terça-feira, 21 de novembro de 2017

Ônibus no Rio de Janeiro funcionam normalmente


Empresas e trabalhadores dizem que transportes no Rio de Janeiro estão em crise
Paralisação estava marcada para esta manhã, mas sindicato decidiu seguir determinação judicial
ADAMO BAZANI
Os serviços de ônibus no Rio de Janeiro estão normais na manhã desta terça-feira, 21 de novembro de 2017.
O sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus do Rio – Sintraturb chegou a anunciar uma paralisação contra atrasos nos pagamentos de salários e outros benefícios e pedindo também reajuste de 10%, já que a categoria está há 17 meses sem receber aumento.
A paralisação deveria ocorrer entre às 4h e às 9h, desta terça-feira, entretanto, uma decisão judicial após recurso do Rio Ônibus, sindicato que reúne as companhias de transporte, que determinava multa e até prisão de líderes sindicais, a entidade trabalhista decidiu não realizar o protesto.
O Sintraturb chegou a recorrer no Tribunal Superior do Trabalho – TST e no Supremo Tribunal Federal – STF para reverter a decisão estadual, mas não obteve resposta a tempo.
Os manifestantes nas garagens não impedem a circulação dos coletivos, mas erguem placas e cartazes com mensagens evidenciando a crise dos transportes no Rio.
Em nota, o Rio Ônibus diz que apesar da crise que os transportes na cidade estão passando, não é o melhor momento para haver uma paralisação
Dados do Centro de Controle e Operação do Rio Ônibus informam que cerca de 80% da frota total do município estava circulando nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (21/1), o que é considerado normal, comparando com um dia comum.
Nesta segunda-feira, o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho Marcos Cavalcante manteve a decisão de proibir o Sindicato Municipal dos Trabalhadores Empregados em Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Rio de Janeiro (Sintraurb) de “efetuar, comandar, coordenar ou incentivar” a paralisação dos motoristas nesta terça-feira.
Na decisão, o magistrado considerou que o sindicato da categoria não avisou previamente as empresas e as autoridades municipais, e que a paralisação causaria prejuízos à população do município do Rio de Janeiro.
O Rio Ônibus reitera que uma paralisação neste momento em nada contribuiria para a solução de problemas que têm impactado as empresas e, consequentemente, os rodoviários; e que está aberto ao diálogo  com a categoria e as autoridades municipais. 
As empresas de ônibus dizem que estão atrasando salários e benefícios e que não podem conceder o reajuste devido principalmente às últimas reduções do valor das tarifas por determinação judicial e o congelamento praticado neste ano pelo governo municipal Marcelo Crivella.
Em entrevista exclusiva ao Diário do Transporte, o presidente do Rio Ônibus, Cláudio Callak, diz que ao menos 15 viações não pagarão até o final do ano o 13º salário e que não acredita em solução para os transportes da cidade em curto prazo.
Relembre:
 Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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