sábado, 7 de maio de 2016

Haddad quer que Bilhete Único seja usado para pagar táxi e Uber. Arrecadação pode ir para corredores de ônibus

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

Bilhete Único Uber
Objetivo, na versão da prefeitura, é integrar transportes por aplicativos com transporte público
Estudos já estão em andamento na prefeitura. Uber poderia render receita extra de quase R$ 55 milhões por ano
ADAMO BAZANI
A gestão do prefeito Fernando Haddad estuda a possibilidade do uso do Bilhete Único dos ônibus para o pagamento de corridas de táxis por aplicativos e de sistemas de transportes privados como o Uber. Os táxis comuns não seriam contemplados. O pagamento se daria pelo próprio aplicativo e não no veículo. Assim, os carros não teriam os validadores como os ônibus.
A possibilidade do uso do sistema do Bilhete Único Pode deve ser incluída na regulamentação de transporte privado por aplicativo que será feita por decreto pelo prefeito Fernando Haddad
De acordo com a SP Negócios, empresa da prefeitura que vai elaborar a regulamentação, seria uma forma de integrar o transporte público e transporte privado, beneficiando principalmente quem hoje usa o carro particular para chegar ao sistema de ônibus, trem e metrô.
Como já existe a modalidade de compartilhamento de carros do Uber entre passageiros que não se conhecem, mas vão para destinos semelhantes, com o uso do Bilhete Único, Haddad estaria criando mais uma forma oficial de lotação em São Paulo.
Atualmente o Bilhete Único é usado nos ônibus municipais de São Paulo, no Metrô, na CPTM e para aluguel de bicicletas.
A regulamentação deve prever que os aplicativos paguem ao sistema municipal créditos de viagens para operar. Cada crédito pode custar entre 10 centavos e 14 centavos por quilômetro, dependendo da região atendida ou do horário.
A administração Haddad calcula que a regulamentação do Uber e de outros aplicativos para transporte pode render ao município arrecadação de R$ 54,7 milhões por ano.
Ainda de acordo com a regulamentação estudada, o dinheiro seria destinado exclusivamente para transportes e obras viárias, incluindo os corredores de ônibus para os quais hoje a prefeitura não tem verbas suficientes para alcançar a meta de 150 quilômetros até o final do ano.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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