segunda-feira, 9 de maio de 2016

Marcopolo: Com estudos para eventual fechamento de fábricas, jornada de trabalho é flexibilizada mais uma vez

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

micrão
Ônibus Marcopolo. Jornada será reduzida de acordo com a produção.
Acordo prevê paralisação dos setores por nove dias por mês e é válido até julho, atingindo as unidades de Caxias do Sul
ADAMO BAZANI
Trabalhadores das duas unidades da Marcopolo em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, aprovaram com 80% dos votos a adesão a mais uma flexibilização de jornada de trabalho.  A votação foi realizada na quinta-feira, dia 5 de maio de 2016, e apuração foi na sexta-feira, dia 6.
Houve a participação dos 6,5 mil trabalhadores das duas plantas. Pelas regras, os setores da empresa poderão parar total ou parcialmente por até nove dias por mês. Das horas que não forem trabalhadas, 50% devem ser pagas pela Marcopolo e a outra metade será descontada dos salários. O número de dias parados vai variar de acordo com a demanda de produção.
Esta flexibilização de jornada de trabalho vale entre maio e julho. Já é a segunda vez neste ano que empresa adota a medida.
A Marcopolo vem tentando se ajustar à queda expressiva da demanda por veículos de transporte coletivo, por causa da crise econômica e fiscal pelo descontrole das contas públicas na administração de Dilma Rousseff. O Blog Ponto de Ônibus noticiou que nesta terça-feira, 3 de maio de 2016, a direção da Marcopolo, em teleconferência, com analistas diz que estuda a possibilidade de fechar unidades no País. A possibilidade faz parte de um plano diretor da Marcopolo que está em andamento e visa reduzir custos e aumentar a eficiência da empresa. A unidade da Neobus, encarroçadora com participação majoritária da Marcopolo, em Três Rios, no Rio de Janeiro, está entre as mais cotadas para ser desativada, caso haja necessidade. Confira clicando neste link: http://wp.me/p18rvS-6mv
A unidade da Neobus em Três Rios foi inaugurada em 2014 e recebeu investimentos na ordem de R$ 100 milhões.
O lucro líquido da Marcopolo teve queda de 74% no primeiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015, quando passou de R$ 34 milhões para R$ 8,8 milhões.
O faturamento baixou 34,8% no mesmo intervalo de tempo, passando de R$ 656,8 milhões no primeiro trimestre deste ano para R$ 428,3 milhões no intervalo de janeiro a março de 2015.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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