terça-feira, 22 de setembro de 2015

Feira do Veículo Elétrico terá Ônibus com tecnologia DUAL

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

dual
Dual-Bus mescla num único veículo trólebus e elétrico híbrido. Modelo vai ser apresentado em Salão do Veículo Elétrico, na Capital Paulista. Fabricante Eletra também testa um ônibus que é elétrico puro (movido só com baterias) e elétrico híbrido. Foto: Randel Araújo – Texto: Adamo Bazani.
Evento ocorre no Expo Center Norte, na Capital Paulista. Modelo vai trafegar entre a Capital Paulista e a região do ABC
ADAMO BAZANI
Um veículo que ao mesmo tempo é um trólebus que opera ligado à rede aérea e um ônibus elétrico híbrido, que anda mesmo sem estar conectado aos fios. O Dual-Bus, como é chamado pelas fabricantes Eletra, Mercedes-Benz e Caio vai ser uma das atrações do “11º Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos, Componentes e Novas Tecnologias – Salão VE”, que ocorre entre esta quinta-feira e sábado de 24 a 26 de setembro, no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, das 12 h às 20h. As visitações são gratuitas.
O evento deve reunir outros fabricantes de ônibus, como BYD e Volvo, além de indústrias de carros e pequenos caminhões movidos à eletricidade e bicicletas elétricas.
O veículo Dual-Bus, com motor elétrico WEG, que vai ser apresentado pela Eletra, tem duas tecnologias embarcadas. Com 23 metros de comprimento e configurado para circular em parte do Corredor Metropolitano ABD, operado pela Metra, é superarticulado com 23 metros de comprimento e capacidade para 180 passageiros, e tem como a flexibilidade como uma das principais novidades.
Conectado à rede aérea, como um trólebus, não emite nenhum tipo de gás poluente na operação. O mesmo veículo, entretanto, pode operar sem depender da rede aérea quando for selecionado o modo elétrico-híbrido. Neste modo, o funcionamento de um motor gerador a diesel ou biodiesel alimenta o motor elétrico. A tecnologia é de ônibus híbrido em série ou seriado, ou seja, ambos motores, o elétrico e o propulsor a combustão funcionam juntos constantemente, mas é só o motor elétrico que faz o ônibus se mover. Como o motor diesel só serve para a geração de energia, ele pode ser de menor cilindrada que o propulsor convencional de um ônibus, gerando menos poluição e barulho. O motor desenvolvido para o projeto é de 7 litros em vez de 12 litros.
Também é possível que o modelo opere apenas com a energia armazenada nas baterias, independentemente de rede área e da geração do motor combustível. Neste caso, o veículo pode reunir as tecnologias de elétrico puro e trólebus.
“A possibilidade de o mesmo ônibus operar como elétrico híbrido ou trólebus ou elétrico puro agrega vários benefícios para a operação, pois com a mesma frota é possível atender vários sistemas. Além disto  a matriz energética pode ser modificada de acordo com a evolução da tecnologia de geração e armazenamento ou mesmo dos custos envolvidos. Por exemplo, uma frota de híbridos pode se transformar em trólebus ou elétrico puro e vice-versa, ou seja, um ônibus elétrico desenvolvido pela ELETRA pode operar com duas fontes distintas de energia ou trocar estas fontes de acordo com as demandas exigidas para o sistema de transporte. Esta flexibilidade permite que o Gestor Público tenha mais segurança na especificação das frotas com menos emissão, já que a tecnologia pode evoluir no mesmo ônibus.” – disse em nota a gerente comercial da Eletra, Iêda Maria Alves Oliveira.
Com chassi Mercedes-Benz O-500 UDA, de piso baixo, tem quatros eixos, sendo dois depois da articulação. O quarto eixo é direcional, o que facilita as manobras pelo fato de o veículo ser comprido.
Além do modelo que vai ser apresentado que mescla trólebus com ônibus elétrico híbrido, a Eletra testa um ônibus elétrico puro e elétrico híbrido, sem a configuração trólebus.
O veículo, segundo a fabricante de tecnologia, pode operar até 20 quilômetros como elétrico puro, apenas com a energia das baterias, sem perda de desempenho.
“Essa nova tecnologia facilitará a entrada dos ônibus elétricos no sistema de transporte, pois as frotas híbridas podem migrar para elétricos puros ou trólebus, mudando apenas a geração de energia”, explica Iêda na nota.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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