segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Mercedes-Benz reverte 1.500 demissões e greve termina

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

ônibus Mercedes-Benz
Ônibus Mercedes-Benz. Houve acordo e demissões serão canceladas
Foi aprovada a adesão ao PPE e reajuste salarial no ano que vem será reduzido
ADAMO BAZANI
Mil e quinhentos trabalhadores da planta da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, já podem respirar aliviados.
Depois de negociações entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a fabricante de caminhões e ônibus, foram canceladas as mil e quinhentas dispensas que começariam a ser efetuadas a partir de amanhã, 1º de setembro de 2015.
Foi aprovada a adesão ao PPE – Programa de Proteção ao Emprego da seguinte maneira: a redução na jornada de trabalho e jornada será de 20% por um período de nove meses. Metade dos salários reduzidos será paga pelo FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador, como prevê o programa. Assim, na prática, a redução salarial será de 10%.
Os trabalhadores aceitaram também o corte pela metade do reajuste salarial previsto para o ano que vem. Para compensar, uma diferença de R$ 3 mil será paga num abono não incorporado ao salário.
A Mercedes-Benz alega ter um excedente na planta de São Bernardo do Campo de dois mil trabalhadores por causa da redução das encomendas de ônibus e caminhões devido à recessão econômica brasileira.
Com o acordo, os trabalhadores que estavam em greve retornaram às atividades.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes.

sábado, 29 de agosto de 2015

Real Auto Ônibus

ESPECIAL REAL AUTO  ÔNIBUS
SMTR: 41000
SEDE: Bonsucesso, Rio de Janeiro - RJ
CONSÓRCIOS: Intersul e Transcarioca
















sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Marcopolo vai reduzir jornada de trabalho também em setembro

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

Marcopolo
Ônibus Marcopolo. Empresa vai continuar dando folgas e descontando salários para enfrentar crise e não demitir.
Funcionários terão desconto nos salários. Medidas são tomadas desde março por causa da crise econômica
ADAMO BAZANI
A Marcopolo, atualmente a maior encarroçadora de ônibus do País, vai reduzir a jornada de trabalho e pagar salários com descontos no mês de setembro.
A medida é por causa da baixa demanda por veículos comerciais, motivada pela crise econômica brasileira.
Os trabalhadores aprovaram a proposta em assembleia. Não trata-se de adesão ao PPE – Programa de Proteção ao Emprego, solução paliativa para manter postos de trabalho, que também reduz jornada e salários, mas com regras que envolvem pagamentos pelo FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador.
No mês de setembro, a redução da jornada pode chegar a seis dias, de forma escalonada. Os descontos salariais serão de 50% sobre as horas não trabalhadas. Ou seja, se os empregados não trabalharem por seis dias, terão descontos sobre três dias.
Entre junho e agosto a Marcopolo também adotou um modelo de até seis dias não trabalhados por mês e entre março e maio, foram quatro dias a menos por mês, sem descontos nos salários, mas compensação posterior por banco de horas.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Mercedes-Benz e metalúrgicos retomam negociações para evitar dispensas

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

Mercedes-Benz
Ônibus Mercedes-Benz. Retomada das negociações é esperança para 1,5 mil trabalhadores.
Fabricante de ônibus e caminhões anunciou que 1,5 mil trabalhadores vão perder o emprego a partir de 1º de setembro
ADAMO BAZANI
A Mercedes-Benz e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC retomaram nesta quinta-feira, 27 de agosto de 2015, as negociações para evitar 1,5 mil demissões a partir de 1º de setembro da unidade de São Bernardo do Campo, a principal da fabricante de ônibus e caminhões no Brasil.
Por causa da crise econômica atual, a empresa diz que possui 2 mil trabalhadores “excedentes” na planta, que no total, possui 10 mil empregados aproximadamente.
No entanto, até o momento, a Mercedes-Benz insiste em vincular a adesão ao PPE – Programa de Proteção aoEMPREGO, que reduz jornada de trabalho e salários, à limitação dos aumentos salariais em 2016 à índices de inflação ou até em percentuais inferiores.
Neste ano, a Mercedes-Benz já desligou quase 500 trabalhadores, sendo que 215 estão em lay-off, suspensão temporária de contrato de trabalho e 250 foram demitidos.
A Mercedes-Benz ainda afirmou que diante da crise econômica brasileira são necessários “sacrifícios mútuos”.
Os trabalhadores aceitariam a proposta de redução dos salários e da jornada, mas não concordaram em vincular o PPE à restrição de aumento nos vencimentos de 2016 à correção pela inflação ou mesmo a um índice inferior.
Em julho deste ano, antes mesmo do lançamento do PPE, a Mercedes-Benz propôs redução de jornada de trabalho em 20% ante uma diminuição de 10% dos salários. Na ocasião, 74% dos trabalhadores rejeitaram a proposta.
O PPE permite redução de até 30% dos salários e jornada de trabalho, conforme convenção coletiva. O FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador complementa até 15% na folha de pagamento.  No entanto, este complemento está limitado a 65% do teto do seguro-desemprego para cada trabalhador. Hoje o maior valor do seguro-desemprego é de R$ 1 mil 385,91, sendo assim, o máximo a ser complementado em cada salário do trabalhador cuja empresa aderiu ao PPE  é de R$ 900,84.
Na vigência do PPE, o trabalhador não pode ser demitido. Após o término, a estabilidade é de um terço do tempo que a empresa aderiu ao programa. Por exemplo, se o PPE foi de 6 meses, quando terminar, o trabalhador só terá mais 2 meses de estabilidade.
O PPE tem limite de 6 meses e pode ser prorrogado por igual período, totalizando um ano.
As empresas em conjunto com os trabalhadores podem aderir até o dia 31 de dezembro de 2015 e o prazo de último dia do PPE é 31 de dezembro de 2016.
O programa não é destinado a setores e categorias, mas a empresas e trabalhadores específicos. Assim, por exemplo, se houver PPE na Mercedes-Benz, não significa que a Scania, Volvo e MAN poderão aderir. Com os trabalhadores é a mesma situação: o plano pode ser para os metalúrgicos da marca, mas não necessariamente para todos os metalúrgicos.
Para ter acesso ao PPE, a empresa deve demonstrar situação financeira que pode colocar osEMPREGOS em risco por causa da conjuntura econômica do País e não por questões específicas.
Uma das críticas que se faz ao PPE é que, além de ele ser uma medida emergencial para corrigir erros cometidos pelo próprio governo federal, na prática, o programa acaba beneficiando apenas grandes empresas.
Companhias de menor porte, por exemplo, dificilmente vão conseguir apoio e são justamente as médias, pequenas e micro-empresas que mais geram postos de trabalho e mais sentem a crise econômica.
De acordo com dados da Anfavea- Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores no acumulado entre janeiro e julho deste ano, a queda na produção geral de veículos foi de 18,1% em relação ao mesmo período de 2014. Os segmentos de comerciais pesados ainda são os mais afetados já que refletem a situação de outros setores e dos cofres públicos que financiam obras de mobilidade urbana. A produção de ônibus teve retração de 28,9% e a de caminhões registrou desempenho pior ainda, de 45,4%.
A queda de licenciamentos de ônibus Mercedes-Benz foi de 15,2%.  Em relação aos caminhões da marca alemã, o quadro é o seguinte: -15,1% para semileves, -28,8% para leves, – 19% para médios, -37,4% para semipesados, – 61,6% para pesados.
Os números da Mercedes-Benz não chegam a ser os piores entre as marcas. No segmento de ônibus, a Scania teve queda de 73,7% nos licenciamentos e, entre os caminhões pesados, por exemplo, a Ford teve baixa de 64% entre janeiro e julho deste ano em comparação com igual período de 2014, de acordo com os dados da Anfavea.
CRISE ATRÁS DE CRISE:
O desempenho dos segmentos de ônibus e caminhões é considerado um termômetro da situação dos demais setores, demonstrando a disposição de investimentos no País e as perspectivas de crescimento e retração.
Isso porque, os ônibus e caminhões são bens de capital ou bens intermediários, ou seja, são veículos usados para a concretização de outros negócios. É diferente dos carros de passeio que são indicadores do nível de consumo das famílias brasileiras.
Por exemplo, se há desemprego e queda nos deslocamentos de mão de obra de vários setores, cai o total de trabalhadores que seriam transportados pelas empresas urbanas, metropolitanas e de fretamento contínuo. Assim, haverá menor renovação de frota de ônibus.
Se há crise e os cofres públicos estão abalados, que é o que ocorre no País, o poder público vai ter menos caixa para financiar e tocar as obras de mobilidade urbana. Prova disso são os cortes dentro do ajuste fiscal e os atrasos de liberação dos recursos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Com isso, menos ônibus novos serão comprados.
Com o desemprego, alta nos preços de produtos e serviços essenciais, além do achatamento dos ganhos da família, o brasileiro terá de cortar gastos. Um deles é em viagens, impactando a demanda de ônibus rodoviários e de fretamento para turismo.
Com os transportes de cargas, a situação é mais evidente ainda.
Com menos produtos sendo fabricados e vendidos, diversos setores vão reduzir as encomendas e os serviços de entrega, havendo uma necessidade de menos caminhões e diminuindo os ganhos das transportadoras que não vão comprar veículos novos.
O mesmo se aplica à construção civil, tanto para obras particulares como públicas: Menos obras e menos caminhões para estes setores.
Desde 2013, por causa da situação do País e por problemas específicos, os segmentos de ônibus e caminhões registram quedas nas vendas e produção. É desde este ano que a Mercedes-Benz já cortou 3 mil trabalhadores aproximadamente. Hoje a empresa possui no Brasil, entre as unidades de São Bernardo do Campo, Campinas e Juiz de Fora, 11 mil 800 trabalhadores.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Invictus 1200 será a aposta da Comil na Transpúblico em ano de crise

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

Invictus Comil
Invictus 1200 é aposta da Comil em mercado desaquecido
Modelo deve atender ao segmento rodoviário que tem melhores números que o de urbano em 2015
ADAMO BAZANI
Após a Marcopolo ter lançado em pleno ano de desaquecimento de vendas e produção cinco modelos de ônibus, entre novos e reestilizações, é vez da também gaúcha Comil apostar na apresentação de um novo veículo em 2015.
Trata-se do Invictus 1200, que será apresentado oficialmente na Transpúblico, feira voltada para o setor de mobilidade urbana que vai ser realizada entre os dias 1º e 3 de setembro, no Transamerica Expo Center, na avenida Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387,  Santo Amaro, na Zona Sul da Capital Paulista.
A fabricante faz mistério em relação ao modelo rodoviário, mas pelas imagens divulgadas sobre o lançamento, o ônibus deve se posicionar numa categoria superior ao atual Campione 3.45, sendo assim indicado para médias e longas distâncias.
Com o lançamento, a Comil faz uso de duas estratégias. Uma delas é mostrar ao mercado, mesmo desaquecido, que continua investido e terá condições de atender à demanda já com um veículo modernizado quando a retração econômica começar a se reverter.
A outra estratégia tem relação com os segmentos de veículos. Segundo o mais recente balanço da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, o desempenho dos ônibus do segmento rodoviário tem sido bem melhor que o de urbanos.
invictus_frente
Entre janeiro e julho deste ano, houve uma queda de 28,9% na produção de chassis de ônibus em relação ao mesmo período de 2014. Essa elevada queda foi puxada pelo segmento de urbanos, que registrou retração acumulada de 36%, com 11 mil 812 veículos de transporte coletivo. Já o segmento de rodoviários vai na direção contrária e neste ano acumula alta de 6,7%, com 3 mil 948 unidades.
OsNÚMEROS podem ser explicados pelo fato de a frota rodoviária ser mais antiga que a urbana em todo o País, necessitando de renovação, e principalmente pelas definições da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres sobre a concessão de cerca de duas mil linhas interestaduais e internacionais que passava por um embate entre empresas e governo federal desde 2008.
Quando a ANTTCOMEÇAR a emitir as autorizações para as operações destas linhas, que serão individuais como na aviação e não mais por lotes como propunha o governo, os frotitas já devem estar com os veículos renovados.
Já a queda na produção e vendas de ônibus urbanos reflete a retração principalmente das obras de mobilidade urbana por causa do desaquecimento econômico e da situação delicada dasCONTAS públicas.
Vale lembrar que a estratégia de fazer lançamentos na Transpúblico não é novidade na Comil que, na edição de 2013, apresentou o Versátile Gold, voltado para fretamento e linhas rodoviárias de curta distância.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Primeiro trecho do BRT de Jundiaí deve ser concluído até o final de 2016

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

ônibus
Ônibus em Jundiaí. BRT tem nova data para ficar pronto. Frota será de dez veículos articulados
Promessa é da prefeitura. Frota para trecho inicial será de 10 ônibus articulados e velocidade média de 25 km/h
ADAMO BAZANI
As obras do primeiro trecho do BRT de Jundiaí devem ser licitadas nos próximos dias com a conclusão prevista para o final de 2016.
A promessa é da prefeitura que trouxe uma nova data para que as obras comecem a sair do papel. Antes, o início das intervenções era previsto para janeiro deste ano e, numa segunda previsão, foi para junho.
Segundo o poder público, a dificuldade de elaborar o traçado para minimizar intervenções, como desapropriações, explica em parte a demora.
O primeiro trecho deve ter 4,25 quilômetros de extensão entre os terminais Colônia e Vila Arens, que serão reformados como parte das obras do BRT. O custo total do trecho é de R$ 135 milhões, sendo que a maior parte dos recursos virá do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Deste total, R$ 28 milhões serão provenientes de contrapartida da prefeitura, sendo R$ 10 milhões para obras e R$ 18 milhões para desapropriações. O PAC não financia desapropriações.
Além das pistas exclusivas para ônibus e reformas de terminais, o valor inclui a construção de seis estações para embarque e desembarque e três viadutos. Em um destes viadutos, o Sperandio Peliciari, chamado de viaduto da Duratex, haverá uma estação suspensa.
A previsão é de que no trecho a velocidade média comercial dos ônibus deva passar dos atuais 15 km/h para 25 km/h, reduzindo o tempo de viagem.
Dez ônibus articulados devem fazer o trajeto, sendo oito em escala e dois de reserva. A capacidade de cada veículo será de 160 passageiros.
O intervalo entre os veículos será em torno de cinco minutos.
As estações terão embarque e desembarque no mesmo nível do assoalho dos ônibus, eliminando a necessidade de usar os degraus dos veículos.
Depois de concluído este trecho entre a zona Leste e a região central de Jundiaí, a prefeitura quer estender o corredor BRT para a zona Oeste. Não há previsão para esta segunda fase.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Mercedes-Benz diz que vai demitir 1,5 mil trabalhadores de São Bernardo do Campo

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

Mercedes-Benz demissões
Ônibus Mercedes-Benz. Empresa deve cortar 1,5 mil da planta de São Bernardo do Campo. Greve foi decretada por tempo indeterminado.
Greve em montadora de ônibus e caminhões foi iniciada nesta segunda-feira
ADAMO BAZANI
Após mistérios sobre o número de pessoas que devem perder o emprego na planta da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista a partir de 1º de setembro de 2015, a fabricante de ônibus e caminhões confirmou nesta tarde que vai demitir aproximadamente 1,5 mil trabalhadores da unidade, a principal da marca alemã no País.
Por causa das demissões e pelo não avanço das negociações entre trabalhadores e empresa, os operários decidiram na manhã desta segunda-feira entrar em greve por tempo indeterminado.
A Mercedes-Benz diz que a planta, hoje com 10 mil trabalhadores, possui um excedente de 2 mil operários. A fabricante ainda vai manter 500 empregados caso os cortes aconteçam a partir de 1º de setembro.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC classificou de “arbitrária e intransigente” a postura da fabricante de veículos pesados.
Em nota, a Mercedes-Benz informou que tentou todas as possibilidades para evitar as demissões, como redução dos dias trabalhados por determinados períodos, férias coletivas, lay-off (suspensão temporária de contrato de trabalho) e abertura de PDV – Programa de Demissão Voluntária.
Na metade do ano, a Mercedes-Benz  afastou quase 500 trabalhadores dos seus quadros, sendo 250 desligados definitivamente e outros 215 colocados em lay-off.
A Mercedes-Benz ainda afirmou que diante da crise econômica brasileira são necessários “sacrifícios mútuos”, uma indireta ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que não aceitou a adesão ao PPE – Programa de Proteção ao Emprego, solução paliativa do Governo Federal para evitar mais cortes de postos de trabalho no atual momento de retração da economia.
Os trabalhadores aceitariam a proposta de redução dos salários e da jornada, mas não concordaram em vincular o PPE à restrição de aumento nos vencimentos de 2016 à correção pela inflação ou mesmo a um índice inferior.
Em julho deste ano, antes mesmo do lançamento do PPE, a Mercedes-Benz propôs redução de jornada de trabalho em 20% ante uma diminuição de 10% dos salários. Na ocasião, 74% dos trabalhadores rejeitaram a proposta.
O PPE permite redução de até 30% dos salários e jornada de trabalho, conforme convenção coletiva. O FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador complementa até 15% na folha de pagamento.  No entanto, este complemento está limitado a 65% do teto do seguro-desemprego para cada trabalhador. Hoje o maior valor do seguro-desemprego é de R$ 1 mil 385,91, sendo assim, o máximo a ser complementado em cada salário do trabalhador cuja empresa aderiu ao PPE  é de R$ 900,84.
Na vigência do PPE, o trabalhador não pode ser demitido. Após o término, a estabilidade é de um terço do tempo que a empresa aderiu ao programa. Por exemplo, se o PPE foi de 6 meses, quando terminar, o trabalhador só terá mais 2 meses de estabilidade.
O PPE tem limite de 6 meses e pode ser prorrogado por igual período, totalizando um ano.
As empresas em conjunto com os trabalhadores podem aderir até o dia 31 de dezembro de 2015 e o prazo de último dia do PPE é 31 de dezembro de 2016.
O programa não é destinado a setores e categorias, mas a empresas e trabalhadores específicos. Assim, por exemplo, se houver PPE na Mercedes-Benz, não significa que a Scania, Volvo e MAN poderão aderir. Com os trabalhadores é a mesma situação: o plano pode ser para os metalúrgicos da marca, mas não necessariamente para todos os metalúrgicos.
Para ter acesso ao PPE, a empresa deve demonstrar situação financeira que pode colocar os empregos em risco por causa da conjuntura econômica do País e não por questões específicas.
Uma das críticas que se faz ao PPE é que, além de ele ser uma medida emergencial para corrigir erros cometidos pelo próprio governo federal, na prática, o programa acaba beneficiando apenas grandes empresas.
Companhias de menor porte, por exemplo, dificilmente vão conseguir apoio e são justamente as médias, pequenas e micro-empresas que mais geram postos de trabalho e mais sentem a crise econômica.
De acordo com dados da Anfavea- Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores no acumulado entre janeiro e julho deste ano, a queda na produção geral de veículos foi de 18,1% em relação ao mesmo período de 2014. Os segmentos de comerciais pesados ainda são os mais afetados já que refletem a situação de outros setores e dos cofres públicos que financiam obras de mobilidade urbana. A produção de ônibus teve retração de 28,9% e a de caminhões registrou desempenho pior ainda, de 45,4%.
A queda de licenciamentos de ônibus Mercedes-Benz foi de 15,2%.  Em relação aos caminhões da marca alemã, o quadro é o seguinte: -15,1% para semileves, -28,8% para leves, – 19% para médios, -37,4% para semipesados, – 61,6% para pesados.
Os números da Mercedes-Benz não chegam a ser os piores entre as marcas. No segmento de ônibus, a Scania teve queda de 73,7% nos licenciamentos e, entre os caminhões pesados, por exemplo, a Ford teve baixa de 64% entre janeiro e julho deste ano em comparação com igual período de 2014, de acordo com os dados da Anfavea.
CRISE ATRÁS DE CRISE:
O desempenho dos segmentos de ônibus e caminhões é considerado um termômetro da situação dos demais setores, demonstrando a disposição de investimentos no País e as perspectivas de crescimento e retração.
Isso porque, os ônibus e caminhões são bens de capital ou bens intermediários, ou seja, são veículos usados para a concretização de outros negócios. É diferente dos carros de passeio que são indicadores do nível de consumo das famílias brasileiras.
Por exemplo, se há desemprego e queda nos deslocamentos de mão de obra de vários setores, cai o total de trabalhadores que seriam transportados pelas empresas urbanas, metropolitanas e de fretamento contínuo. Assim, haverá menor renovação de frota de ônibus.
Se há crise e os cofres públicos estão abalados, que é o que ocorre no País, o poder público vai ter menos caixa para financiar e tocar as obras de mobilidade urbana. Prova disso são os cortes dentro do ajuste fiscal e os atrasos de liberação dos recursos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Com isso, menos ônibus novos serão comprados.
Com o desemprego, alta nos preços de produtos e serviços essenciais, além do achatamento dos ganhos da família, o brasileiro terá de cortar gastos. Um deles é em viagens, impactando a demanda de ônibus rodoviários e de fretamento para turismo.
Com os transportes de cargas, a situação é mais evidente ainda.
Com menos produtos sendo fabricados e vendidos, diversos setores vão reduzir as encomendas e os serviços de entrega, havendo uma necessidade de menos caminhões e diminuindo os ganhos das transportadoras que não vão comprar veículos novos.
O mesmo se aplica à construção civil, tanto para obras particulares como públicas: Menos obras e menos caminhões para estes setores.
Desde 2013, por causa da situação do País e por problemas específicos, os segmentos de ônibus e caminhões registram quedas nas vendas e produção. É desde este ano que a Mercedes-Benz já cortou 3 mil trabalhadores aproximadamente. Hoje a empresa possui no Brasil, entre as unidades de São Bernardo do Campo, Campinas e Juiz de Fora, 11 mil 800 trabalhadores.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

sábado, 22 de agosto de 2015

Transportes Campo Grande

ESPECIAL TRANSPORTES CAMPO GRANDE
A empresa em destaque devido as suas recentes aquisições de ônibus usados da Jabour, Lourdes e Novacap a Transportes Campo Grande vem vivendo sua segunda ascensão na operação nas linhas da Rio Rotas, que encerrou suas atividades em março com a sua gestora Viação Andorinha, são as linhas 786, 846, 847, 848, 894 e 689. Ela já opera as linhas da Ocidental: 396 e 397 desde 2009.















sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Até o final do ano, todos os ônibus de Diadema vão oferecer internet grátis

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

wi-fi Diaedma
Ônibus em Diadema. Toda a frota deve ter wi-fi até dezembro.
Implantação do serviço será gradual. Primeiro ônibus foi apresentado nesta quinta-feira
ADAMO BAZANI
Todos 187 ônibus municipais de Diadema, pertencentes às empresas Mobibrasil e Benfica, devem oferecer até o final de 2015 acesso gratuito à internet (wi-fi).
A promessa é da prefeitura, que nesta quinta-feira, dia 20 de agosto de 2015, apresentou o primeiro veículo com a tecnologia implantada num Comil Svelto, Volkswagen da Benfica.
O secretário de transportes da cidade, José Carlos Gonçalves, esteve com os representantes da Blue Maxx /Connect Move, responsável pela implantação do sistema de internet. A empresa fará a exploração publicitária dos serviços.
Segundo Alessandro Israel, diretor da marca, na medida em que aumentarem os acessos por parte dos passageiros, mais anunciantes devem ser atraídos para custear o sistema que é gratuito para os usuários, prefeitura e empresas de ônibus.
Quem for usar a internet nos ônibus pela primeira vez terá de fazer um cadastro, que é gratuito também.
A Blue Maxx /Connect Move está finalizando o mapeamento de todas as linhas municipais de Diadema que transportam por dia aproximadamente 90 mil passageiros.
No ABC Paulista, os passageiros já podem acessar gratuitamente a internet em alguns ônibus da SBCTrans, que operam os transportes municipais de São Bernardo do Campo, e em alguns trólebus e ônibus da Metra, no Corredor Metropolitano ABD.
Na Capital Paulista, os novos ônibus superarticulados e alguns convencionais já disponibilizam o serviço.  O prefeito Fernando Haddad publicou um decreto regulamentando o serviço de wi-fi que vai gerar receitas para a gerenciadora SPTrans e para as empresas de ônibus. Confira em:https://blogpontodeonibus.wordpress.com/2015/07/08/empresas-e-prefeitura-vao-lucrar-com-wi-fi-nos-onibus-de-sao-paulo/
Em Santos, no Litoral, todos os ônibus da Viação Piracicabana já oferecem wi-fi.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes