sexta-feira, 19 de maio de 2017

Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo decretam estado de greve e pode haver paralisação na próxima quarta-feira (24)

Categoria não aceitou nova proposta das empresas de ônibus para reajuste salarial e nos vales
ADAMO BAZANI
Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira, 18 de maio de 2017, os motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista decidiram decretar estado de greve.
Caso não haja acordo até terça-feira da semana que vem, na quarta-feira, 24 de maio de 2017, deve haver greve de ônibus em São Paulo, segundo o Sindmotoristas, sindicato da categoria. O objetivo é impedir a saída dos coletivos das garagens desde as primeiras horas do dia.
De acordo com a entidade sindical, os trabalhadores não aceitaram a nova proposta de reajuste por parte das empresas de ônibus.
O SPUrbanuss, que reúne as viações do subsistema estrutural (linhas maiores), ofereceu reajuste de 3,27% nos salários em parcela única e no ticket-refeição. A proposta anterior era reajuste de 3% nos salários, dividido em duas parcelas de 1,5%, sem proposta de aumento no valor do ticket.
O pagamento de PLR – Participação nos Lucros e Resultados não foi cogitado nas duas propostas dos empresários.
Os trabalhadores pedem 5% de reajuste real nos salários (além da reposição do índice inflacionário), com o mesmo percentual sobre o vale-refeição.
O Sindmotoristas também quer pagamento de participação nos lucros e resultados.
Em nota, o SPUrbanuss afirmou que o índice segue a inflação acumulada pelo Dieese e que não há como pagar participação nos lucros por causa da situação financeira do sistema de transportes na cidade de São Paulo:
As empresas de transporte urbano de passageiros, por meio do SPUrbanuss – Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo apresentaram proposta de reajuste salarial de 3,27%, índice apurado pelo DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, e o mesmo percentual de reajuste no tíquete refeição. Não há possibilidade de tratar de valor do PLR (Participação nos Lucros e Resultados), quando o próprio Sindicato dos Motoristas reconheceu, em carta aberta à população, que “a saúde financeira do transporte púbico está debilitada” e que “a Prefeitura deve às empresas do setor R$ 323 milhões”.
Nesta semana, o sindicato dos motoristas e cobradores ameaçou parar os terminais na terça-feira das 14h às 17h, mas após reunião com empresas de ônibus e Secretaria de Transportes, retomando as negociações, suspenderam o ato previsto.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Nenhum comentário:

Postar um comentário