Deoclecio Corradi diz que está mais otimista agora com mercado de rodoviários, mas que urbanos e fretamento continuam na linha de produção
ADAMO BAZANI
O presidente da Comil, Deoclecio Corradi, adiantou ao Diário do Transporte, na FetransRio, evento de mobilidade que ocorreu no Rio de Janeiro entre os dias 23 e 25 de novembro, que a encarroçadora deve apresentar em breve a versão de 15 metros de comprimento do modelo Campione Invictus (de dois andares).
O chassi para carrocerias rodoviárias de 15 metros já estão sendo homologados. Na feira, por exemplo, a Volvo apresentou o B450R que recebeu carroceria da Marcopolo. A Mercedes-Benz também confirmou ao Diário do Transporte que vai produzir chassis com esta dimensão. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2016/11/25/fetransrio-2016-onibus-grande-para-pagar-a-conta/
“Na prancheta já há modelo de 15 metros também. Será um Campione Invictus DD para atender a esta maior dimensão”, disse Corradi
A empresa, com sede em Erechim, no Rio Grande do Sul, apresentou na feira o modelo para chassis de 14 metros.
O Invictus DD é uma das principais apostas para a Comil se recuperar no mercado.
Corradi também foi perguntado pelo Diário do Transporte a respeito da situação atual da empresa que está em recuperação judicial. Somente neste ano foi fechada a fábrica de Lorena, no interior de São Paulo, destinada a urbanos e demitidos de Erechim mais de 850 funcionários.
Corradi disse na entrevista que as versões do Invictus, tanto com piso único como DD, vão firmar um novo posicionamento da Comil no mercado de rodoviários.
“Nas próximas compras vamos estar entre os grandes frotistas. Os rodoviários anteriores ficaram um pouco para trás. [O Invictus] É o modelo mais robusto e firme. Ajustamos o design e os detalhes que os frotistas precisavam” – disse o executivo.
Uma das apostas da Comil em 2013 foi o Versatile Gold, destinado para fretamento.
No entanto, Corradi explicou que poucos meses depois, por causa já das instabilidades econômicas que começavam a ser sentidas na ocasião e que se agravaram neste ano, o segmento foi um dos principais prejudicados, influenciando assim nas vendas.
Os ônibus urbanos também foram prejudicados pela crise econômica e pela ausência de políticas em prol de mobilidade. Muitas das apostas dos legados da Copa e das Olimpíadas não se concretizaram.
Corradi destacou que a maior vocação hoje da Comil é o segmento de rodoviários, mas que os urbanos e micros continuam sendo produzidos.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Nenhum comentário:
Postar um comentário