quarta-feira, 1 de março de 2017

Carnaval 2017: Os ônibus que desfilaram antes e depois de os passistas brilharem

Ônibus se preparando em comboio para servir escolas de samba em São PauloÔnibus se preparando em comboio para servir escolas de samba em São Paulo
Centenas de ônibus são utilizados para o transporte de passistas de diversas regiões da cidade
ADAMO BAZANI
Você já imaginou a estrutura necessária para que o Carnaval se torne um verdadeiro espetáculo?
São milhares de profissionais de diversos ramos que atuam no anonimato para que passistas e destaques, muitos deles famosos, venham a brilhar nas passarelas do Samba.
Entre esses, profissionais estão os trabalhadores do setor de transportes. Muitos não sabem, mas a SPTrans – São Paulo Transporte, que gerencia o sistema da capital paulista, seleciona empresas de ônibus da cidade para fazerem o transporte dos passistas que vão ao Sambódromo do Anhembi.
Os veículos levam os integrantes da escola de samba tanto do Grupo de Acesso como do Grupo especial. Os ônibus saem dos barracões e de pontos estratégicos escolhidos pelas agremiações.
Fazendo parte do custo do Carnaval bancado, em parte pelo poder público, o serviço muitas vezes já transporta os passistas parcialmente fantasiados. Os detalhes finais das fantasias são colocados no Sambódromo.
Para as empresas de ônibus, é necessário mobilizar um verdadeiro batalhão.
A Transwolff , que opera na zona sul de São Paulo, foi uma das empresas selecionadas. A companhia disponibilizou 130 ônibus, dois veículos de socorro, 45 motos e três viaturas operacionais que escoltaram os coletivos desde a garagem, que fica na Capela do Socorro, também na zona sul, até o Anhembi.
Foram atendidos, em três dias de operação, 8 mil passistas de três escolas de samba: Mocidade Alegre, Unidos do Peruche, ambas na zona norte, Estrela do Terceiro Milênio, com no Grajaú, zona Sul.
Ao todo, foram mobilizados 200 funcionários entre motoristas, segurança, mecânicos e agentes operacionais.
Segundo a empresa, um dos trajetos mais longos foi para levar e trazer passistas da escola de samba Estrela do Terceiro Milênio, escola de samba que desfilou no grupo de Acesso, que fica no Grajaú. Foram quase 80 km para leva e trazer os passistas.
O diretor-presidente da Transwolff, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, destacou que foi a primeira vez que a empresa realizou este tipo de transporte e disse que operação não registou incidentes.
“É prazeroso para a empresa ter participado diretamente do carnaval da cidade. E o mais importante não houve nenhum acidente. Transportamos milhares de passistas em segurança”
Foram convocadas para o transporte das escolas de samba, tanto empresas do subsistema estrutural, aquele que envolve as viações mais tradicionais e que operam linhas maiores com veículos de grande porte, como as empresas do subsistema local, que surgiram a partir das cooperativas.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Um comentário:

  1. Excelente matéria! Apenas uma coisa me deixa perplexo! Como uma cooperativa consegue se transformar em empresa de ônibus normal ? Se analisarem o termo COOPERATIVA entenderão a minha dúvida. No aspecto legal verifico que esta transformação foi totalmente irregular!

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