 2018, com exclusividade, a Busscar revela ao Diário do Transporte a relação das empresas que oficializaram compras de modelos da fabricante. Entre as companhias de ônibus estão: Rápido Brasil – SP, Ultra –SP, Grupo Sambaíba- SP, Gordinho Tur – SP, Camurujipe- BA-, Viação Cidade do Sol, Perola do Oeste –PR,  Pérola do Oeste, Montana Turismo – PR , Rápido Federal – DF, Expresso Guanabara- CE, Sampaio- RJ, UTIL –RJ , Viação Osasco e Viação Paraty- SP.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes