domingo, 30 de abril de 2017

Andorinha oferece ônibus de dois andares e promoção, mas vereadores de Corumbá querem licitação para outras empresas

Ônibus LD da Andorinha. DD é alternativa, segundo empresa
Proposta foi apresentada na Câmara Municipal; reclamações sobre serviços são grandes, de acordo com vereadores
ADAMO BAZANI
A Empresa de Transportes Andorinha ofereceu, mas não convenceu os vereadores de Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
Em reunião na Câmara Municipal a respeito de reclamações sobre os serviços da empresa, a companhia de ônibus apresentou como alternativa uma renovação de frota com 12 ônibus modernos, sendo dois Double Decker – dois andares ;  18 viagens diárias Corumbá-Campo Grande-Corumbá e passagens promocionais.
O encontro entre representantes da companhia de ônibus e os vereadores ocorreu na Câmara Municipal na tarde da última quinta-feira. Apesar da oferta, os vereadores insistem na necessidade de o estado fazer uma nova licitação para atrair mais empresas para o trecho e dizem que vão negociar com o executivo a realização da concorrência.
É o que relata em nota enviada ao Diário do Transporte, o presidente da Câmara Municipal de Corumbá, Evander Vendramini.
“Foi uma reunião importante. Diante das cobranças, a direção de empresa nos apresentou novidades, como novos veículos, passagens promocionais, no sentido de melhorar o serviço. Mas, nossa posição está mantida e vamos continuar em entendimentos com o Governo do Estado, para a realização de uma nova licitação do transporte intermunicipal de passageiros com duas ou três empresas realizando o serviço”
Na mesma nota da Câmara Municipal, o primeiro secretário da casa, Rufo Vinagre, entendeu que a reunião foi um avanço, porém destacou que os vereadores vão continuar pedindo mais empresas de ônibus.
“Teremos novos ônibus, dois deles com dois andares e outros com o símbolo do Corumbaense Futebol Clube, além de passagens promocionais. Porém, não desistimos em ter melhores condições no preço e na qualidade do serviço. A nossa luta continua”
O diretor da Andorinha, Paulo Humberto Gonçalves, disse nessa reunião, de acordo com a nota, que o investimento na frota é justamente para melhorar os serviços e manter os passageiros.
“Estamos renovando a frota com dois veículos Double Deck, fazendo duas viagens diárias, e outros 10 de última geração, com ar condicionado, poltronas executivas, TV/DVD, com preços de carros convencionais”
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Vereadores e representantes da Andorinha em encontro
As promoções também são outros atrativos considerados pela empresa de ônibus, segundo o representante da Andorinha.
Por viagem, a companhia de ônibus vai oferecer três passagens promocionais no valor de R$ 99,90. Hoje a passagem Corumbá-Campo Grande custa R$ 120,40 no serviço convencional e R$ 143,30 para o executivo. Além disso, destacou a interação com a cidade, dizendo que a empresa vai colocar o símbolo do Corumbaense Futebol Clube nos veículos que fazem esta ligação.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

sábado, 29 de abril de 2017

Após “greve geral”, transportes funcionam normalmente neste sábado em São Paulo e região metropolitana


Na CPTM e Metrô, serão realizadas interrupções para obras
ADAMO BAZANI
Após as paralisações realizadas nesta sexta-feira pelas centrais sindicais contra as reformas na Previdência e trabalhista, os serviços de transportes na capital paulista, ABC e demais cidades da região metropolitana operam normalmente hoje, com escalas de sábado.
É o que informam as gerenciadoras e operadoras de transportes.
Na madrugada dessa sexta-feira, na capital e Grande São Paulo, todos os serviços e transportes ficaram paralisados, com exceção da linha 4-Amarela do metrô, que é privada, ônibus do subsistema local (antigas cooperativas) e alguns ônibus da região metropolitana, como em Osasco e Rio Grande da Serra.
No decorrer do dia, as operações do Metrô e da CPTM se tornaram parciais com atendimento em alguns trechos das linhas. Apenas a linha 3-Vermelha do Metrô e 15-Prata do monotrilho não tiveram operação dia inteiro. Também não operaram em toda essa sexta-feira, os ônibus municipais de São Paulo do subsistema estrutural (das empresas com linhas maiores ligando terminais e bairros até o centro da cidade). Algumas empresas de ônibus no ABC e em Guarulhos também ficaram paradas o dia inteiro.
Neste sábado, até o momento, os trens da CPTM e o Metrô operam normalmente, de acordo com as companhias.
O mesmo ocorre com os ônibus municipais de São Paulo, tanto do subsistema estrutural e local.
A Metra, operadora do Corredor ABD, informou que os ônibus e trólebus operam com as escadas de sábado.
Ônibus intermunicipais gerenciados pela EMTU -Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, na grande São Paulo, e os municipais nas cidades vizinhas da capital, também operam, de acordo com as empresas.
Em relação ainda ao Metrô e à CPTM, o passageiro deve estar atento às interrupções por causa de obras programadas para o final de semana e feriado.
Haverá interrupções e maiores intervalos em linhas como 15-Prata do Monotrilho, 4-Amarela, que é operada pela concessionária ViaQuatro, Linha 5-Lilás , 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda, 10-Turquesa e 12-Safira.
Na terça-feira, dia 2 de maio, para atender a demanda de quem volta do feriado prolongado de 1º de maio, o metrô começa a operar mais cedo, às 4h00, nas linhas 1-Azul (Jabaquara-Tucuruvi), 2- Verde (Vila Prudente-Vila Madalena), 3-Vermelha (Corinthians/Itaquera-Palmeiras/Barra Funda) e 4-Amarela (Butantã –Luz).
Confira os detalhes nas notas do Metrô e CPTM:
METRÔ:
No próximo domingo (30/04) e na segunda-feira (1º de Maio), feriado do Dia do Trabalho, o Metrô terá operação diferenciada nas Linhas 15-Prata do Monotrilho, 4-Amarela, que é operada pela concessionária ViaQuatro, e Linha 5-Lilás.
Na Linha 4-Amarela (Butantã – Luz), a mudança na circulação dos trens acontece no domingo. Para continuidade das obras civis no mezanino metálico da futura estação Higienópolis-Mackenzie,  as estações República e Luz, da Linha 4-Amarela, permanecerão fechadas durante todo o dia. Os passageiros poderão utilizar o próprio sistema metroviário para realizar seus trajetos.
Quem embarcar nas estações Butantã, Pinheiros, Faria Lima e Fradique Coutinho com destino às estações República e Luz deverão desembarcar na estação Paulista e seguir viagem usando a integração com a Linha 2-Verde. Já os passageiros com destino a Linha 4-Amarela, que estiverem tanto na estação Luz, da Linha 1-Azul, quanto na estação República, da Linha 3-Vermelha, devem seguir até a estação Consolação, da Linha 2-Verde, onde será possível  transferir-se para a Linha 4 e prosseguir viagem pelo sistema. A operação nas demais estações da Linha 4-Amarela no trecho entre as estações Paulista-Butantã será normal. As estações República (Linha 3-Vermelha) e Luz (Linha 1-Azul) do Metrô funcionam normalmente.
 na Linha 15-Prata (Oratório – Vila Prudente), em função de testes no sistema de controle de trens, as estações Vila Prudente e Oratório também ficarão fechadas no domingo (30), porém, das 4h40 às 16 horas. Nesse período, os usuários serão atendidos gratuitamente por ônibus do sistema PAESE (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência), que circularão no trecho entre as duas estações até o início da operação.
Dia 1º de Maio terá operação diferenciada na Linha 5-Lilás
Na Linha 5-Lilás (Capão Redondo – Adolfo Pinheiro), em razão de testes no sistema de controle dos trens, todas as estações permanecerão fechadas ao público no dia 1º de Maio, das 4h40 às 15 horas. Nesse período, os passageiros serão atendidos gratuitamente por ônibus do sistema PAESE, que circularão entre as estações Capão Redondo e Adolfo Pinheiro até a abertura das estações. Os usuários da Linha 9 – Esmeralda da CPTM, que fazem transferência gratuita para o Metrô na estação Santo Amaro, também serão atendidos pela estratégia. Já as linhas de ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) serão remanejadas das estações Capão Redondo e Campo Limpo para a estação Santo Amaro.
Retorno do feriado terá antecipação de horário
Na terça-feira (02/05), dia de retorno do feriado prolongado, a abertura das estações metroviárias das linhas 1-Azul (Jabaquara-Tucuruvi), 2- Verde (Vila Prudente-Vila Madalena), 3-Vermelha (Corinthians/Itaquera-Palmeiras/Barra Funda) e 4-Amarela (Butantã –Luz), que é operada pela concessionária ViaQuatro, será antecipada para as 4 horas –  40 minutos mais cedo do que o habitual. A medida tem por objetivo atender os usuários que desembarcam na capital pelos terminais rodoviários Tietê e Jabaquara (integrados à Linha 1-Azul) e Barra Funda (integrado à Linha 3-Vermelha). Nas linhas 5-Lilás (Capão Redondo – Adolfo Pinheiro) e 15-Prata (Oratório –Vila Prudente), a abertura das estações ocorrerá no horário habitual, ou seja, às 4h40.
Para informar sobre as mudanças programadas, haverá emissão de mensagens sonoras pelos sistemas de som das estações e dos trens, colocação de cartazes e publicação de informativos nas redes sociais. O Metrô recomenda aos usuários que programem suas viagens e adquiram os bilhetes antecipadamente.
Em caso de dúvidas, os usuários têm à disposição a Central de Informações do Metrô (0800 770 7722), que atende diariamente, das 5h30 às 23h30. Já a Central de Atendimento da Via Quatro (0800 770 7100) atende de segunda a sexta-feira, das 6h30 às 22 horas, e aos sábados e domingos, das 8h às 18 horas.

CPTM:
Linha 7-Rubi (Luz – Francisco Morato)
Domingo: das 4h à meia-noite, serão realizadas obras de modernização no sistema de rede aérea e nos equipamentos de via permanente entre as estações Franco da Rocha e Francisco Morato. O intervalo médio dos trens entre as estações Luz e Caieiras será de 15 minutos e entre Caieiras e Francisco Morato, de 30 minutos.
Segunda: das 4h à meia-noite, haverá intervenções nos equipamentos de via permanente entre as estações Jaraguá e Perus. O intervalo médio dos trens entre as estações Luz e Caieiras será de 15 minutos e entre Caieiras e Francisco Morato, de 30 minutos.
Linha 8-Diamante (Júlio Prestes – Itapevi)
Sábado: das 22h até o fim da operação comercial, os serviços serão executados nos equipamentos de via permanente entre as estações Lapa e Domingos de Morais. O intervalo médio dos trens entre as estações Júlio Prestes e Itapevi será de 20 minutos.
Domingo: das 4h às 7h, os serviços prosseguirão entre as estações Lapa e Domingos de Morais. Das 7h às 17h, também ocorrerão obras de modernização no sistema de rede aérea nas imediações da Estação Jardim Silveira. Das 4h às 7h, o intervalo médio dos trens entre as estações Júlio Prestes e Itapevi será de 20 minutos. Das 7h às 17h, o intervalo médio será de 20 minutos no trecho entre Carapicuíba e Itapevi.
Linha 9-Esmeralda (Grajaú – Osasco)
Domingo: das 4h à meia-noite, haverá intervenções no sistema de rede aérea entre as estações Villa-Lobos-Jaguaré e Cidade Jardim. Das 8h às 20h, também haverá serviços nos equipamentos de via permanente entre as estações Jurubatuba e Autódromo. O intervalo médio dos trens será de 25 minutos em toda a linha.
Segunda: das 4h à meia-noite, prosseguirão os trabalhos no sistema de rede aérea entre as estações Villa-Lobos-Jaguaré e Cidade Jardim. O intervalo médio dos trens será de 25 minutos em toda a linha.
Linha 10-Turquesa (Brás – Rio Grande da Serra)
Domingo: das 4h às 19h, os trabalhos serão executados no sistema de rede aérea entre as estações Mauá e Guapituba. O intervalo médio dos trens será de 26 minutos em toda a linha.
Segunda: das 7h às 18h, os serviços estarão concentrados no sistema de rede aérea entre as estações Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. O intervalo médio dos trens será de 20 minutos entre as estações Mauá e Rio Grande da Serra.
Linha 12-Safira (Brás – Calmon Viana)
Sábado a Segunda: das 20h de sábado até a meia-noite de segunda, em decorrência das obras da Linha 13-Jade no trecho entre as estações Engenheiro Goulart e USP-Leste, o intervalo médio dos trens em toda a linha será de 35 minutos.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Justiça manda prefeitura do Rio estudar aumento na tarifa de ônibus

O objetivo agora é definir de fato qual deveria ser o valor da passagem, congelada desde janeiro de 2017
ALEXANDRE PELEGI
A prefeitura do Rio de Janeiro vem enfrentando uma longa disputa judicial relativa à promessa feita de climatizar 100% da rede de ônibus na cidade. Desde o ano passado a prefeitura vem sofrendo seguidas derrotas no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em ação movida pelo Ministério Público. Em setembro de 2016, por exemplo, uma decisão do TJ obrigava a prefeitura a climatizar 100% da frota de ônibus até o fim daquela ano. Caso não cumprisse a promessa até dezembro de 2016, o município deveria pagar multa de R$ 20 mil por ônibus sem ar condicionado.
Segundo o TJ-RJ a prefeitura não cumpriu o acordo firmado para refrigerar todos os 3.990 ônibus das linhas municipais (quase metade da frota). O prazo venceu em dezembro.
Agora, um novo capítulo desta novela vem dar maior destaque à decisão do atual prefeito de não aumentar a tarifa, condicionando o reajuste à climatização de todos os ônibus da cidade, responsabilidade que, segundo a prefeitura, caberia às empresas.

Ontem a juíza Luciana Losada Albuquerque Lopes da 8ª Vara de Fazenda Pública do Rio determinou à prefeitura que instaure em 24 horas um processo para rever o valor cobrado na tarifa dos ônibus do Rio. O objetivo agora é definir de fato qual deveria ser o valor da passagem, congelada desde janeiro de 2017.
O secretário municipal de Transportes, e também vice-prefeito Fernando Mac Dowell, tem dez dias para apresentar o cálculo em juízo. O estudo terá como base uma auditoria realizada pela empresa especializada EY (antiga Ernest Young). MacDowell deverá então encaminhar o estudo para o prefeito Marcelo Crivella, para que este delibere o percentual de reajuste.
Além da prefeitura, a decisão da juíza também alcança os empresários de ônibus do Rio de Janeiro. Em audiência de conciliação realizada ontem (26), ela determinou que as empresas terão 30 dias para comprovar que encomendaram mais 196 coletivos com ar, com o saldo de um adicional incluído na passagem em 2014 e 2015 para acelerar a modernização da frota. Pela decisão da juíza esses coletivos devem entrar em operação em 90 dias.
Resta ainda o grosso do problema: faltam climatizar os cerca de 4 mil coletivos (quase 50% da frota). A Rio Ônibus alega que a tarifa deveria ter um valor entre R$ 4,20 e R$ 4,30, caso a prefeitura decida acelerar a climatização.
Nessa queda de braço a situação dos transportes no Rio de Janeiro afunda na crise. Desde 2015 já sete empresas cerraram suas portas, incluindo a Transportes Santa Maria, que integra o Consórcio BRT e encerrou as atividades na manhã desta quarta-feira, 26 de abril de 2017. (Veja: https://diariodotransporte.com.br/2017/04/26/mais-uma-empresa-de-onibus-fecha-as-portas-no-rio-de-janeiro-transportes-santa-maria/)
Como também noticiamos nesta semana, os quatro consórcios que operam os ônibus na cidade (Internorte, Intersul, Santa Cruz e Transcarioca) entraram com uma segunda ação na Justiça em que reivindicam o aumento da tarifa de R$ 3,80 para R$ 3,95. O processo tramita na 15ª Vara de Fazenda Pública. Segundo a petição inicial enviada ao TJ, o congelamento da tarifa representa perda diária de aproximadamente R$ 345 mil. (Leia: https://diariodotransporte.com.br/2017/04/26/empresas-de-onibus-vao-a-justica-no-rio-por-aumento-da-tarifa/)
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Marcopolo entrega 66 ônibus para Viação Sorriso de Minas


A Viação Sorriso de Minas S/A, importante operador de transporte urbano brasileiro, adquiriu 66 ônibus Marcopolo. O negócio faz parte do programa de renovação de frota da empresa e envolve três unidades do modelo Torino Express Articulado, 53 do Torino convencional e 10 do ônibus Senior.

Pertencente ao Grupo Gulin, do Paraná, a Viação Sorriso de Minas optou por três diferentes modelos de ônibus Marcopolo e duas marcas de chassis (Mercedes-Benz e Volvo). Todos os veículos possuem itinerários eletrônicos e elevadores para acesso de pessoas com mobilidade reduzida. “O grupo tem um contínuo programa de renovação de frota para oferecer veículos com mais conforto e segurança para os passageiros”, revela o diretor de operações comerciais e marketing da Marcopolo, Paulo Corso.

Do total do lote adquirido pela Viação Sorriso, 40 ônibus irão operar na cidade de Uberlândia, sendo 37 unidades do Torino e três do Torino Articulado, todos equipados com chassi Volvo. Os outros 16 Torino, com chassi Mercedes-Benz, vão operar na cidade de Itabuna, na Bahia. Já o micro-ônibus Senior será utilizado em Toledo, no Paraná.

Com comprimento total de 18,6 metros, o Torino Express articulado foi desenvolvido para atender tanto ao padrão de vias segregadas básicas quanto dos sistemas BRT. O modelo apresenta visual moderno e conta com sistema multiplex com painel de visualização. Também dispõe de conjuntos óticos dianteiro e traseiro que incluem luz diurna, que proporciona mais segurança no trânsito urbano.

O Torino Express possui como diferenciais a maior largura interna, com 2,55m, que permite amplo espaço para circulação dos passageiros, mais conforto e segurança aos que operam o veículo, além de mais ergonomia e praticidade para motorista e cobrador. Internamente, possui iluminação interna em LEDs e capacidade para transportar 134 passageiros, sendo 33 sentados em poltronas City ergonômicas e 101 em pé.

Frota diferenciada

Os ônibus Marcopolo Torino convencionais têm capacidade para transportar 84 passageiros, sendo 30 sentados em poltronas City ergonômicas e 54 em pé. Desenvolvidos para oferecer mais conforto para os passageiros e eficiência operacional para os frotistas, possuem maior largura interna, que garante amplo espaço para circulação, iluminação interna em LEDs, portas eletropneumáticas e sistema multiplex.

Os ônibus contam com sistema multiplex com painel de visualização elevador elétrico para cadeirante, janelas com vidro fumê, campainha com acionamento de chamada de parada por botão (sem fio) e preparação para futura instalação de rádio e câmeras de monitoramento.

Desenvolvido para proporcionar o menor custo operacional entre os modelos de micro-ônibus comercializados no mercado nacional, o Marcopolo Senior também foi projetado para garantir maior conforto e segurança, aliados à fácil de manutenção. O veículo tem capacidade para transportar 29 passageiros, sendo 19 sentados em poltronas City ergonômicas e 10 em pé.

A Viação Sorriso de Minas conta com uma frota de 147 veículos, com idade média inferior a cinco anos, rigorosamente revisada, atualizada e monitorada. Possui mais de 800 colaboradores, totalmente treinados e preparados para tornar as viagens seguras e confortáveis.

Foto: Douglas de Souza Melo.

Secco Consultoria de Comunicação.

Empresas de ônibus vão à justiça no Rio por aumento da tarifa


Ônibus da Santa Maria não saíram da garagem
Ação pede novo valor da passagem, passando dos atuais R$ 3,80 para R$ 3,95
ALEXANDRE PELEGI
A crise nas empresas de ônibus do Rio de Janeiro é grave. Desde 2015 já sete empresas cerraram suas portas, incluindo a Transportes Santa Maria, que integra o Consórcio BRT e encerrou as atividades na manhã desta quarta-feira, 26 de abril de 2017. – Veja: https://diariodotransporte.com.br/2017/04/26/mais-uma-empresa-de-onibus-fecha-as-portas-no-rio-de-janeiro-transportes-santa-maria/
Um dos motivos, segundo alega a Rio Ônibus (sindicato que reúne as empresas de ônibus), é a decisão da Prefeitura de não reajustar as tarifas, “em desobediência ao que determina o contrato de concessão assinado em 2010”, afirma a entidade.
Em função da situação, os quatro consórcios que operam os ônibus na cidade (Internorte, Intersul, Santa Cruz e Transcarioca) resolveram bater às portas da Justiça, e entraram com uma ação para exigir o aumento da tarifa. As empresas querem que a passagem passe dos atuais R$ 3,80 para R$ 3,95, aumento com base no IPCA registrado no ano passado. O processo tramita na 15ª Vara de Fazenda Pública.
Contrato
O contrato de concessão prevê anualmente um aumento nas tarifas, reajuste que é tradicionalmente concedido no fim de dezembro. O aumento é calculado de acordo com uma fórmula que leva em conta os custos do setor, conforme estabelecido no contrato de concessão assinado com os quatro consórcios.
Na recente mudança de gestão, o então prefeito Eduardo Paes optou deixar para seu sucessor o reajuste da tarifa. Marcelo Crivella, da mesma forma como fez o prefeito de São Paulo, João Doria, optou por não reajustar o preço das passagens. E condicionou o aumento ao cumprimento da meta de climatizar todos os ônibus da cidade, responsabilidade das empresas.
A Rio Ônibus expressou sua insatisfação em nota, afirmando que “a decisão da Prefeitura do Rio de não reajustar as tarifas, em desobediência aos termos da concessão assinada em 2010, tem causado o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato estabelecido com as empresas, que sem o reajuste — que deveria ter ocorrido na primeira semana de janeiro, há quase 120 dias — não têm condições de arcar com os aumentos de custos referentes a 2016 (dissídio, insumos, serviços, tributos etc)”.
EMPRESAS DE ÔNIBUS QUE JÁ FECHARAM NO RIO DE JANEIRO:
2017:
– Transportes Santa Maria
2016:
– Auto Viação Bangu (Consórcio Santa Cruz)
– Algarve (Consórcio Santa Cruz)
2015
– Translitorânea (Consórcio Intersul)
– Rio Rotas (Consórcio Santa Cruz)
– Andorinha (Consórcio Santa Cruz)
– Via Rio (Consórcio Internorte)
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

Prefeitura de Diadema vai recorrer de decisão que permite retirada de cobradores de ônibus na cidade

Lei de 2013 impede que motoristas dirijam e cobrem ao mesmo tempo, mas companhias estão amparadas em liminar
ADAMO BAZANI
Parcela significativa da frota de ônibus municipais de Diadema, na Grande São Paulo, já é operada apenas pelo motorista, que além de dirigir, é obrigado a cobrar a passagem, recebendo dinheiro e fazendo troco.
As duas companhias de ônibus da cidade, Mobibrasil e Benfica, estão amparados numa decisão judicial que permite a prática.
Entretanto, a Lei Municipal 3.310, de 2013, assinada pelo prefeito Lauro Michels, que voltou ao comando Paço, proíbe a dupla função.
Segundo o texto da lei, “ É vedado, aos motoristas dos ônibus do município de Diadema, a função de cobrar passagens ou função que implique a supressão da função de cobrador”
A liminar contesta justamente os efeitos dessa lei, que momentaneamente estão suspensos.
A prefeitura, entretanto, declarou que pretende recorrer desta decisão.
A administração ainda afirma que um acordo com as companhias de ônibus impede as demissões. No entanto, segundo o sindicato que representa os trabalhadores, diversos cobradores já perderam o emprego desde o ano passado.
Mesmo dizendo que vai recorrer da lei, a prefeitura incentiva a bilhetagem eletrônica para que não haja pagamentos em dinheiro dentro dos ônibus.
A passagem em dinheiro hoje na cidade de Diadema custa R$ 4,20 e, paga com o cartão SOU, uma espécie de bilhete único da cidade, sai por R$ 4.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Transportes Santa Maria encerra suas operações

Viação do Consórcio Transcarioca tinha frota de 126 ônibus que operavam no sistema BRT e em linhas alimentadoras

Rio - A empresa de ônibus Santa Maria, de Curicica, interrompeu suas atividades na manhã desta quarta-feira. O Rio Ônibus, sindicato que representa as companhias de transporte do município, informou que o encerramento da viação é consequência da crise financeira que tem impactado o setor.
A Santa Maria é uma das empresas mencionadas em reportagem publicada pelo DIA na semana passada que foram acionadas na Justiça do Trabalho pelo sindicato de motoristas e cobradores, no início do mês, e que correm sérios riscos de fechar.

Empresa Santa Maria encerra atividadesDivulgação

De acordo com o Rio Ônibus, a Santa Maria tinha 380 funcionários e uma frota de 126 veículos (36 deles articulados), que operavam no sistema BRT e em linhas alimentadoras. A companhia integrava o Consórcio Transcarioca. O Rio Ônibus e a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) ainda não explicaram quais linhas faziam parte das operações da Santa Maria e como os serviços serão assumidos daqui em diante.
"O Rio Ônibus informa que a empresa Transportes Santa Maria, que integra o Consórcio BRT, interrompeu suas atividades na manhã de hoje (26/04) como consequência direta da crise financeira que tem impactado o setor de transporte por ônibus, principalmente pela decisão da Prefeitura do Rio de não reajustar as tarifas – em desobediência ao que determina o contrato de concessão assinado em 2010", informou o Rio Ônibus em nota.
O Rio Ônibus ressaltou ainda que as viações Pavunense, VG e São Silvestre também enfrentaram paralisações de rodoviários este ano, motivadas por atrasos salariais.
"Desde abril de 2015, seis empresas já encerraram suas atividades no Rio, levando à demissão de 2.400 rodoviários. Atualmente, como o Rio Ônibus tem alertado desde janeiro, pelo menos 12 empresas correm o risco de encerramento de suas atividades em razão da crise financeira, que é agravada pelo aumento do desemprego - que reduz o número de passageiros transportados. Pelo menos 5 mil rodoviários dessas empresas estão com seus empregos sob ameaça", acrescentou a associação.
A Secretaria Municipal de Transportes e o Sindicato de Motoristas e Cobradores do Município (Sintraturb Rio) ainda não se pronunciaram.
Empresário negocia pagamentos
O empresário Paulo Valente, dono da Santa Maria, informou que reuniões já foram feitas com os funcionários para explicar a situação e o sindicato da categoria foi convidado a ir à empresa para ajudar nas negociações. Ele estima que até semana que vem tenha uma previsão sobre um novo calendário de pagamentos.
“Se não tiver reajuste da tarifa, a situação tende a piorar. Todo o sistema está comprometido e caminha para um colapso. A prefeitura não cumpriu o contrato com as empresas de ônibus e não faz a fiscalização do transporte irregular de kombis e vans, o que só complica ainda mais o cenário, porque muitas fazem o mesmo trajeto das linhas do BRT e das alimentadoras”, afirmou Valente.
Fonte: O Dia

terça-feira, 25 de abril de 2017

Transoceânica: corredor de ônibus de Niterói fica mais caro

Sistema seria o primeiro BHLS - Bus with High Level of Service da América do Sul - Foto divulgação: estação aquaviária de Charitas
Valor da Transoceânica aumentou 24%; prefeitura de Niterói gastará mais R$ 36 milhões com 11 estações
ALEXANDRE PELEGI
A Transoceânica é considerada por muitos como a maior obra da história de Niterói. Aguardada por décadas, ela começou a sair do papel em setembro de 2014, prometendo transformar o transporte público de massa na região. Com a presença dos ministros Miriam Belchior (Planejamento) e Gilberto Occhi (Cidades), o então prefeito da cidade, Rodrigo Neves, assinou a ordem de início das obras do BRT TransOceânica, principal projeto de reestruturação urbana da cidade.
À época, o prefeito anunciou a obra como sendo o primeiro BHLS da América do Sul. BHLS é a sigla em inglês para Bus with High Level of Service, ou “ônibus de serviço de alto nível”. Um sistema como esse existe no Reino Unido, transportando 3,6 milhões de pessoas por ano entre Cambridge, St Ives e Huntingdon.
Prevista para ser realizada em parceria com o governo federal, a obra estava avaliada em R$ 310 milhões, suficientes para os 9,3 quilômetros de extensão com 13 estações e dois túneis. O prazo de execução da obra foi anunciado como sendo de 24 meses. A capacidade do BRT (ou BHLS, ou ainda BHS como agora é chamado) está prevista para transportar 80 mil passageiros por dia.
Passados mais de dois anos e meio e sete reajustes, o projeto (prometido para setembro de 2016), ficou mais caro: R$ 384,8 milhões, um aumento de 24%. E o mais caro pode encarecer mais: o contrato firmado com o Consórcio Transoceânico inclui apenas duas das 13 estações de embarque previstas para o corredor de ônibus. Para construí-las (as outras 11 estações), a prefeitura deve aplicar cerca de R$ 36 milhões, oriundos do empréstimo com a Cooperação Andina de Fomento (CAF). O valor final da obra pode passar de R$ 420 milhões.
O Portal da Transparência da prefeitura de Niterói informa que desde 2014 o Consórcio Transoceânico, formado pelas empreiteiras Constran e Carioca Engenharia, recebeu mais de R$ 280 milhões, ou 90% do valor originalmente acordado. Até agora, segundo a prefeitura. 70% das obras estavam concluídos até janeiro de 2017.
O Túnel Charitas-Cafubá (aberto na Serra do Preventório, ligando os bairros de Charitas a Cafubá, em Niterói), um dos pontos mais festejados do projeto, será aberto ao tráfego no dia 6 de maio, após uma série de adiamentos. As duas galerias da travessia de 1,3 quilômetro terão uma pista para os ônibus BHS, duas para carros e uma ciclovia em cada sentido.
Veja vídeo produzido pela Prefeitura de Niterói sobre o projeto da Transoceânica: //www.youtube.com/embed/NOLLFMd12ao?rel=0
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

Comissão da Câmara aprova botão de pânico com mensagem “Perigo” em itinerários dos ônibus de São Paulo

Após este parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa, matéria deve passar pela aprovação de todos os vereadores para que Doria sancione e ou vete
ADAMO BAZANI
Os ônibus do sistema municipal de São Paulo podem ter botão de pânico que, ao acionado pelo motorista, exibirá no letreiro a palavra “Perigo”.
A Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa, da Câmara Municipal de São Paulo aprovou substitutivo do projeto de lei de autoria do vereador Ricardo Teixeira que estabelece que os ônibus da cidade de São Paulo tenham obrigatoriamente o botão de pânico para casos de assaltos, emergências com os passageiros e ataques.
O motorista aciona o dispositivo que cria a mensagem “Perigo”, a ser exibida no letreiro do veículo.
Além disso, por meio do GPS do ônibus, o acionamento do botão mandará uma mensagem para a central de monitoramento da SPTrans, que deverá acionar a polícia, SAMU ou Corpo de Bombeiros.
O projeto não leva em conta os custos da implantação dos equipamentos.
Após esse parecer favorável da comissão, a matéria deve ser submetida em plenário a todos os vereadores e seguir assim para sanção ou veto do prefeito João Dória.
Acompanhe o parecer na íntegra:
PARECER Nº 328/2017 DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA SOBRE O PROJETO DE LEI Nº 0083/17. Trata-se de projeto de lei, de autoria da nobre Vereador Ricardo Teixeira, que dispõe sobre a instalação de botões de pânico no interior dos ônibus de transporte coletivo público municipal, e dá outras providências. O projeto prevê que o botão de pânico servirá como alerta de perigo iminente ao motorista e cobrador do veículo, de modo que, uma vez acionado, emitirá uma informação no letreiro do ônibus, com a palavra PERIGO, bem como enviará dados por meio de GPS à Central de Monitoramento da SPTrans, que deverá tomar as providências cabíveis. A propositura dispõe, ainda, que o Poder Executivo, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, estabelecerá a forma de implantação do botão de pânico prevista na lei. O projeto pode prosseguir em tramitação, eis que elaborado no exercício da competência legislativa desta Casa. No que tange ao aspecto formal, a propositura encontra fundamento no artigo 37, caput, da Lei Orgânica Paulistana, segundo o qual a iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou Comissão Permanente da Câmara Municipal, ao Prefeito e aos Cidadãos. Ademais, consoante o disposto nos artigos 30, I, da Constituição Federal compete aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local, dispositivo com idêntica redação no artigo 13, I, da Lei Orgânica Municipal. Por interesse local, segundo Dirley da Cunha Junior, entende-se, não aquele interesse exclusivo do Município, mas seu interesse predominante, que o afete de modo mais direto e imediato (In, Curso de Direito Constitucional, 2ª edição, Salvador: Juspodivm, 2008, p. 841). Atualmente, a segurança pública coloca-se como uma das prioridades do cidadão, sendo dever de todos os entes da Federação criar mecanismos que inibam a ação de criminosos, sobretudo no transporte coletivo municipal, em que esse tipo de infortúnio tem acometido com frequência os cidadãos. Saliente-se que o art. 3º, III, da Lei Municipal nº 13.241/01, que dispõe sobre a organização dos serviços do Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros na Cidade de São Paulo e autoriza o Poder Público a delegar a sua execução, estabelece como diretriz do Poder Público a “boa qualidade do serviço [de transporte coletivo], envolvendo rapidez, conforto, regularidade, segurança, continuidade, modicidade tarifária, eficiência, atualidade tecnológica e acessibilidade, particularmente para as pessoas com deficiência, idosos e gestantes”, dever repetido na redação do art. 8º, III, h, dessa mesma lei, que estabelece em seu art. 9º, IX o dever dos operadores do serviço de transporte urbano “garantir a segurança e a integridade física dos usuários”. Além disso, projeto encontra respaldo no art. 175, incisos IV e VII, da Lei Orgânica do Município, os quais estabelecem, respectivamente, que a regulamentação do transporte público de passageiros deverá contemplar os direitos e os deveres dos usuários e das operadoras, considerando o conforto e a segurança dos usuários e operadores dos veículos, bem como as normas relativas às características dos veículos. A matéria está sujeita ao quorum de maioria absoluta para sua aprovação, na forma do art. 40, § 3º, V, da Lei Orgânica do Município. Pelo exposto, somos pela LEGALIDADE, na forma do Substitutivo a seguir apresentado a fim de adequar a redação do projeto à técnica legislativa preconizada pela Lei Complementar Federal nº 95/98. SUBSTITUTIVO Nº DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E LEGISLAÇÃO PARCIPATIVA AO PROJETO DE LEI Nº 0083/17. Dispõe sobre a instalação de botões de pânico no interior dos veículos de transporte coletivo público municipal, e dá outras providências. A Câmara Municipal de São Paulo D E C R E T A: Art. 1º É obrigatória a instalação de botões de pânico no interior dos veículos de transporte coletivo público municipal. Art. 2º O botão de pânico servirá como alerta para perigo iminente ao motorista e ao cobrador do veículo, tais como assaltos, roubos, casos de violência contra os funcionários e entre passageiros, e destruição do veículo, seja por vandalismo ou incêndio. § 1º Ao ser acionado, o botão de pânico emitirá uma informação no letreiro do ônibus com a palavra PERIGO e enviará os dados por meio de GPS à Central de monitoramento da SPTrans, que deverá tomar as providências cabíveis. § 2º O botão de alerta de pânico deverá ficar em local de fácil acionamento para o motorista e para o cobrador, porém invisível para os passageiros. Art. 3º No interior de cada veículo deverá ser afixado um cartaz informando aos passageiros sobre a existência do botão de pânico. Art. 4º O Poder Executivo, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, estabelecerá a forma de implanta- ção do botão de pânico prevista nesta lei. Art. 5º As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário. Art. 6º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Sala da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa, em 19/04/2017. Mario Covas Neto – PSDB – Presidente Caio Miranda Carneiro – PSB Claudinho de Souza – PSDB Edir Sales – PSD Janaína Lima – NOVO Reis – PT – Relator Sandra Tadeu – DEM Zé Turin – PHS
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Plano Doxiadis previa criação de mais de 400 quilômetros de vias expressas


Um dos maiores vilões da vida agitada do Século XXI é, sem dúvida, o engarrafamento. Ficar preso num engarrafamento é uma das maiores causas de estresse. As maiores metrópoles do mundo sofrem com esse problema. No Brasil, a cidade de São Paulo é a recordista em engarrafamentos.

Já a cidade do Rio de Janeiro encontrou uma solução parcial para o problema: a Linha Vermelha e a Linha Amarela. Essas duas vias fazia parte de um plano de urbanização, que nunca foi concluído.


Plano. O urbanista grego Constantino Doxiadis explica seu plano para as ruas do Rio
O projeto, chamado de Plano Doxiadis, mas também conhecido como “Plano Policromático”, foi concluído em 1963, porém só foi publicado em 1965, no final do governo de Carlos Lacerda. O sucessor, o governador Raphael de Almeida Guimarães, não colocou o projeto em prática. Em 1975, oEstado da Guanabara se fundiu com o Estado do Rio de Janeiro, e o Plano Doxiadis continuava no papel.

O Projeto


Em 29 de junho de 1965, ao antecipar algumas propostas do programa de desenvolvimento que a equipe do urbanista grego Constantino Doxiadiselaborara para o Rio de Janeiro.

Relatório Doxiadis recomenda oito projetos concretos para solucionar problemas urgentes”. Da lista, constavam desde a criação de uma área industrial em Sepetiba até a construção de dez mil casas para moradores de favelas, passando pela instalação de mais 7.500 salas de aula, que dariam conta do crescimento da cidade nos cem anos seguintes.

Linhas Policromáticas:

Linha Lilás  - Ligação > Zona Sul <> Zona Portuária
Linha Vermelha  - Ligação > São Cristóvão <> cidade de São João do Meriti
Linha Amarela - Ligação > Barra da Tijuca <> Ilha do Fundão
Linha Verde - Ligação > Via Dutra <> Gávea
Linha Marrom  - Ligação > Centro <> Santa Cruz

Linha Azul - Ligação >  Barra da Tijuca <> Penha



Mas o Plano Doxiadis acabaria passando à História por sua proposta ousada para o sistema viário. Seriam 403 quilômetros de vias expressas e mais 517 de vias principais no município, que seriam complementados por80 quilômetros de linhas de metrô. O urbanista propôs a criação de grandes vias de circulação que integrariam a cidade, batizadas com nomes de cores. Seriam as linhas Vermelha, Azul, Marrom, Verde, Amarela e Lilás. Dessas, somente a Vermelha, a Amarela e a Lilás saíram do papel.


Linha Lilás

A primeira proposta a ser executada foi a da Linha Lilás, prevista para ligar Laranjeiras ao Santo Cristo. Originalmente, a via expressa se estenderia até o Viaduto do Gasômetro, de onde os motoristas alcançariam a Linha Vermelha. A obra, porém, exigiu a derrubada de centenas de imóveis no Catumbi, o que acabou gerando muita polêmica na ocasião.

Desapropriações no Catumbi para a dar espaço à Linha Rosa

Apesar de ser visto por Doxiadis como área a ser “descongestionada”, o autor comenta que alguns projetos pra região e seus arredores estavam em pauta na época como um prolongamento do porto e a construção de um Cais de Saneamento e a construção do primeiro trecho da Avenida Perimetral.


Construção do Viaduto 31 de Março - 1978

Como proposta Doxiadis sugeria a construção da Linha Lilás, que seria o prolongamento do túnel Catumbi-Laranjeiras até a Avenida Rodrigues Alves, no Cais do Porto e, além disso, a remodelação urbana de alguns bairros da região e do seu entorno. A Linha Lilás compreende também os acessos da Avenida Francisco Bicalho à Linha Vermelha através do Viaduto Engenheiro Paulo de Souza Reis.

O arquiteto grego dizia que na região dessas obras (Perimetral, Linha Lilás, Porto) encontravam-se bairros muito deteriorados e que necessitavam de um replanejamento, dessa forma ele incentiva a remodelação dos bairros do Catumbi, Saúde, Mangue e Lapa, que segundo ele vinham sendo afetados pelo abandono de população:

(...) foram afetados pela mudança de seus moradores para novos bairros, tangidos pela deterioração e pela alteração dos padrões econômicos do comércio a varejo ou ainda por difíceis condições do tráfego de acesso. Os projetos de remodelação dessas áreas, como parte de um plano global da cidade a ser realizado a longo prazo, proporcionarão benefícios diretos à área individualmente e a toda cidade do Rio de Janeiro. (DOXIADIS, 1967)



Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro, previa a ligação, (já planejada há tempos), da Linha Lilás com a Linha Vermelha, através da construção de um viaduto que iria ligar o Elevado Trinta e Um de Março (pertencente a Linha Lilás) com o Viaduto Engenheiro Paulo de Sousa Reis, que faz a ligação da Avenida Francisco Bicalho (próximo a antiga Estação Barão de Mauá) com a Linha Vermelha. É possível observar que parte desse último viaduto é inacabada esperando essa ligação. Até hoje tal ligação não foi ainda construída.


Linha Vermelha


O cenário só foi revertido em 1992, 27 anos dep
ois, quando o então governador Leonel Brizola começou a construção da primeira parte da Linha Vermelha: um trecho de 7 km entre São Cristóvão e a Ilha do Fundão. Em 1994, o segundo trecho, de 14km, foi inaugurado, ligando aIlha do Fundão à Rodovia Presidente Dutra, na altura da cidade de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

A Linha Vermelha quase finalizada, em 1994 (fonte: Jornal do Brasil)

A Linha Vermelha, oficialmente Via Expressa Presidente João Goulart, foi inaugurada, em sua primeira etapa, em abril de 1992, como parte do pacote de obras da Rio 92. A segunda etapa foi aberta em setembro de 1994. A Linha Vermelha liga São Cristóvão a São João de Meriti, passando por Duque de Caxias.

Construção do Viaduto sobre a Avenida Brasil - 1991


Linha Amarela

Em 1995, o então prefeito César Maia iniciou a construção da segunda parte do Plano Doxiadis, com a construção da Linha Amarela em 3 lotes:

Perfuração dos Túneis
Lote 1 – Ligando a av. Ayrton Senna, na Barra, à av. Geremário Dantas, em Jacarepaguá

Lote 2 – Ligando a av. Geremário Dantas, à Rua Pernambuco, no Encantado

Lote 3 – Ligando a Rua Pernambuco à av. NovoRio, em Bonssucesso.

Viaduto de Pilares sobre a E.F. Linha Auxiliar

Inaugurada em 1997, a Linha Amarela, batizada
 de Avenida Governador Carlos Lacerda, liga à Baixada de Jacarepaguá à Ilha do Fundão. Foi a última grande obra viária do Rio, até terem início os corredores expressos programados para os Jogos Olímpicos de 2016 (Transcarioca, Transoeste e Transolímpica). 

Por sinal, alguns trechos da Transolímpica e da Transcarioca seguem o traçado de Doxiadis para a chamada Linha Azul, prevista para ligar a região da Penha ao Recreio dos Bandeirantes.

Linha Verde

A Linha Verde, foram feitas apenas a Estrada do Rio d’Ouro, na Pavuna, e a Pastor Martin Luther King Júnior e o Túnel Noel Rosa. A via expressa ligaria a Rodovia Presidente Dutra a Gávea, passando pela Tijuca, graças a construção de um túnel da Rua Uruguai.

Apesar disso, mais caro da construção da Linha Verde, que seria esse túnel entre a Tijuca e a Gávea, parece não ter tido força econ
ômica suficiente para ser efetivado.

Há muitas hipóteses para isso: a mais lógica delas é que o Estado, naquele momento, não tinha dinheiro suficiente para criar um eixo viáriode tal magnitude. Em primeiro lugar, po
rque o Túnel Rebouças, aberto ao lado da Tijuca em 1967, tomou muito tempo de obras e de verbas. Em segundo lugar, porque o Túnel da Rua Uruguai requereria a desapropriação de imóveis nas duas vertentes mais valorizadas da montanha: Jardim Botânico e Gávea, na sul, e o alto da Rua Uruguai, na norte, sendo este trecho considerado até hoje o mais nobre da Tijuca.

Mesmo sendo uma obra custosa, de porte colossal e eficiente do ponto de vista geográfico, a integração da Tijuca com a Zona Sul nesses moldes dispunha igualmente de um interesse político bastante expressivo na época, algo que perdurou até meados dos anos 2000. Afinal, ambas regiões eram as duas maiores concentrações de alta renda da cidade em meados do século XX, habitadas majoritariamente por uma classe dominante e influente

Vale lembrar que intervenções segregacionistas eram - e ainda costumam ser - muito comuns entre áreas socioeconomicamente distintas (vide a remoção das favelas na Zona Sul por Lacerda), embora perceba-se, em contrapartida, que intervenções "integracionistas", isto é, entre regiões com grande concentração de renda, eram - e ainda costumam ser - de muito interesse, ocorrendo sempre que possível. Um exemplo rápido e ilustrativo a esse argumento é a junção da Grande Tijuca com a Zona Sulno mapa funcional do Plano Diretor do Rio de Janeiro, que a definiu como um único território de planejamento (Área de Planejamento 2).

O ex-prefeito Cesar Maia cogita a ideia de se fazer o túnel metroviário

Neste sentido, no início dos anos de 1980, o Governo do Estadodesengavetou o projeto do Túnel da Rua Uruguai, mas transformando-o numtúnel metroviário. Com a inauguração das estações tijucanas do metrô em 1982, a ideia era levá-lo da Praça Saens Peña até a Rua Uruguai e, de lá, à Praça Antero de Quental, no Leblon. A estação da Rua Uruguai seria construída no espaço do então Colégio Batista Brasileiro, hoje ocupado pela Universidade Cândido Mendes, na Muda.



Linha Azul

Já a Linha Azul, ligando a Penha ao Recreio dos Bandeirantes que seria apenas uma via expressa como as demais, mais tarde veio a ser chamado deCorredor T5 prevendo a operação de linhas expressas com ônibus articulados com novo percurso, entre a Barra da Tijuca e a Penha.


50 anos após o projeto da Linha Azul, sai do papel como BRT Transcarioca com as características do T5 e ampliado até o Aeroporto Internacional Tom Jobim.


Terminal Alvorada - BRT Transcarioca
Atualmente, o Corredor Transolímpico, inaugurado em 2016 tem parte do seu traçado dentro do Plano Doxiadis, que corresponde ao da Avenida Salvador Allende entre o Recreio dos Bandeirantes e Curicica, o percurso a partir de Curicica continua com o Transcarioca.


Intervenções ao redor do novo terminal rodoviário no Recreio

Embora a Linha Azul fosse planejada tendo início na Avenida Lúcio Costapassando pelo Parque Marapendi, O Corredor Transolímpico inicia-se naAvenida das Américas, onde foi construído o Terminal do Recreio, possibilitando a integração com o Corredor Transoeste em obras ainda em 2017.



Linha Marrom

Com a previsão de transferência de atividades portuárias de carga para a Baía de Sepetiba, Doxiadis propõe que o antigo porto comercial da região central da cidade passasse a receber o serviço de cargueiros em geral e navios de passageiros.

A Linha Marrom (RJ-077), que deveria ligar a Região Portuária de Sepetiba à Linha Vermelha, no Caju, passando rente à encosta norte doMaciço da Pedra Branca e parte do Maciço da Tijuca, seguindo próximo à linha férrea em seguida.
Traçado da Linha Marrom

A construção da Linha Marrom, iria redistribuir o número de veículos trafegando na Avenida Brasil, agilizando o trajeto e otimizando o tempodo trafegante.

O trajeto planejado compreende:

Baixada de Inhaúma Rua Prefeito Olimpo de Melo
Rua Ana Neri
Rua Arquias Cordeiro
Rua Clarimundo de Melo

Maciço da Tijuca
Serra do Inácio Dias
Rua Luiz Beltrão
Serra do Valqueire
Rua Euzébio de Almeida

Maciço da Pedra Branca
Serra do Engenho Velho
Serra do Bangu
Serra do Viegas
Serra do Lameirão
Serra do Cabuçu

Maciço do Cantagalo/Inhoaíba
Estrada do Cantagalo
Serra do Cantagalo
Serra de Inhoaíba
Serra de Santa Eugênia

Baixada de Santa Cruz
Estrada de Santa Eugênia
Estrada de Santa Veridiana
Estrada do Piaí


REFERÊNCIAS

 AGACHE, Alfred. Cidade do Rio de Janeiro: extensão, remodelação, embelezamento.
FOYER Brésilien, 1927-30
CARDOSO, Elizabeth D. et al. História dos bairros: Saúde, Gamboa e Santo Cristo. Rio de Janeiro
João Fortes Engenharia, 1987
DOXIADIS. Guanabara: um plano para desenvolvimento urbano. Rio de Janeiro
Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação Geral, 1967
LAMARÃO, Sergio Tadeu de Niemeyer. Dos trapiches ao porto: um estudo sobre a área portuária do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro: Secretária Municipal de Cultura, Turismo e Esportes, 1991.