quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Pelo segundo ano consecutivo, crise econômica impede realização de VVR, exposição de ônibus e caminhões antigos

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

onibus
Jardineiras e ônibus clássicos, além de caminhões, contam a história das cidades emn exposição
De acordo com o presidente da organização responsável pelo evento ,objetivo é voltar em 2017
ADAMO BAZANI
Por causa da crise econômica, a “VVR – Viver, Ver e Rever”, considerada a principal exposição do país que reúne ônibus e caminhões históricos com modelos dos anos de 1920 até os veículos da década de 1990, além de lançamentos, não vai ser realizada em 2016.
A informação foi divulgada hoje pelo presidente do Primeiro Clube do Ônibus Antigo Brasileiro, responsável pelo evento, Antônio Kaio Castro.
Ele explicou em nota de esclarecimento que mais uma vez o que impede a realização da exposição de veículos antigos que retratam a história das cidades e da sociedade é a questão econômica.
No ano passado a, VVR também deixou de ocorrer pelo mesmo motivo, segundo Kaio.
O evento faz parte do Calendário Turístico Oficial desde 04 de maio de 2011.
A VVR começou modesta, em 2004, numa reunião entre amigos na garagem da empresa de ônibus Expresso Redenção, na capital Paulista.
Inicialmente, a exposição era apenas de ônibus.
Por causa do grande número de pessoas interessadas pelo evento, em 2007 a VVR foi transferida para o Memorial da América Latina, ao lado dos terminais de trem, metrô e ônibus da Barra Funda, zona Oeste de São Paulo. No ano de 2008, foi aberta também a possibilidade de exposição de caminhões, além dos ônibus no evento.
Pela melhor localização, a VVR começou a ganhar mais público ainda, tanto de apaixonados por história e por veículos, como de pessoas que estavam passando pelo local e paravam para admirar as peças raras. A entrada sempre foi gratuita e para as próximas edições, o intuito é continuar não cobrando.
Confira nota de esclarecimento:
E S C L A R E C I M E N T O S – São Paulo, 25 de agosto de 2016.
Infelizmente vimo-nos na obrigação de divulgar aquilo que nunca imaginamos que um dia faríamos.
Até o presente momento não conseguimos concretizar muitas das medidas necessárias à realização da “VVR 2016 – Viver Ver e Rever – Encontro de Ônibus e Caminhões Antigos”. As dificuldades persistem, como imaginávamos, até este momento, e pela segunda vez estamos amargando uma não realização desse encontro.
Conforme nosso cronograma é em março de cada ano que iniciamos sua organização e desde então passamos a sentir os reflexos da “crise econômica” pela qual passamos.
Assim, com pesar, por conta das dificuldades que estamos a enfrentar optamos pela permanência da atual diretoria e pela não realização também este ano da “VVR 2016”, apesar do esforço de muitos.
Pedimos desculpas a todos que nos acompanham todos esses anos, àqueles que pela primeira vez estariam conosco, restaurando novas relíquias com o objetivo maior de participar de nossa exposição.
Muitas são as providências necessárias e a cada passo seus respectivos custos. Alvarás de licenças junto à Subprefeitura da Lapa, CET/DSV, Corpo de Bombeiros, taxas, emolumentos, plantão médico, dentre outras considerações e nossa entidade não tem, por si só, o aporte financeiro necessário.
Temos a personalidade jurídica necessária e muitos colaboradores. Não temos associados, temos uma diretoria e uma infinidade de colaboradores espontâneos.
Nosso agradecimento especial a todos os amigos, expositores/colecionadores, os grandes líderes protagonistas dessa festa, e deixamos desde já o convite para que nos prestigiem ano que vem na “VVR 2017”.
Não nos esquecendo dos merecidos aplausos à patrocinadora, em todos esses anos, Mercedes-Benz do Brasil Ltda., que através de seu Departamento de Marketing tem-nos prestigiado.
Antonio C. Kaio Castro – Presidente
Primeiro Clube do Ônibus Antigo Brasileiro
AS ESTRELAS DAS EDIÇÕES PASSADAS:
Carros de bombeiros do início do século passado, o ônibus GM PD 4104 Coach norte-americano todo prateado – 1956, da Turismo Santa Rita, as séries de caminhões da FNM, um dos primeiros modelos de trólebus da cidade de São Paulo ano 1949, o famoso Fofão (ônibus de dois andares da CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos, que circularam de 8 de setembro de 1987 até 1993), o Papa-Fila ( dos anos 50, precursor do ônibus articulado, que se tratava de uma grande carroceria para passageiros puxada por cavalo de caminhão e também foi usado pela CMTC), as jardineiras de madeira de 1928 da empresa Caprioli, o ônibus norte-americano escolar International, eram algumas estrelas de presença fixa, além de Monoblocos da Mercedes-Benz e modelos antigos como o Nimbus TR, Ciferal Flecha de Prata, Caio Amélia, Caio Gabriela, Caio Vitória e o lendário CMA Scania, da Viação Cometa e de colecionadores particulares.
O evento conseguiu atrair expositores e visitantes não só de São Paulo, como também de diversos outros estados.
Nas mais recentes edições, a VVR começou a ser chamada de VVR – a Evolução, já que começou também a apresentar alguns modelos que mostravam ao público o desenvolvimento dos transportes. Assim, entre novidades de cada edição puderam ser conferidos o Marcopolo Viale Volvo B12M, da Leblon Transporte de Passageiros (edição 2010), o ônibus Caio Millennium Scania a etanol, na época da VIM – Viação Metropolitana da Capital Paulista (edição 2011), o Caio Millennium Híbrido Eletra/Mercedes-Benz da Metra (edição 2011), Marcopolo Paradiso Mercedes Benz, de três eixos, da Viação Itapemirim (edição 2012), dois superarticulados Caio Millennium BRT da Metra e da Sambaíba Transportes (edição de 2014).
O evento, anual sempre em um final de semana de novembro, chegava a reunir mais de 25 mil visitantes e 80 veículos, entre ônibus e caminhões.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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