Programa de Demissão Voluntária não atingiu a meta. Sindicato promete manifestação
ADAMO BAZANI
A Mercedes-Benz confirmou nesta quarta-feira, 7 de setembro de 2016, que demitiu 370 funcionários da planta de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, a principal da marca alemã no Brasil.
O PDV – Programa de Demissão Voluntária, aberto pela empresa e que terminou ao meio-dia desta quarta-feira, teve adesão de 1047 funcionários. A empresa queria desligar 1400 trabalhadores por meio do programa.
“Após o término do programa e devido à necessidade de reduzir o seu quadro de pessoal em pelo menos 1.400 pessoas, a empresa confirma o encerramento do contrato de trabalho de cerca de 370 colaboradores que estavam em licença remunerada desde fevereiro deste ano por falta de atividade de trabalho … ”
A montadora de ônibus e caminhões também afirmou que vai chamar de volta 300 funcionários que estavam em licença remunerada e dar estabilidade até dezembro de 2017 para os trabalhadores que ainda estão na unidade, conforme acordo com Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
“aproximadamente 300 empregados, que estavam em licença remunerada, serão chamados de volta ao trabalho em razão de adesão interna ao PDV …. considerando o atingimento da redução necessária, a Mercedes Benz confirma o compromisso acordado em conceder estabilidade no emprego até dezembro de 2017 para os seus colaboradores na planta de São Bernardo”.
Por causa da crise econômica, que afeta o desempenho do mercado de veículos comerciais pesados, a Mercedes-Benz diz que precisa adequar a mão de obra ao nível vendas e que há um excedente de 2,5 mil trabalhadores na planta do ABC Paulista.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC calcula que em torno de 1600 trabalhadores saíram da Mercedes-Benz de maneira voluntária. Segundo Aroaldo Oliveira da Silva, vice-presidente do sindicato, o primeiro PDV teve 638 adesões em julho e agora pouco mais de mil.
O Sindicato promete fazer as manifestações e tentar reverter as demissões não voluntárias.
Pelos termos do acordo referente ao último PDV, o funcionário que aderisse, teria uma indenização de R$ 100 mil, independentemente do cargo e do tempo de casa, benefício que não se aplicou aos 370 cortados.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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