quarta-feira, 13 de junho de 2018

Passagem de ônibus do Rio de Janeiro passa a custar R$ 3,95 a partir de sexta-feira

Atualmente, o valor da passagem é de R$ 3,60. Foto: Zé Ricardo Reis
Prefeito Marcelo Crivella confirmou o reajuste na tarde desta quarta-feira
JESSICA MARQUES
A passagem de ônibus do Rio de Janeiro vai custar R$ 3,95 a partir desta sexta-feira, 15 de junho de 2018. O reajuste foi confirmado pelo prefeito Marcelo Crivella, em entrevista à TV Globo, no Itanhangá.
O decreto ainda será publicado no Diário Oficial, para que o reajuste possa valer. Atualmente, o valor da passagem é de R$ 3,60.
O aumento foi definido em acordo entre a Prefeitura e os empresários de ônibus do Rio de Janeiro. Para que o reajuste ocorresse, o Rio Ônibus, sindicato que representa as empresas de ônibus, deveria retirar todas as ações contra o município, que totalizam um valor de R$ 180 milhões.
O processo de retirada das ações judiciais teve início em 4 de junho. A nova tarifa entraria em vigor apenas 10 dias após todas as ações terem sido retiradas.
Outra parte do acordo foi um cronograma de climatização e modernização de toda a frota até 2020, o que já foi estipulado.
GREVE DE ÔNIBUS
Nesta segunda-feira, 11 de junho de 2018, os rodoviários do Rio de Janeiro iniciaram uma paralisação. Acabar com a dupla função estava entre as reivindicações da categoria.
A greve de ônibus no Rio de Janeiro foi suspensa por 24 horas e a categoria trabalhou normalmente nesta terça-feira, 12.
O prefeito do Rio de Janeiro chegou a comentar a reivindicação.
Após assembleia realizada nesta terça-feira, 12 de junho de 2018, a categoria definiu que vai entrar na Justiça contra ação do Rio Ônibus impedindo fim da dupla função de motorista e cobrador.
A empresa protocolou uma ação que não permite que a Prefeitura do Rio de Janeiro regulamente a volta dos cobradores de ônibus na cidade, conforme foi estabelecido na Lei 6304/2017. O processo foi movido pelo Rio Ônibus, sindicato que representa as empresas do setor.
Uma liminar foi concedida pela juíza Ana Cecília Argueso Gomes de Almeida, da 14ª Vara de Fazenda Pública, em 26 de janeiro. Contudo, a juíza suspendeu os artigos que estabeleciam as punições para o caso do descumprimento da norma caso não houvesse cobrador nos ônibus.
As punições previstas eram retirar o ônibus de circulação e, se houvesse reincidência, suspensão da permissão da linha. Sem a previsão de punição, a lei não seria cumprida.
Quanto às questões salariais, inicialmente, a categoria pedia reajuste de 10% nos salários; pagamento de plano de saúde; vale alimentação de R$ 409,50; vale refeição de R$ 480; retorno da data-base para 1º de março; fim do acúmulo de função de motorista e cobrador; suspensão de multas e pontuação para haver prazo maiores para recursos e pagamentos de salários atrasados.
Após uma reunião com a presença do prefeito Marcelo Crivella, foi apresentada uma proposta que contempla reajuste de 7% nos salários e 50% na cesta básica, que passaria de R$ 200, para em torno de R$ 300. A categoria aceitou essas condições nesta terça.
Jessica Marques para o Diário do Transporte

Nenhum comentário:

Postar um comentário