sábado, 21 de janeiro de 2017

Fabricantes de ônibus, de carros e do setor ferroviário se unem pelo hidrogênio nos transportes

hydrogen busÔnibus não emitem poluentes e no lugar de fumaça, liberam vapor d’água
No total, 13 empresas formaram um conselho e devem investir 10 bilhões de euros pelos próximos cinco anos
ADAMO BAZANI
Com agências internacionais
A Royal Dutch Shell, Total e outras 11 grandes empresas de diversos ramos vão se unir em um consórcio em prol da produção e desenvolvimento de produtos que utilizam hidrogênio como fonte de energia, em especial para o setor de transportes de passageiros.
Pelos próximos cinco anos, estes conglomerados devem investir em torno de 10 bilhões de euros em soluções que envolvam o hidrogênio.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 19 de janeiro de 2017, pelo CEO da Shell, Ben van Beurden.
“O mundo da energia está a mudar muito, muito rapidamente e o hidrogênio tem um enorme potencial”, disse de acordo com agências de notícias internacionais.
Entre as empresas envolvidas no consórcio estão Toyota, BMW, Daimler, Honda e Hyundai (com vistas à produção de carros e ônibus), a Liquide e a Linde (empresas de gás), a mineradora Anglo American Plc, a eléctrica y Engie SA, a ferroviária Alstom e a Kawasaki, fabricante de equipamentos.
Somente a Toyota, por exemplo, quer reduzir em até 90% as emissões de gás carbônico de seus veículos com uso de hidrogênio.
“Além dos transportes, o hidrogênio tem o potencial para apoiar a transição para uma sociedade de baixo carbono em várias indústrias e em toda a cadeia de valor”, diz a Toyota em comunicado transmitido pela agência Bloomberg.
NO BRASIL:
O Brasil é um dos poucos países no mundo que têm propostas para ônibus a hidrogênio ao lado de Estados Unidos, Alemanha, Japão e China.
Para o “Projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio”, que teve origem em 16 de janeiro de 2002, sendo lançado em novembro de 2006, foram investidos mais de US$ 16 milhões, sendo na época US$ 12,3 milhões do Global Environment Facility (GEF), aplicados por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e R$ 8,4 milhões da Finep, a agência do Governo Federal que financia pesquisa e inovação.
O primeiro veículo foi apresentado à população no dia 1º de julho de 2009. Outros três, mais modernos, deveriam estar operando em 2011, mas só foram lançados em 15 de junho de 2015.
O modelo anterior rodou muito pouco em testes pelo Corredor Metropolitano ABD, que liga São Mateus, na zona Leste de São Paulo, ao Jabaquara, na zona Sul, passando por municípios do ABC Paulista. Os outros três foram testados, inclusive em algumas viagens com passageiros, mas desde a metade de 2016 todos estão lacrados, encostados na garagem em São Bernardo do Campo, sem estimativa de prestarem serviços à população.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Um comentário:

  1. Particularmente entendo que os ônibus na atualidade NÃO poluem tanto quanto os milhares e milhares de caminhões existentes pelo Brasil e Latin-América. E o pior é que NÃO existe nenhum tipo de ação governamental que alcance o transporte de cargas nesta questão! Uma rápida olhada nas ruas de qualquer cidade se comprova: Caminhões e vans poluem muito mais do que ônibus mesmo porquê hoje a grande maioria das empresas de ônibus tem cuidado desta questão e as empresas existentes nas capitais compram o diesel metropolitano que é de melhor qualidade e é mais caro. No entanto qualquer ação para reduzir ainda mais a poluição ambiental é bem vinda, mas repito DESDE QUE também contemplasse os caminhões que HOJE poluem mais do que os ônibus.

    ResponderExcluir