Segundo sindicato dos motoristas e cobradores, ainda não pagaram a segunda parcela do 13º salários as companhias Tindiquera, São José Filial, CCD, Filial e Araucária Filial e Matriz
ADAMO BAZANI
Passageiros que usam ônibus das empresas Tindiquera, São José Filial, CCD, Filial e Araucária Filial e Matriz, que servem Curitiba e parte da região metropolitana devem estar atentos.
Segundo o Sindimoc, que é o sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus, estas empresas não realizaram o pagamento integral da segunda parcela do 13º salário e o valor do adiantamento salarial, o vale, que deve ser depositado sempre no dia 20.
Assim, os trabalhadores destas companhias de ônibus devem entrar em greve na manhã desta quarta-feira, 21 de dezembro.
Existe uma verdadeira troca de acusações entre empresas de ônibus, o poder público e o sindicato dos motoristas e cobradores.
O presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, acusa as empresas de não se interessarem para resolver o conflito com os trabalhadores.
Já as companhias de ônibus dizem que a Urbs – Urbanização de Curitiba S.A., gerenciadora do sistema, atrasa os repasses referentes aos passageiros transportados.
O Setransp, sindicato dos empresários, diz em nota que a dívida do poder público é de R$ 3,8 milhões.
O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) tentou, por vários dias, alertar sobre as consequências dos atrasos nos repasses da Urbanização de Curitiba (Urbs).
Lembrou que 12 mil motoristas e cobradores aguardam para hoje (20) o pagamento do vale e da segunda parcela do 13º salário, apelou para a importância do serviço de transporte para o comércio nesta época de compras de fim de ano e questionou o órgão gestor sobre o paradeiro dos recursos.
Não adiantou. A Urbs e a Prefeitura de Curitiba, embora cientes há tempos do problema, não conseguiram resolver o chamado “nó do transporte”.
Hoje, lembre-se novamente, dia do pagamento do vale e da segunda parcela do 13º salário, a Urbs deveria repassar R$ 4,6 milhões às empresas, mas só transferiu R$ 850 mil. O órgão gestor deve, portanto, R$ 3,8 milhões, referentes ao serviço já prestado nos dias 14, 15, 16, 17 e 18.
Na nota, o sindicato patronal alertou para a possibilidade de greve dos trabalhadores:
A consequência dos atrasos nos repasses é que algumas empresas não vão conseguir pagar integralmente seus colaboradores, o que pode levar a paralisações, com prejuízos à população de Curitiba e Região Metropolitana.
Já a Urbs diz que deve começar a regularizar os repasses em atraso.
Segundo a gerenciadora, o atraso aconteceu por causa de falta de recursos em caixa provocada pela redução nas vendas de crédito de transporte.
Para a Urbs, esse cenário tem uma relação direta com os altos índices de desemprego.
A Urbs também afirmou que as empresas de ônibus recebem antecipadamente 40% da receita das passagens, esse percentual representa os passageiros que pagam em dinheiro.
Os valores ficam diretamente para as empresas.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Nenhum comentário:
Postar um comentário