Em dois anos, outras seis companhias fecharam as portas. Fetranspor e RioÔnibus temem doze falências
ADAMO BAZANI
A situação das empresas de ônibus do Rio de Janeiro, dos trabalhadores do setor e dos passageiros não vai nada bem.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro, Sebastião José da Silva, ao G1 Rio, seis empresas estão operando no vermelho e tem atrasado salários e benefícios.
“Essas empresas estão há seis meses sem conseguir fazer seus pagamentos em dia. O pagamento deveria ser no quinto dia útil e está saindo lá pelo dia 20”
As companhias de ônibus apontam como a principal causa para o quadro a queda no número de passageiros. Ente janeiro em setembro do ano passado, foram 48 milhões de passagens a menos.
O Diário do Transporte vem noticiando a situação desde 2015, quando houve o fechamento das primeiras companhias. Desde então, seis deixaram de operar.
Em dezembro, a Fetranspor e o RioOnibus, unidades sindicais que representam as empresas de ônibus do Estado do Rio de Janeiro e da capital, respectivamente, disseram temer que ao menos doze companhias entrem em falência em 2017, se a situação persistir. O fechamento das seis viações provocou a demissão de 3,9 mil trabalhadores diretos.
Além da crise econômica, que diminui o número de passageiros no sistema, em especial com o vale-transporte, os investimentos insuficientes para dar mais eficiência ao sistema e erros na reformulação das linhas municipais ajudam a explicar o quadro.
EMPRESAS DE ÔNIBUS QUE JÁ FECHARAM NO RIO DE JANEIRO:
2016:
– Auto Viação Bangu (Consórcio Santa Cruz)
– Algarve (Consórcio Santa Cruz)
2015
– Translitorânea (Consórcio Intersul)
– Rio Rotas (Consórcio Santa Cruz)
– Andorinha (Consórcio Santa Cruz)
– Via Rio (Consórcio Internorte)
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Fonte: Diário do Transporte
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