terça-feira, 19 de abril de 2016

Até o final deste ano nenhum ônibus em Campinas vai receber dinheiro para pagamento de passagem

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

onibus
Ônibus em Campinas. MPT diz que motorista não pode dirigir e cobrar ao mesmo tempo, mas cobradores não devem voltar
Acordo com Ministério Público do Trabalho é para acabar com dupla função
ADAMO BAZANI
O MPT – Ministério Público do Trabalho de Campinas, no interior de São Paulo, informou nesta terça-feira, 19 de abril de 2016, que foi firmado um acordo entre o órgão, a Emdec- Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas e as companhias de ônibus para eliminar o uso de dinheiro para pagamento de tarifa nos veículos do transporte municipal até o final deste ano.
De acordo com a promotoria, o objetivo da medida é acabar com a dupla função, na qual o motorista dirige e cobra passagem ao mesmo tempo.
A mudança se dará aos poucos.  Durante 30 dias, as empresas de ônibus e a Emdec vão realizar testes com 20 máquinas de autoatendimento. Depois, dentro de um prazo de 60 dias, haverá a instalação destes aparelhos.
As companhias de ônibus também estudam a possibilidade de pagamento de tarifas com cartão bancário. Testes com equipamentos que possibilitam esta forma de pagamento são realizados em Jundiaí, também no interior paulista, e devem ocorrer ainda no final deste semestre na região metropolitana de Curitiba.
Algumas cidades já não permitem mais pagamento com dinheiro dentro dos coletivos, como São José dos Pinhais, também na região metropolitana de Curitiba.
O prazo de 180 dias para o término de circulação de dinheiro em Campinas dentro dos ônibus vai ser contado a partir de 1º de maio, após os testes com equipamentos de autoatendimento.
Como a retirada dos cobradores de ônibus do sistema municipal de Campinas, desde outubro de 2014 as empresas e a prefeitura tentam fazer com que deixe de circular dinheiro dentro dos coletivos, mas até o momento nenhuma medida teve sucesso.
As empresas de ônibus chegaram a vender cartões eletrônicos dentro dos ônibus, mas em junho de 2015 o pagamento direto com dinheiro voltou a ser aceito.
O Ministério Público do Trabalho informou que a quantidade de passageiros que pagam com dinheiro é maior do que alegado pelas empresas.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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