Caminhões e comerciais leves seriam beneficiados. Ainda há dúvidas sobre o impacto na indústria nacional
ADAMO BAZANI
Depois de alterar as alíquotas de importação de carros de passeio elétricos, elétricos híbridos ou movidos a hidrogênio, o Governo Federal confirmou que estuda reduzir a tributação sobre ônibus, caminhões tipo VUC – Veículo Urbano de Carga e veículos comerciais leves com este tipo de tração que poluem menos.
A confirmação foi revelada pela diretora de Indústrias de Equipamentos de Transporte do MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior, Margarete Gandini, ao Portal Brasil, site que é do governo.
No dia 27 de outubro deste ano, a Camex – Câmara de Comércio Exterior publicou a resolução de número 96 que passou a alíquota de importação de carros de passeio elétricos, híbridos ou a hidrogênio de 35% para alíquota zero, de 2%, de 4%, de 5% ou de 7%, dependendo da eficiência energética do veículo.
“Novas medidas estão sendo discutidas no âmbito do governo federal voltadas para os ônibus e os comerciais leves para entrega ponto a ponto, em grandes centros urbanos”.– disse a diretora.
Para os taxistas, uma das iniciativas estudadas é criar uma espécie de leasing para financiar as baterias dos veículos elétricos.
Em relação a ônibus, a dúvida é se a medida de estimular a importação não vai afetar a indústria nacional destes veículos de transportes coletivos mais limpos, podendo criar uma concorrência desigual ou mesmo não tornar inicialmente não vantajosa a produção local.
No Brasil, existem empresas que já fazem ônibus de tração elétrica, como a Eletra, de São Bernardo do Campo, que produz há mais de 30 anos ônibus elétricos híbridos, a bateria e trólebus, e a Volvo, em Curitiba, que desde 2012 mantém uma linha de produção de ônibus elétricos híbridos. A chinesa BYD já está treinando funcionários e fazendo protótipos na planta de Campinas, no interior de São Paulo. No entanto, dependendo da medida do governo, a empresa pode ser beneficiada porque até 2017 deve apenas montar no Brasil os ônibus feitos na China.
A diretora de Indústrias de Equipamentos de Transporte do MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior, Margarete Gandini, disse que com a medida de desonerar ônibus elétricos importados o governo quer aumentar a demanda interna para depois estimular a produção local.
Veja e ouça:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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