sábado, 31 de dezembro de 2016

EXCLUSIVO – Viação Itapemirim: Justiça vê irregularidades e Kaissara entra na recuperação judicial do grupo

Fonte: Diário do Transporte


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Segundo Justiça, há suspeita de irregularidades na transferência de linhas e Kaissara agora faz parte da recuperação judicial da Itapemirim
ADAMO BAZANI
Documento obtido pelo Diário do Transporte e Ônibus Brasil revela que toda operação da Viação Kaissara (nome fantasia da Viação Caiçara Ltda) retornou para a Viação Itapemirim e que há suspeitas de irregularidades na transferência de linhas. Além disso, a Caiçara foi colocada na relação de empresas na recuperação judicial do Grupo da Itapemirim. A sede da Itapemirim passa para Vitória e a unidade de Cachoeiro do Itapemirim será apenas base operacional.
As medidas fazem parte de uma determinação judicial da 13ª Vara Cível de Vitória que, segundo o documento emitido pelo Grupo da Itapemirim aos gerentes, verificou irregularidades na transferência das linhas da Viação Caiçara (Ltda) para Itapemirim. No dia 4 de junho de 2015, a Itapemirim repassou 68 linhas interestaduais para a Viação Kaissara entre as quais, trajetos de grande demanda, como São Paulo / Rio de Janeiro, São Paulo / Rio de Janeiro (via ABC Paulista), São Paulo / Curitiba, Rio de Janeiro / Curitiba, Salvador/ Rio de Janeiro, Brasília / Belo Horizonte, Rio de Janeiro / Curitiba. Em torno de 40% da frota que era operada pela Itapemirim foram assumidos pela Kaissara na ocasião.
A carta é desta semana, datada de 29 de dezembro de 2016.
A Viação Caiçara (Kaissara) entra na recuperação judicial da Itapemirim, junto com outras empresas do grupo: Viação Itapemirim, Transportadora Itapemirim, ITA – Itapemirim Transportes, Imobiliária Bianca, Cola Comercial e Distribuidora e Flecha Turismo Comércio e Indústria.
O grupo da Viação Itapemirim tem dívidas que chegam a R$ 336,49 milhões.
O documento também revela que estão como sócios novos da Itapemirim, também na qualidade interventores judiciai,s Camila Valdívia e Sidnei Piva, conforme também adiantou o Diário do Transporte.
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Ontem assessoria de imprensa da Viação Itapemirim confirmou que a empresa foi vendida, mas não revelou oficialmente os novos sócios. Relembre neste link: https://diariodotransporte.com.br/2016/12/29/oficialmente-itapemirim-confirma-fusao-com-a-kaissara-e-venda-para-grupo-de-investidores/
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Eduardo Paes suspende decisão sobre aumento da tarifa de ônibus no Rio de Janeiro

Fonte: Diário do Transporte

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Motivo foi polêmica com o prefeito eleito Marcelo Crivella e equipe
ADAMO BAZANI
O prefeito Eduardo Paes decidiu agora há pouco cancelar o reajuste nas tarifas dos ônibus municipais do Rio de Janeiro a partir da próxima semana.
A medida foi tomada após manifestação do futuro secretário Municipal de Transportes, Fernando Mac Dowell, que será vice-prefeito, e do prefeito-eleito Marcelo Crivella, que já haviam se posicionado contra o reajuste.
Caso houvesse o aumento, a tarifa subiria para R$ 3,95.
As empresas de ônibus alegam problemas financeiros por causa de uma eventual defasagem, inclusive com a possibilidade de fechamento de mais viações em 2017. Entre 2015 e 2016, seis companhias de ônibus faliram.
A Secretaria Municipal de Transportes divulgou uma nota oficial comunicando a suspensão do reajuste
“Tendo em vista as manifestações do vice-prefeito eleito e futuro secretário municipal de Transportes, Fernando Mac Dowell contra o reajuste anual das tarifas de ônibus da cidade do Rio de Janeiro, uma obrigação estabelecida no contrato de concessão, a Secretaria municipal de Transportes decidiu não publicar a resolução de mudança do valor. De acordo com a fórmula parimétrica, a tarifa do Bilhete Único Carioca passaria a ser de R$ 3,95, com um reajuste de 3,59%, valor bem abaixo da inflação de 6,58% acumulada nos últimos 12 meses pelo IPCA-E. Apesar de defender o cumprimento do contrato, o prefeito Eduardo Paes entende que no momento é necessário respeitar a decisão do prefeito eleito Marcelo Crivella e sua equipe”.
 Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Empresa Cruceña consegue mais cinco anos de licença para linha Bolívia-Brasil

Fonte: Diário do Transporte

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Renovação foi oficializada nesta quarta-feira 28 de dezembro
ADAMO BAZANI
A linha de ônibus entre Porto Suárez, na Bolívia, e Rio de Janeiro, no Brasil, será operada por mais cinco anos pela Empresa de Transporte Cruceña.
Nesta quarta-feira, 28 de dezembro de 2016, a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres publicou resolução renovando a homologação da linha por mais cinco anos. De acordo com a publicação, a linha também terá nova tarifa básica.
A rota passa por Corumbá. A renovação vale até 28 de dezembro de 2021.
A resolução é baseada em acordo bilateral entre Brasil e Bolívia.
AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES DIRETORIA COLEGIADA RETIFICAÇÃO No art. 4º da Resolução nº 5.247, de 14.12.2016, publicada no DOU de 16.12.2016, Seção 1, pág. 271. Onde se lê: “Alterar, em consequência, a Tarifa Básica de Pedágio reajustada, antes do arredondamento, de R$ 2,65286 para R$ 3,01089”, leia-se: “Alterar, em consequência, a Tarifa Básica de Pedágio reajustada, antes do arredondamento, de R$ 2,53931 para R$ 3,01089” SUPERINTENDÊNCIA DE SERVIÇOS DE TRANSPORTES DE PASSAGEIROS PORTARIA Nº 134, DE 27 DE DEZEMBRO 2016 O SUPERINTENDENTE DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS DA AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES – ANTT, no uso de suas atribuições, tendo em vista a delegação de competência prevista no inciso III, art. 1º, da Deliberação nº 159, de 12 de maio de 2010, e fundamentada no Processo nº 50500.144171/2010-67, resolve: Art. 1º Homologar a renovação da Licença Complementar nº 032/2012-ANTT, para prestação do serviço regular de transporte rodoviário internacional de passageiros entre o Estado Plurinacional da Bolívia e a República Federativa do Brasil, à empresa boliviana EMPRESA DE TRANSPORTE CRUCEÑA S.R.L., referente à operação da linha Puerto Suárez (BO) – Rio de Janeiro (BR), com tráfego pela fronteira Puerto Suárez (BO)/Corumbá (BR). Parágrafo único. O prazo de vigência da referida licença é até o dia 28 de dezembro de 2021, com base no Documento de Idoneidade nº 083/2011, de 28 de dezembro de 2011, expedido pelo Ministerio de Obras Públicas Servicios y Vivienda do Estado Plurinacional da Bolívia; no Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre – ATIT; na Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001; no Decreto nº 4.130, de 13 de fevereiro de 2002; e nos Acordos Bilaterais Brasil/Bolívia. Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Empresas de ônibus de Campo Grande recebem R$ 20 milhões do Ministério das Cidades para renovação da frota

Fonte: Diário do Transporte

Parte da frota de Campo Grande é antiga e já não oferece mais confortoParte da frota de Campo Grande é antiga e já não oferece mais conforto
Seleção das propostas foi divulgada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União. Verba é do programa Pro-Transporte
ADAMO BAZANI
As empresas de ônibus que operam o serviço municipal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, estão entre as primeiras a receberem verbas da nova fase do programa Pro-Transporte do Governo Federal para renovação de frota.
A classificação das propostas foi divulgada hoje no Diário Oficial da União. A verba é proveniente Ministério das Cidades e gira em toro de R$ 20 milhões.
O financiamento será operado por bancos particulares. A compra dos veículos deve começar já no início de 2017.
A divisão entre as empresas operadoras será proporcional à frota. Serão beneficiadas as companhias do Consórcio Guaicurus: Jaguar Transportes Urbanos Ltda, Viação Campo Grande Ltda e Viação Cidade Morena Ltda.
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Para o próximo ano, a indústria de ônibus, que sofre os efeitos da crise econômica, tem como esperança o Refrota 17 – Programa de Renovação de Frota do Transporte Público coletivo Urbano
O Refrota fará parte do Programa de Infraestrutura de Transporte e da Mobilidade Urbana – Pró-Transporte, que financia com recursos do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, estados, municípios e o Distrito Federal, além das próprias concessionárias de transportes públicos.
Os recursos disponíveis serão de R$ 3 bilhões, o suficiente para trocar em torno de 10% da frota nacional de ônibus urbanos e metropolitanos.
De acordo com a NTU – Associação Nacional de Transportes Urbanos, que reúne cerca de 500 empresas em todo país, hoje a frota de ônibus urbanos no Brasil gira em torno de 107 mil veículos operados por aproximadamente 1800 empresas, que geram 537 mil empregos diretos.
Diariamente, os ônibus urbanos no Brasil transportam em torno de 30 milhões de passageiros.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Com falta de dinheiro, novas administrações não devem priorizar metrô nas cidades

Fonte: Diário do Transporte

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Prefeito eleito de Curitiba, Rafael Greca, descartou o modal e vice-prefeito eleito de Belo Horizonte, Paulo Lamac, afirmou que metrô não é prioridade
ADAMO BAZANI
Estudo realizado pela Confederação Nacional do Transporte chamado “Transporte & Desenvolvimento: Transporte Metroferroviário de Passageiros” revela que para que o país tenha ampliação na oferta do transporte urbano nas grandes e médias cidades, seria necessário construir 850 km de malha de metrô e trens de passageiros, o que significa um crescimento de 80% em relação à malha atual brasileira que é de 1062 km.
O custo seria de R$ 167,13 bilhões para construção e operação dos sistemas atuais e também a aquisição de trens e recuperação de infraestrutura já instalada. – Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2016/12/12/transporte-sobre-trilhos-deveria-crescer-80-no-brasil/
E é justamente neste ponto que começam os problemas. Cidades e estados, com as receitas abaladas devido à crise econômica, mas também, a má administração e falta de responsabilidade fiscal, não têm condições de tocar os projetos que são considerados caros e de implantação complexa.
Um quilômetro de metrô custa entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão. Já o mesmo quilômetro de corredor de ônibus BRT pode sair por R$ 35 milhões. A capacidade e a velocidade do BRT, que não são apenas corredores de ônibus, mas sistemas que contam com estações e gerenciamento mais modernos, são inferiores às do metrô, mas acabam sendo soluções rápidas para que o problema da falta de eficiência dos transportes coletivos não se agrave.
Os sistemas de BRT têm capacidade e velocidade parecidas com outros modais como VLT – Veículo Leve sobre Trilhos e monotrilho, cujos custos de implantação também são maiores.
No entanto, a situação dos cofres públicos em diversas regiões do país é tão grave que nem os “baratos” BRTs estão nos planos. Algumas cidades vão mesmo de corredores de ônibus simples ou faixas pintadas no solo.
Em Belo Horizonte, os moradores não devem contar com expansão do metrô pelo menos no próximo ano. É o que afirmou o vice-prefeito eleito, Paulo Lamac, em entrevista publicada nesta terça-feira pelo “Hoje em Dia”. Lamac, que será vice de Alexandre Kalil, promete ser atuante, não apenas um vice-prefeito decorativo. Ex-petista e hoje no Rede,  ele atribui ao contingenciamento de recursos, a falta de perspectiva para  expandir o metrô.
Quais as perspectivas para o metrô?
O dinheiro está contingenciado. O orçamento para 2017 já está praticamente fechado. O empenho que vamos fazer junto à bancada federal para o próximo ano é, de fato, tentar viabilizar uma emenda de bancada coletiva dos deputados mineiros. Mas, com realidade, será para 2018. Vamos, evidentemente, demandar ao governo federal, mas os recursos são escassos e a nossa prioridade é saúde e saneamento.
Mais polêmico em suas declarações, o prefeito eleito, Rafael Greca, de Curitiba, disse que não fará metrô e que o modal é para “toupeira”.
A declaração foi publicada pelo portal UOL também nesta terça-feira.
Curitiba abriu para a iniciativa privada oportunidade de apresentação de propostas em relação à mobilidade urbana. Foram três projetos, mas nenhum deles leva em conta o metrô. O mais cotado é uma espécie de requalificação do BRT com conceitos metroferroviários, apresentado pela Volvo, Metrocard – que reúne as empresas de ônibus, e construtoras locais. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2016/11/25/fetransrio-2016-curitiba-deve-ter-estacoes-de-onibus-subterraneas/
Greca também atribuiu a questões financeiras e técnicas, o seu desinteresse pelo metrô.
UOL – Urbanistas criticam sua posição de engavetar o projeto de metrô em Curitiba. Dizem que não é possível abandonar um modal que será necessário mais cedo ou mais tarde. Como o senhor responde a eles?
Greca –
 Com o mesmo dinheiro que financiaria um sexto do metrô, faço 27 trincheiras, termino a Linha Verde, modernizo o Inter 2 (linha circular que une alguns dos bairros mais populosos da cidade), a ligação entre Araucária e o aeroporto, a onda verde de semáforos. É uma série de ações que faz a população esquecer o sonho do metrô.
UOL – Sonho ou necessidade?
Greca –
 Não é uma necessidade. Hoje há soluções de superfície muito melhores. O metrô era um sonho quando foi feito em Londres, há 150 anos. Por que precisa enterrar o povo trabalhador? Não dá pra colocá-los na superfície?
UOL – Eu é que pergunto: dá?
Greca –
 Dá. Temos boas manifestações de interesse na prefeitura, uma de um consórcio liderado pela Volvo, outra do doutor Jaime Lerner e da Alstom, e uma terceira da sociedade peatonal. Nenhuma delas é enterrada. Metrô é pra toupeira. Só tatu e toupeira é que morrem cavoucando. Não vou fazer. Não é próprio do nosso tempo. Por que vou gastar R$ 20 bilhões se posso gastar R$ 2 bilhões?

Em São Paulo, o metrô é estadual. Nem por isso está livre das questões financeiras que afetam o poder público. Muito pelo contrário. Com a crise, o total de investimentos para o metrô previsto no Orçamento estadual para 2017 deve ter uma redução de 7,7%. Já a redução para Secretaria de Transportes Metropolitanos, responsável pelo metrô, será de 8,98%.
Praticamente todas as obras de expansão da rede estão atrasadas. Alguns trechos foram momentaneamente descartados como a extensão a partir de Vila Prudente da linha 2-Verde  e modais que não são metrô, como as três linhas de monotrilho, mas que fazem parte da Companhia do Metropolitano, também tiveram trechos descartados e neste momento estão atrasados.
Um dos caminhos que devem ser escolhidos pelo governador Geraldo Alckmin será a participação da iniciativa privada. Já existe a previsão de repassar para empresas a conclusão e operação da linha 5 lilás do Metrô e, em contrapartida, quem assumir deve se responsabilizar pela linha 17 Ouro do monotrilho que tende a ser menos viável do ponto de vista econômico.
O BRT não pode ser encarado como uma solução provisória. Havendo planejamento e investimento necessários, o modal pode apresentar eficiência operacional e atender às necessidades de deslocamento. No entanto, só os corredores de ônibus não bastam, assim como só metrô também não. O transporte deve ser pensado como uma rede multimodal.
Diante do quadro econômico dos estados e cidades, os investimentos em BRT ou sistemas mais simples de ônibus não devem parar, mas os administradores não podem deixar os sistemas de metrô esquecidos.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Uma rádio que “toca” ônibus todo dia

Fonte: Diário do Transporte

Carlos Henrique (à esquerda) e Adamo Bazani em cobertura de evento sobre ônibus elétricos em São PauloCarlos Henrique (à esquerda) e Adamo Bazani em cobertura de evento sobre ônibus elétricos em São Paulo
Profissional de comunicação, Henrique Estrada, conta como funciona a rádio na internet cujo assunto principal é transporte de passageiros
ADAMO BAZANI
Se ter acesso a informação sempre foi uma estratégia fundamental para qualquer setor, nos dias de hoje, quando as notícias correm muito rapidamente e todos estão conectados, a informação chega a ser decisiva.
Com os transportes não é diferente. Quantos mais canais de credibilidade feitos por profissionais sérios existirem no mercado, todos têm a ganhar.
Além da plataforma tradicional da internet com portais de notícias como o próprio Diário de Transporte, e sites de compartilhamento de imagens, como o Ônibus Brasil, a web também proporciona mais um canal para as notícias, curiosidades, entretenimento e informações em geral do setor para profissionais ou simplesmente apaixonados pelo tema, mas com formato radiofônico. É a Rádio Ônibus que pode ser ouvida por aplicativo ou diretamente no site http://www.radioonibus.com/
O idealizador e responsável pela iniciativa, Carlos Henrique, ou Henrique Estrada, conta para o leitor do Diário do Transporte como é a rádio, como surgiu sua paixão por ônibus e por comunicação e também como curtir a programação.
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Como surgiu a ideia de criar uma emissora de rádio na web, falando especificamente de ônibus ?
Desde criança eu sempre fui apaixonado por rádio e por ônibus.
Cresci brincando com caixas de sapatos transformadas em ônibus e ouvindo, através do rádio AM,  o apresentador Paulo Barbosa.
Depois passei a prestar atenção nos narradores esportivos até conseguir imitar o narrador José Silvério.
Em uma ocasião participei da promoção da Rádio Bandeirantes sendo um dos finalistas como um dos melhores imitadores de José Silvério.
Meu desejo sempre foi trabalhar em uma grande emissora de rádio ou ser motorista de ônibus.
Pouco tempo depois fiz cursos voltados para o mundo do rádio me tornando assim locutor noticiarista. Iniciei minha carreira trabalhando em emissoras religiosas católicas. Tive também uma experiência em uma emissora AM no interior paulista.
Eu sempre fui fascinado pelo rádio e ao mesmo tempo pelo ônibus, especialmente pelos rodoviários. Viajava bastante de ônibus para o interior paulista, para casa de familiares, e quanto mais eu viajava mais eu gostava do ônibus e prestava atenção em cada detalhe.
Em 2012 trabalhei como administrador e locutor da Rádio Catedral Web da diocese de Campo Limpo.
Eu tinha tanta vontade de falar sobre ônibus com as pessoas que comecei a experimentar o assunto ônibus dentro da programação religiosa da rádio Catedralweb.
Para minha surpresa, percebi  que tinham muitos ouvintes que também gostavam de ônibus e queriam ouvir mais sobre o assunto.
A programação da rádio era religiosa e falava de ônibus todos os dias. Então resolvi:  juntas as duas paixões: o rádio e o ônibus .
Percebi que poderia era uma grande novidade uma rádio que falasse sobre ônibus.
Em 2013 conversei com meu amigo Kaio Castro, presidente do Primeiro Clube do Ônibus, sobre minha idéia de criar a Rádio Ônibus. Imediatamente ele gostou e disse para eu ir em frente.
Como tem sido tocar a Rádio Ônibus hoje ? Qual a estrutua ?
A Rádio Ônibus ainda está em fase de crescimento. Há muito o que fazer e todos os dias e é um novo e grande desafio manter funcionando.
Atualmente a programação é transmitida do meu escritório ainda de modo improvisado.
Minha meta é transformar um micro ônibus em estúdio de rádio e transmitir online a programação em áudio e vídeo, diretamente de diversas cidades. Conhecer a realidade de trânsito de cada comunidade e poder levar educação de trânsito às crianças do ensino fundamental.
Este estúdio móvel visitará bairros, praças, escolas e empresas mobilizando todos sobre a importância de um trânsito mais seguro.
Qual é a dinâmica de participação e horários ao vivo da programação ?
O programa carro-chefe é o Giro de Notícias que eu mesmo apresento ao vivo às terças, quartas e quintas 11h com reprises às 15h, 20h e 23h; às sextas ao vivo no horário das 20h.
O conteúdo do programa são notícias sobre o transporte de passageiros, entrevistas com empresários, motoristas, viajantes, busólogos e curiosidades.
Participações especiais enriquecem ainda mais. Tenho como exemplo:
Bate papo com especialistas do Detran SP, orientações sobre direto do trânsito com Márcia Pontes, Mércia Gomes, Rodolfo Rizzoto e também com muita credibilidade o amigo Adamo Bazani.
Os ouvintes se manifestam livremente enviando áudio de forma rápida, através do próprio aplicativo Rádio Ônibus disponível gratuitamente na Play Store ou através do Whatsapp 16 9 9182-1468.
Nossa audiência já chegou em diversas cidades brasileiras e também no exterior , cito ouvintes participando na Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Portugal e Alemanha.
Para ouvir a Rádio Ônibus é simples. Basta acessar o site: www.radioonibus.com ou instalar o aplicativo Rádio Ônibus através da Play Store.
Das entrevistas que você fez até hoje qual a que mais te impressionou ?
A entrevista mais marcante foi com José Carlos Bohrer design de ônibus da Marcopolo.
Foi uma realização de um sonho de menino, conhecer a fábrica de uma das maiores fabricantes de carrocerias do Brasil e ainda poder conversar e entrevistar o idealizador de uma geração de ônibus brasileiro.
Para quem desejar assistir a entrevista está disponível no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=DnGzOoSKrz0
Sei que a Rádio Ônibus veio para ficar. Ela já é o espaço onde o motorista de ônibus poder se manifestar. A programação gira 24h e “é a Sua Verdadeira Companhia”.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

domingo, 25 de dezembro de 2016

Ônibus elétrico com energia solar já está em operação em Santa Catarina

Fonte: Diário do Transporte

Ônibus elétrico ainda em São Bernardo do Campo, cidade onde fica empresa de tecnologia limpa EletraÔnibus elétrico ainda em São Bernardo do Campo, cidade onde fica empresa de tecnologia limpa Eletra
Além de tecnologia limpa, veículo também traz novo conceito de transporte. Modelo urbano tem até mesa de reunião
ADAMO BAZANI
Começou a circular nesse último dia 20 de dezembro 2016, o primeiro ônibus 100% elétrico com tecnologia brasileira cujas baterias são alimentadas por energia solar.
O veículo começou a operar em Santa Catarina no trajeto de 25,3 quilômetros entre dois campus da UFSC, no Sapiens Parque, em Canasvieiras, no norte da ilha, e o Campus Central. Serão quatro viagens que somam pouco mais de 200 quilômetros por dia. A recarga das baterias será feita no laboratório da UFSC, no Sapiens Parque.
O ônibus é elétrico, porém a energia será obtida por meio de captação solar em uma estação da Universidade Federal de Santa Catarina.
O projeto foi desenvolvido Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da UFSC em parceria com a fabricante de São Bernardo do Campo, Eletra, responsável também pelo projeto de integração dos equipamentos. O ônibus tem carroceria Marcopolo Torino Low Entry, os motores elétricos são da WEG e o chassi é um Mercedes-Benz O-500U Elétrico.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação -MCTI financiou a iniciativa que custou cerca de R$ 1 milhão.
Segundo o professor da UFSC, Ricardo Rüther, coordenador das pesquisas, o objetivo é demonstrar como é viável e sustentável aliar a tecnologia limpa e proporcionar sensível ganho de tempo e eficiência quando se faz uso de transporte coletivo inteligente.
ECONOMIA:
A gerente comercial da Eletra, Iêda Maria de Oliveira, disse em nota que em medições realizadas em São Paulo, os ônibus elétricos mostraram-se até 26% mais econômicos que um convencional a diesel, apenas comparando o custo da energia elétrica com o custo do diesel. “Além de todos os ganhos para o meio ambiente e também para a sociedade, a frota com veículos elétricos ou elétricos híbridos é comprovadamente mais eficiente na operação do que o diesel convencional”, destaca.
 “Temos a dificuldade do investimento inicial e infraestrutura, mas o ganho ambiental imediato e a rentabilidade que se comprovará com a implementação de frotas de ônibus elétricos, afloram a necessidade de políticas públicas e a responsabilidade dos gestores para com o futuro das nossas cidades”, enfatiza Iêda de Oliveira. 
NOVO CONCEITO DE TRANSPORTE URBANO:
Pelo deslocamento produtivo, de maneira confortável e adequada, os passageiros já podem desenvolver suas atividades durante as viagens











Pelo deslocamento produtivo, de maneira confortável e adequada, os passageiros já podem desenvolver 
suas atividades durante as viagens
Ao mesmo tempo que será testada a viabilidade do uso de energia solar para geração de energia elétrica do ônibus, o projeto quer desenvolver um novo sistema de transporte pelo qual, de maneira qualificada, o passageiro já pode desenvolver suas atividades em pleno deslocamento. É o conceito de deslocamento produtivo.
“Com mesas de reunião, wi-fi, tomadas de energia e saídas USB, é possível, durante a viagem, trabalhar e, consequentemente, ser mais eficiente e produtivo. O nosso objetivo é tornar esta realidade mais clara e concreta para a população”, enfatiza o professor Ricardo Rüther na nota.
O ÔNIBUS:
O Marcopolo Torino Low Entry Eletra/Mercede-Benz O 500 U tem comprimento total de 12.710mm, transporta 38 passageiros sentados em poltronas estofadas, é equipado com rampa de acesso para portadores de necessidades especiais e sistema de ar-condicionado. A geração de energia elétrica é realizada por intermédio de módulos solares fotovoltaicos integrados.
O sistema de tração desenvolvido pela Eletra tem motor elétrico WEG Trifásico 250 L com 200/400 kW de potência com autonomia de até 200 quilômetros, com quatro recargas de seis minutos. O projeto de integração e tecnologia da Eletra possui baterias de tração tipo Ions de Lítio (Energia de 128kW/h com oito “Packs” e tempo de recarga de 2,5h com carregador lento e 0,5h com carregador rápido).
A recarga completa das baterias leva em média uma hora, mas graças à tecnologia de recuperação da energia nas frenagens, pode operar em trajetos de até 70 quilômetros sem nenhuma recarga.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

sábado, 24 de dezembro de 2016

Eduardo Paes diz que vai definir a nova tarifa de ônibus até o dia 31

Fonte: Diário do Transporte

Paes admite que obra de BRT ainda não foi retomada, mas disse que, assim como ar-condicionado em toda a frota municipal, questão está encaminhadaPaes admite que obra de BRT ainda não foi retomada, mas disse que, assim como ar-condicionado em toda a frota municipal, questão está encaminhada
Empresas de ônibus disseram nesta semana que viações podem fechar caso não haja o reajuste no dia 1º de janeiro. Prefeito que deixará o cargo também falou sobre ar-condicionado e BRT que está com obra parada
ADAMO BAZANI
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse em evento na manhã deste sábado que vai definir até o final do mandato a tarifa dos ônibus municipais.
Paes que vai deixar o cargo no dia 31 disse que vai cumprir o contrato e que no dia 1º de  janeiro haverá reajuste
“Essa é uma decisão do meu mandato. Ainda tenho uma semana de governo. Há um contrato a ser respeitado. E sou da opinião que contratos têm de ser cumpridos, se não cria uma insegurança jurídica” – afirmou em entrevista coletiva
Nesta semana, a Fetranspor – federação que representa as companhias de ônibus do Estado, e o Rio Ônibus, sindicato das viações da capital fluminense, emitiram uma nota dizendo que se não houver o aumento de tarifa no prazo acordado poderá ser gerado um desequilíbrio financeiro ainda maior no sistema e ao menos 12 companhias de ônibus correrão o risco de fechar. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2016/12/22/fetranspor-teme-fechamento-de-mais-12-empresas-de-onibus-em-2017-e-diz-que-brt-esta-ameacado/
Eduardo Paes não quis adiantar de quanto será o aumento
AR CONDICIONADO NOS ÔNIBUS:
Em relação ao não cumprimento da determinação da Justiça de que toda a frota de ônibus municipal tenha ar-condicionado, Eduardo Paes, diz que a questão já vai estar encaminhada quando o prefeito eleito Marcelo Crivella assumir o cargo.
“Quando cheguei na Prefeitura há oito anos, não tinha ônibus com ar-condicionado no Rio. Os poucos que tinham circulavam com uma tarifa de R$ 5,40. Estou deixando a prefeitura com 70% da frota com ar-condicionado e com tarifa de R$ 3,80, de Bilhete Único. Não estou deixando nenhum pepino para o próximo prefeito. Está tudo resolvido, encaminhado. A prefeitura está arrumada, com finanças ajeitadas, com arrecadação em dia”
CORREDOR TRANSBRASIL:
Outra pendência de mobilidade que Eduardo Paes comentou foi em relação ao corredor Transbrasil . O atual prefeito afirmou que também a questão está encaminhada para Marcelo Crivella, mas admitiu que as obras ainda não foram retomadas porque o poder público municipal discorda do índice de reajuste pedido pelas empresas responsáveis pelas intervenções
“Toda negociação fica mais difícil no fim de um governo. O Crivella vai entrar muito mais forte para chegar a uma solução. O dinheiro para a conclusão da obra já está garantido, dá para encerrar a obra”, disse o prefeito, sem, no entanto, dar sinalização de datas.
O BRT Transbrasil deve custar ao todo R$ 1,2 bilhão e, passando pela Avenida Brasil, deve ligar a região de Deodoro até o aeroporto Santos Dumont. Serão 32 km de extensão e o atendimento é para um milhão de passageiros por dia, com 450 ônibus articulados. A capacidade será de 110 mil passageiros/hora sentido no horário de pico.  Haverá 28 estações com distância média de 1,35 km e quatro terminais.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Pode ser tendência: Holanda firma parceria com fabricante e fornecedora de energia elétrica para ônibus não poluentes

Fonte: Diário do Transporte

Ônibus elétrico da Holanda. Empresa vai comercializar todo o sistema e não apenas os veíoculosÔnibus elétrico da Holanda. Empresa vai comercializar todo o sistema e não apenas os veíoculos
Foram comprados 43 veículos da VDL. Estações de carregamento e fornecimento de eletricidade fazem parte do contrato
ADAMO BAZANI
A cidade de Eindhoven, na Holanda, pretende ter toda a frota de ônibus elétricos até 2020.
Para isso já está investindo na renovação dos veículos.
Na última semana, a Hermes, uma subsidiária da Transdev Holanda, comprou 43 ônibus elétricos VDL Citea SLFA Electric da fabricante VDL Bus & Coach, de 18,1 metros de comprimento cada e capacidade para 165 passageiros.
A negociação revela uma tendência para que a substituição de frota de ônibus poluentes para coletivos com emissões reduzidas seja colocada em prática. O contrato não se restringe apenas a compra dos veículos. O acordo engloba, além da aquisição dos ônibus, a implantação dos pontos de recarga das baterias e, em parceria com uma empresa de fornecimento de energia, deixar os custos com eletricidade para os coletivos menores que para residências e empresas.
Assim, a VDL não será apenas uma fornecedora dos ônibus, mas também do sistema como um todo.
A VDL também forneceu 65 ônibus de 12,9 metros modelo Citea SLE, 29 micro-ônibus e dois “micrões” MidCity.
Todos esses ônibus já têm preparação para ser convertidos de diesel para elétricos até 2020.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Fetranspor teme fechamento de mais 12 empresas de ônibus em 2017 e diz que BRT está ameaçado

Fonte: Diário do Transporte

ônibusÔnibus no Rio de Janeiro. Indefinição sobre tarifas
Entidade quer definição do reajuste das tarifas de ônibus.
ADAMO BAZANI
A Fetranspor e o RioOnibus, unidades sindicais que representam as empresas de ônibus do Estado do Rio de Janeiro e da capital, respectivamente, divulgaram uma nota por volta das 7h30 desta quinta-feira, 22 de dezembro de 2016, em que se dizem preocupadas com a indefinição sobre os reajustes das tarifas de ônibus da capital fluminense.
O atual prefeito Eduardo Paes deve deixar para o prefeito eleito Marcelo Crivella a decisão sobre se as passagens terão reajuste ou não no dia 1º de janeiro.
O contrato prevê um aumento anual nas tarifas.
De acordo com Paes, ainda não foi aplicado o índice de 6,58% com base no INPC – Índice de Preços ao Consumidor – Amplo, além do acumulado do ano.
Na manhã nesta quinta, a Fetranspor diz que há possibilidade, pelo desequilíbrio econômico, do fechamento de mais 12 empresas e demissão de 5.000 rodoviários em 2017.
Entre 2015 e 2016 seis companhias de ônibus fecharam, provocando a demissão de 3,9 mil trabalhadores do setor.
Acompanhe a nota:
  1. Causou preocupação ao setor de ônibus da cidade do Rio de Janeiro a notícia sobre a indefinição da concessão do reajuste da tarifa dos ônibus municipais.

  1. O respeito ao contrato garante a segurança jurídica necessária para a continuidade dos investimentos feitos pelos consórcios para a melhoria da qualidade do serviço prestado à população. É importante lembrar que durante o ano as empresas assumiram despesas que são levadas em conta na fórmula que prevê o reajuste da tarifa, como o pagamento do dissídio dos rodoviários, os aumentos concedidos para o óleo diesel, os custos maiores para a compra de pneus e os investimentos feitos na frota. São itens calculados por entidades como IBGE, ANP e FGV. O contrato de concessão prevê um reajuste anual de tarifas a ser definido em dezembro para aplicação em 1º de janeiro do ano seguinte. E assim tem ocorrido ao longo dos últimos 5 anos, ainda que com alguns questionamentos na Justiça, todos os reajustes foram confirmados.

  1. É de domínio público que o setor de ônibus está em crise e já fechou 6 empresas de ônibus nos últimos 18 meses (Bangu, Algarve, Top Rio, Andorinha, Rio Rotas e Translitorânea). Foram demitidos 3 mil rodoviários e 900 ônibus destas empresas deixaram de circular..

  1. 2017 não será diferente de 2016, e o ano começa com a possibilidade de fechamento de mais 12 empresas e com demissão de aproximadamente 5 mil rodoviários, pela crise econômica do Estado e País e, agora, pelo desequilíbrio econômico financeiro das empresas.

  1. Mesmo o BRT, motivo de orgulho durante os Jogos Olímpicos, que opera com mais de R$ 7 milhões de prejuízo/mês, poderá ter sua continuidade ameaçada.

  1. Por tudo isso, o não reajuste de tarifa, previsto em contrato, representaria, além de quebra de acordo,, o desequilíbrio econômico-financeiro das empresas e a possibilidade de ter descontinuidade de várias linhas e falta de ônibus em várias regiões da cidade. Os consórcios certamente não terão condições de suprir tantas empresas paralisadas e nem de readmitir os rodoviários que ficarem desempregados.

  1. Ontem, a Supervia teve seu pedido de falência requerida, as Barcas protocolaram na Justiça pedido de devolução das concessões ao Governo do Estado. Não gostaríamos que a mesma situação seja estendida às empresas de ônibus municipais, se seus direitos assegurados em contrato não forem cumpridos.
EMPRESAS DE ÔNIBUS QUE JÁ FECHARAM NO RIO DE JANEIRO:
2016:
– Auto Viação Bangu (Consórcio Santa Cruz)
– Algarve (Consórcio Santa Cruz)
2015
– Translitorânea (Consórcio Intersul)
– Rio Rotas (Consórcio Santa Cruz)
– Andorinha (Consórcio Santa Cruz)
– Via Rio (Consórcio Internorte)
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes