segunda-feira, 18 de abril de 2016

LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES: Tatto diz que chegou ao limite e prefeitura deve renovar mais uma vez contratos

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

Renovações com empresas de ônibus terão de ser emergenciais já que máximo permitido de  aditamentos foi alcançado. Secretário disse em entrevista que tarifa zero será “inevitável”.
onibus
Ônibus em São Paulo. Tatto diz que tribunais de conta não podem ter ingerência política.
ADAMO BAZANI
Barrado desde 11 de novembro de 2015 pelo TCM – Tribunal de Contas do Município, o processo de licitação do sistema de transportes da capital paulista, que deve definir o modelo de prestação de serviços por ônibus pelos próximos 20 anos com os contratos renováveis por mais 20 anos, segue sem nenhuma definição.  O conselheiro Edson Simões, apontado como desafeto político do prefeito Fernando Haddad, levantou 49 questões sobre o processo de licitação e no dia 18 de novembro, o plenário do TCM referendou a posição de Edson Simões, acrescentando ainda outras 13 dúvidas a respeito dos três editais do sistema: para linhas estruturais, locais de articulação e locais de distribuição.
Por causa desta demora, a Prefeitura de São Paulo deve mais uma vez renovar entre os meses de maio e julho pelo menos 21 contratos de operação com as empresas de ônibus tradicionais e as empresas que surgiram a partir das cooperativas, mudança esta para os perueiros se prepararem justamente para licitação.
Os primeiros contratos a serem renovados novamente são os correspondentes a área 4 Leste da capital paulista. Os dois contratos somam R$ 199 milhões, sendo um de R$ 121 milhões e outro de R$ 78 milhões.
Estes contratos da Zona Leste de São Paulo estão sendo renovados desde outubro de 2013, quando Fernando Haddad descredenciou a empresa Itaquera Brasil, antiga Novo Horizonte, por má prestação de serviços e greves consecutivas.
O Consórcio Leste 4, com a Novo Horizonte (depois Itaquera Brasil), Happy Play e cooperativa Nova Aliança foi alvo de denúncias do Ministério Público por problemas como confusão jurídica e desvios de recursos. No lugar destas empresas opera agora a Express, cujos diretores (atuais e no momento de transição) atuaram nas companhias descredenciadas.
Esses contratos da zona Leste São renovados a cada seis meses em caráter emergencial.
Os outros 19 contratos vencem em julho e somam aproximadamente R$ 1 bilhão.
Destes 19, 12 são referentes ao subsistema local, operado justamente pelas ex-cooperativas. Os valores variam por semestre, entre R$ 133 milhões para região sudeste e R$ 148 milhões de para a noroeste.
Em relação a sete contratos do sistema estrutural, a prefeitura além de não ter a mesma possibilidade de exigir qualidade como numa concessão após licitação, há o problema do limite de aditamentos. Os dois aditamentos contratuais previstos em lei já foram esgotados. A renovação pode ser emergencial e não por aditamento. O poder público deve ser cauteloso, porque juridicamente há a possibilidade de a prefeitura ser acusada de improbidade administrativa, caso extrapole o número de aditamentos.
A licitação deve remodelar os transportes na cidade de São Paulo, reduzindo o número de ônibus, mas aumentando o total de viagens e lugares disponíveis nos veículos, segundo a prefeitura, com a eliminação de linhas sobrepostas e substituição de micro-ônibus por micrões ou convencionais e de ônibus padron por articulados e superarticulados.  O passageiro deve ter de fazer mais baldeações.
Dos atuais 14 mil 878 ônibus a frota deve ter 13 mil 057 veículos, mas, na promessa da prefeitura, o total de viagens deve subir 17%. Hoje são atuais 186 mil por dia e devem passar para 217 mil. Já os lugares disponíveis nos ônibus devem subir 14% de 996 mil para 1,1 milhão.
TATTO DIZ: CHEGAMOS  AO LIMITE –
A postura do TCM – Tribunal de Contas do Município em relação à licitação do sistema de ônibus na capital paulista provoca mais uma vez desconforto na administração Haddad e é mais uma página da relação entre a prefeitura e a corte.
Somente em relação a trânsito e transportes, o TCM barrou, na maioria das vezes com análise do conselheiro Edson Simões, licitações como da inspeção veicular, dos edifícios garagens e de corredores de ônibus.
Em entrevista à RBA – Rede Brasil Atual, site informativo com orientação relacionada ao PT, o secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto ,disse que a pasta chegou ao limite das respostas.
“Chegamos em um limite das nossas respostas. Chegou o momento de o tribunal (TCM) dizer o seguinte: libera a licitação ou não libera. É uma decisão política do tribunal …. Do ponto de vista técnico, nós respondemos tudo. E agora estamos aguardando o tribunal liberar a licitação, que é boa para a cidade. E por quê? Porque o sistema proposto é voltado para o longo prazo, permite fazer o financiamento dos ônibus e não degradar o sistema, você proporciona maior segurança jurídica”
Tatto também afirmou que há o risco de os tribunais de conta terem mais ingerência política que posturas técnicas:
“Confunde o que é área técnica e o que é ingerência política. E às vezes os tribunais têm ingerência política. Um representante do tribunal que fala assim, ‘Por que tem de ser concessão?’, enquanto a lei define que tem de ser concessão, então, nesse caso não tem de explicar nada. A lei definiu, é um imperativo. Isso é um problema e pode virar um câncer do ponto de vista de uma contaminação dos tribunais de contas. E eu temo que isso possa acontecer de uma forma mais acentuada no Brasil e particularmente em São Paulo.”
TARIFA ZERO SERÁ “INEVITÁVEL”, DIZ TATTO:
Ainda na entrevista ao repórter Helder Lima, da RBA, Jilmar tatto disse que no futuro a tarifa zero será inevitável, assim como hoje a saúde é gratuita e universal.
Tatto, no entanto, criticou a forma de discussão apresentada pelo MPL – Movimento Passe Livre.
O secretário afirmou que é preciso discutir fontes de financiamento, como a criação de uma Cide municipal, imposto sobre combustíveis, e a obrigação de todos os empregadores pagarem vale-transporte, independentemente se o funcionário usar ou não. Tatto comparou este método ao sistema S.
“Ela é inevitável. É uma tendência, assim como a saúde gratuita e universal, ou a educação, e o transporte também. Não tenha dúvida sobre isso. E cada vez mais, hoje já é quase 50% (tarifa subsidiada)…. O que não pode é a tarifa zero ser financiada pelo usuário, a parte mais fraca da cadeia do transporte. Você discutir a tarifa zero sem discutir fontes de financiamento sobra para a parte mais fraca. Eu acho que esse é o grande erro do Movimento do Passe Livre. Eles gostam quando eles precisam do direito, mas não de quem paga. Tem de tomar cuidado, por isso que eu defendo que é preciso discutir novas fontes de financiamento. Eu trabalho em duas fontes nessa questão. Uma é a Cide municipal – fazer com que o usuário do carro pague um percentual do combustível para financiar o transporte público, tem uma PEC para isso. E a outra é universalizar o vale-transporte, fazer com que todos que têm empregados contribuam com o vale-transporte.  O empregador tem de colocar o vale-transporte para o empregado, ele usando ou não, mas esse dinheiro não vai para o empregado e sim para um fundo e se o empregado não usar, o dinheiro fica para o sistema. É universalizar o vale-transporte. É como no sistema S, a pessoa usando Sesc, Senac, o empregador paga, e ninguém questiona se o empregado usou ou não. É a mesma coisa em relação ao vale-transporte. Você tem o subsídio que é uma parte importante, o usuário paga uma parte, o vale-transporte paga outra parte, e o usuário do carro paga outra parte.”
Confira a entrevista completa em: RBA
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
A LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES EM SÃO PAULO:
A concessão é por 20 anos renováveis por mais 20 anos, num valor de R$ 166,1 bilhões. A prefeitura promete reformular linhas, eliminando sobreposições, quando mais de uma linha faz trajetos semelhantes. Com isso, devem aumentar a quantidade de baldeações que o passageiro terá de fazer para conseguir terminar seu itinerário diário.
A extensão de algumas linhas deve diminuir. Na apresentação dos editais, a prefeitura informa que hoje a “extensão média das linhas é de 27,5 km, considerando a soma de ambos os sentidos. A diferença da extensão média das linhas locais para as estruturais é da ordem de 9 km, com uma média em torno de 31 km para as estruturais e de 22 km para as locais”
Por causa desta racionalização das linhas, a prefeitura propõe nos editais o aperfeiçoamento das integrações dentro dos terminais e nos chamados pontos de conexão que são paradas de ônibus nas principais vias da cidade que devem ser identificadas por letras de A a D, localizadas próximas de cruzamentos. Segundo a prefeitura, a identificação das paradas seguirá uma lógica para o passageiro não se confundir na hora de trocar o ônibus e prosseguir a viagem
O sistema vai ser dividido em três grupos, de acordo com o tipo de linha que vai ser prestada.
GRUPOS DE LINHAS:
– Grupo Estrutural, que vai contar com as linhas de maior demanda ligando as regiões da cidade até o centro (linhas radiais) e a linhas ligando regiões diferentes em corredores de ônibus ou vias de grande movimento (linhas perimetrais).
– Grupo Local de Articulação Regional, que vai ter linhas entre as centralidades de regiões diferentes ou entre as regiões e o centro da cidade sem passar por corredores ou vias de maior fluxo.
– Grupo Local de Distribuição, com linhas dentro das regiões, normalmente ligando os bairros aos terminais locais de ônibus ou estações do Metrô e da CPTM. Neste grupo também serão incluídas as redes rurais.
REDUÇÃO DE FROTA E AUMENTO DE VIAGENS E LUGARES:
Os editais confirmam a redução de frota no sistema de transportes já anunciada. Dos atuais 14 mil 878 ônibus a frota deve ter 13 mil 057 veículos. Segundo a prefeitura, isso será possível pelo fim das sobreposições de linhas. A reserva técnica deve ser de 7%, que corresponderão aos ônibus-reserva que devem estar prontos para ser acionados em caso de necessidade.
Ainda de acordo com o poder público, haverá mesmo com a redução de frota aumento na oferta de lugares pelo fato de os ônibus ficarem mais rápidos em viagens curtas e pela ampliação da quantidade de veículos de maior porte como articulados e superarticulados no lugar de ônibus convencionais e midiônibus e convencionais no lugar de micros.
O total de viagens deve subir 17%. Hoje são atuais 186 mil por dia e devem passar para 217 mil. Já os lugares disponíveis nos ônibus deve subir 14% de 996 mil para 1,1 milhão.
Grupo Estrutural – Cinco lotes e frota referência de 4 mil 171 ônibus
Grupo Local de Articulação Regional nove lotes e frota referência de 3 mil 879 ônibus
Grupo Local de Articulação Regional treze lotes e frota referência de 5 mil 007 ônibus
TARIFA:
O menor valor de tarifa proposto pelas concorrentes será o principal critério para definir as empresas que vão operar os transportes na cidade de São Paulo pelo próximos 20 anos ou 40 anos, se o contrato for prorrogado pelo prazo máximo permitido nos editais. Não significa, no entanto, que esta menor tarifa seja repassada para o usuário. Ela se refere à remuneração por passageiro transportado e varia de acordo com o lote dentro dos grupos operacionais. Itens como experiência, disponibilidade de frota e documentação também serão considerados para definir os vencedores.
REDES DE SERVIÇOS DE ÔNIBUS:
Haverá também redes de serviços, a exemplo da atual Rede da Madrugada. São linhas que operam de forma contínua na cidade, da Rede Referência, ou em ocasiões específicas, como nos horários de pico ou aos fins de semana:
REDES DE SERVIÇOS:
Serão quatro tipos de serviços, classificados como redes:
– Rede de Referência: Dias úteis e sábados
– Rede de Reforço: Com linhas que só vão operar nos horários de pico
– Rede de Domingos e Feriados: Com linhas e horários específicos para estes dias
– Rede da Madrugada: Já em vigor, hoje com 151 linhas que operam entre a meia noite e quatro da manhã.
OPERAÇÃO CONTROLADA / CCO:
Para acompanhamento e gestão dos serviços de ônibus, os editais prevêem a criação de uma Operação Controlada por meio de um CCO – Centro de Controle Operacional, cujos investimentos devem partir das empresas vencedoras da licitação. O centro vai monitorar em tempo real os ônibus na cidade, além de ajudar na tomada de decisões rápidas, como desvios de linhas em casos de eventualidades e readequações dos horários, vai ser um instrumento para fiscalização do sistema, detectando problemas como atrasos ou não realização das viagens.
A operação controlada, de acordo com a SPTrans, teve os primeiros testes, mesmo sem o CCO exigido, na rede de linhas de ônibus da madrugada.
IDADE DE FROTA:
Os ônibus, midiônibus e vans do Atende devem ter no máximo dez anos de fabricação do chassi e a frota por empresa uma média de cinco anos. Trólebus e outros tipos de ônibus elétricos vão poder ter até 15 anos de fabricação. Já os mini e micro-ônibus podem ter até sete anos de fabricação :
É vedada a qualquer tempo a prestação dos serviços com veículo cuja idade de fabricação do chassi seja superior a 10 (dez) anos. A frota para prestação dos serviços deverá ter idade média de, no máximo, 05 (cinco) anos. 3.27.1. Para a frota com tração elétrica, a idade máxima do veículo será de 15 (quinze) anos, não se aplicando, neste caso, as regras referentes à idade média da frota prevista no item 3.27. 3.27.2. Considerando o ano em que o(s) veículo(s) atingir(em) a vida útil máxima, a respectiva concessionária deverá proceder da seguinte forma: 3.27.2.1. Deverá apresentar, até o mês de setembro do ano que anteceder o ano de vencimento da vida útil do(s) veículo(s), um cronograma de substituição deste(s) por veículo(s) novo(s); 3.27.2.2. Deverá apresentar também o(s) pedido(s) de compra do(s) veículo(s) de acordo com o cronograma estipulado no subitem 3.27.2.1 com antecedência mínima de 03 (três) meses da(s) inclusão(ões) do(s) novo(s) veículo(s);3.27.2.3.A operação do(s) veículo(s) será permitida até o penúltimo dia do ano em que este atingir sua vida útil máxima. A partir de então será(ão) automaticamente excluido(s) do Sistema de Transporte Coletivo Público de Passageiros.
É vedada a qualquer tempo a prestação dos serviços com veículo cuja idade de fabricação do chassi seja superior a 10 (dez) anos para ônibus, midiônibus, ATENDE e superior a 07 (sete) anos para os miniônibus.
3.28.1. Para a prestação dos serviços, a frota de ônibus e midiônibus deverá ter idade média de, no máximo, 05 (cinco) anos.
3.28.2. Para o início da operação do Serviço ATENDE, a frota deverá ter idade máxima de 05 (cinco) anos. Admitir-se-á a operação com veículos de até 10 (dez) anos, excepcionalmente, por um período de 270 (duzentos e setenta) dias, a contar da assinatura do contrato.
Cada empresa vai ser obrigada a disponibilizar um guincho por garagem. Os guinchos não contam na idade média da frota, mas devem passar por vistoriais como as dos ônibus.
WI-FI E AR-CONDICIONADO:
As empresas vão ter de colocar acesso à internet nos ônibus. Todos os ônibus zero quilômetro terão de possuir ar-condicionado, como já ocorre no sistema. Já o Wi-Fi, no entanto, deve ser instalado obrigatoriamente, mesmo nos ônibus usados:
A concessionária deverá providenciar a instalação do sistema Wi-FI, pontos de carga de baterias de celulares e letreiros eletrônicos nos novos veículos. Para os veículos que estejam dentro da sua idade máxima de uso, terão o prazo de até 08 (oito) meses, contados a partir da assinatura do contrato, para a implantação do WI-FI.
ISOS:
Outra obrigação, de acordo com os editais, é que as empresas tenham certificações de qualidade e respeito ao meio ambiente:
“A concessionária deverá obter certificação de qualidade série NBR ISO – 9001-2000 e Ambiental série NBR ISO/14001-2004. 3.40.1. O Plano para obtenção da Certificação deverá ser apresentado, para aprovação do Poder Concedente, no prazo de 06 (seis) meses, contados a partir da assinatura do contrato.”
REMUNERAÇÃO:
A TIR – Taxa Interna de Retorno das empresas será de 9,97%. Hoje está em torno de 16%. Além de ganhar por passageiro transportado, critérios como pesquisa de satisfação do passageiro e cumprimento das viagens vão influenciar nos ganhos dos empresários. Ao contrário de hoje que a SPTrans multa as empresas por atrasos e descumprimento de partidas, pelos editais, a penalização por estes problemas será pelo desconto no pagamento da remuneração. Assim, segundo a prefeitura, quem prestar um serviço inadequado, vai ganhar menos.
Os critérios para a remuneração das empresas terão os seguintes pesos:
50% pelos passageiros transportados
25% pelo cumprimento de viagens
15% pelos custos fixos do investimento do operador com veículos e equipamentos.
10% pela disponibilização da frota e opinião dos passageiros.
As empresas recebem por dia de operação: “O pagamento da operação diária será efetuado em até 05 (cinco) dias úteis após a operação.”
VALORES DE CONTRATOS E CAPITAL EXIGIDO:
Esta licitação de transportes é a maior do gênero dentre as já realizadas no País, devendo movimentar em torno de R$ 140 bilhões. Serão R$ 7 bilhões por ano pagos aos vencedores.
No entanto, os valores dos contratos e os capitais sociais estipulados nos editais variam de acordo com o lote operacional dentro de cada grupo de linhas
MODELO É DE SPEs e COOPERATIVAS FORAM EXCLUÍDAS:
O modelo exclui o sistema de cooperativas, o que já era sabido no mercado. Tanto é que as cooperativas se transformaram em empresas. A prefeitura vai assinar os contratos com SPEs – Sociedades de Propósito Específico, que vão reunir os empresários de acordo com a área de operação. Cada lote representa uma SPE, portanto serão 27 SPEs, sendo 5 no Grupo Estrutural, 9 no Grupo Local de Articulação e 13 no Grupo Local de Distribuição.  Consórcios e empresas podem participar da licitação desde que integrem uma SPE. Uma empresa que esteja numa SPE de um lote também pode estar na SPE de outro lote.
No caso de participação em consórcio, pelo menos uma das empresas dele integrante deve possuir em seu objeto social atividade que permita a operação de transporte coletivo urbano de passageiros, ficando a participação do consórcio condicionada a essa exigência, e ainda ao atendimento dos seguintes requisitos: 5.3.1. Compromisso público ou particular de constituição do consórcio, na forma estabelecida na Lei Federal nº 6.404/76 e alterações, subscrito pelos consorciados para participar no certame, devendo conter: 5.3.1.1. Denominação do Consórcio;
5.3.1.2. Qualificação das consorciadas; 5.3.1.3. Composição do consórcio, respectivas participações dos integrantes e compromisso futuro à participação de cada integrante na sociedade constituída com a finalidade de prestar os serviços desta concessão;
5.3.1.4. Organização e objetivo do consórcio; 5.3.1.5. Declaração à empresa líder de amplos poderes para representar as consorciadas, ativa e passivamente, em todos os atos necessários durante a licitação, com exclusividade, podendo, inclusive, assumir obrigações pelas demais, sem prejuízo da responsabilidade solidária das empresas consorciadas.
5.3.1.6. Definição da responsabilidade solidária das empresas consorciadas, pelos atos praticados em consórcio, durante a licitação e até a data da assinatura do contrato pela Empresa Concessionária (SPE) a ser constituída pelos membros do consórcio;
5.3.1.7. Compromisso das empresas integrantes do consórcio em constituírem uma Sociedade de Propósito Específico – SPE, nos termos do item 15.1 deste Edital.
EMPRESÁRIOS:
Apesar das mudanças das linhas e de parte da frota, o mercado aposta que a estrutura empresarial dos transportes na cidade deva passar por poucas alterações. Na prática, a aposta é de que os mesmos empresários continuem operando. Como o novo sistema não vai admitir mais as cooperativas, estas entidades se transformaram em empresas para participar da disputa. Tanto as atuais viações como as ex-cooperativas devem se organizar em SPE – Sociedade de Propósito Específico.
Hoje, o sistema é dividido em estrutural e local:
EMPRESAS DO SUBSISTEMA ESTRUTURAL:
– Viação Santa Brígida Ltda:
Principais Sócios: Belchior Saraiva, Luiz Augusto Saraiva, Marcio Arduin Saraiva, Mario Luiz Saraiva, Mauricio Daniel Saraiva, Silvia Helena Saraiva Gomes, Antonio Carlos Lourenco Marques, Julio Luiz Marques, Luiz Antonio De Paulo Marques, Manuel Lourenco Marques, Rita De Cassia Marques Mesa Campos
– Viação Gato Preto Ltda:
Principais Sócios: Ricardo Luis Gatti Moroni, Catharina Anna Gatti Moroni, Anita Cecilia Gatti Moroni de Padua Lima, Joao de Padua Lima Neto
– Sambaíba Transportes Urbanos Ltda:
Principais Sócios: Belarmino de Ascenção Marta, Bampar Participações Ltda, Vilar do Rei Participacoes Ltda, Comercial Sambaíba de Viaturas Ltda
– VIP Transportes Urbanos Ltda:
Principais Sócios:  José Ruas Vaz, Carlos de Abreu, Armelim Ruas Figueiredo, Vitorino Teixeira da Cunha,  Eduardo Caropreso Vaz Gomes, Antonio Roberto Berti, Carlos Alberto Risso Alexandre Videira, Claudio Jose Figueiredo Alves, Delfim Alves de Figueiredo, Jose Alves de Figueiredo, Luis do Nascimento Rodrigues, Marcos Jose Monzoni Prestes
– Ambiental Transportes Urbanos Ltda:
Principais Sócios: Eduardo Ciola, Jose Eduardo Caldas Goncalves, participação do Grupo Ruas
– Via Sul Transportes Urbanos Ltda:
Principais Sócios: Jose Ruas Vaz, Carlos De Abreu, Armelim Ruas Figueiredo, Ricardo Vaz Pinto, Vicente Dos Anjos Diniz Ferraz, Marcelino Antonio Da Silva, Manuel Bernardo Pires De Almeida, Francisco Pinto, Francisco Parente Dos Santos, Morgado De Mateus, Elvira Risso Alexandre Videira
– Viação Cidade Dutra Ltda:
Principais Sócios: Jose Ruas Vaz, Armelin Ruas Figueiredo, Francisco Pinto, Joao Goncalves Goncalves, Joaquim De Almeida Saraiva, Marcelino Antonio Da Silva, Vicente Dos Anjos Dinis Ferraz
– Tupi – Transportes Urbanos Piratininga Ltda:
Principais Sócios:  Gustavo Luiz Zampol Pavani, Paulo Eduardo Zampol Pavani
– Mobi Brasil Transportes São Paulo Ltda:
Principais Sócios: Niege Chaves, Tatiana Chaves Suassuna, Honorio Goncalves Da Silva Neto, Terra Participacoes E Patrimonio Eireli
– Viação Campo Belo Ltda:
Principais Sócios: Jose Ruas Vaz, Armelim Ruas Figueiredo, Francisco Pinto, Vicente Dos Anjos Dinis Ferraz
– Viação Gatusa Transportes Urbanos Ltda:
Principais Sócios: Jose Saad Neto, Livonpride S/A.,
– Transkuba Transportes Gerais Ltda:
Principais Sócios: Sergio Kuba, Cafetur Transportes Ltda.,
– Transppass Transportes de Passageiros Ltda:
Principais Sócios: Antonio Dos Santos Pereira, Antonio Joao Pinto Dos Santos, Simone Batista Dos Santos
EMPRESAS DO SUBSISTEMA LOCAL – ANTIGAS COOPERATIVAS:
– Consórcio Spencer Transporte (antiga Cooper Fênix)
Principais Sócios: Manoel Edson Barbosa, Roberson De Nobrega
– Norte Buss Transporte (antiga Transcooper)
Principais Sócios: Guilherme Correa Filho, Jeremias Jose Pereira, Luiz Fernando Silva Dos Santos, Paulo Sato, Valdi Batista De Figueiredo
–  Qualibus Qualidade em Transportes S/A(antiga garagem 2 da Associação Paulistana)
Principais Sócios: Luiz Carlos Calegari, Marcelo Paschoal Cardoso, Ubiratan Antonio Da Cunha,
– Transunião Transportes (antiga garagem 3 da Associação Paulistana):
Principais Sócios: Wilson Pereira Da Costa, Ubirata Batista De Oliveira, Osiel Bernardino Pinto, Jose Edson Accioly Lins, Adauto Soares Jorge, Adao Lino Dos Santos,
– MOVE SP Soluções em Mobilidade Urbana Ltda (antiga Aliança Cooperpeople – Garagem Coopertranse – denominação anterior Transpeople Soluções em Mobilidade Urbana).
Principais Sócios: Agenor Alexandre da Silva Filho,  Antônio Alves de Oliveira, Marcelo Cavallini Colli, Wagner dos Santos
– Express Transportes Urbanos (proveniente da cooperativa Nova Aliança e da Empresa Novo Horizonte):
Principais Sócios: Agnaldo Dias Gomes, Angela Roberta Da Silva Agoston, Vanessa Rodrigues Da Silva,
– Allianz Transportes (antiga garagem 1 da Associação Paulistana) – Denominação Atual:
Allibus Transportes Ltda
Principais Sócios: Anderson Barbosa Da Silva, Paulo Henrique Cipriano, Sandra Pinho Da Silva,
– Pêssego Transportes (antiga Transcooper Leste):
Principais Sócios: Antonio Carlos Da Silva, Danilo Morilio Da Silva, Fabio Dos Santos, Marcio Borges Parente
– Transwolff Transportes (antiga Cooper Pam) 
Principais Sócios: Luiz Carlos Efigenio Pacheco, Moises Gomes Pinto,
– Consórcio Auto Viação Transcap (antiga Unicoopers):
Principais Sócios: Ronaldo Tadeu De Oliveira, Valter Da Silva Bispo
– Alfa Rodobus Transportes
Principais Sócios: Aliomar Rocha Junior, Aurineide Moura Andrade Santos, Edson Bernardo Da Silva, Ezequias De Oliveira, Ezequiel De Oliveira, Jose Lenildo De Lima, Patricia Olegario De Lira, Reginaldo Gomes Da Silva, Sara Oliveira Cavalcante, Silberto Soares Ferreira, Willamys Da Silva Bezerra
DIVISÃO POR ÁREA DE OPERAÇÃO:
  • Empresas do Subsistema Estrutural:
  • Área 1 – Zona Noroeste – verde claro: Consórcio Bandeirantes (Viação Santa Brígida Ltda e Viação Gato Preto Ltda)
  • Área 2 – Zona Norte – azul escuro: Sambaíba Transportes Urbanos Ltda.
  • Área 3 – Zona Nordeste – amarelo: Consórcio Plus (VIP Transportes Urbanos Ltda).
  • Área 4 – Zona Leste – vermelho: Ambiental Transportes Urbanos S.A – incluindo a rede de trólebus
  • Área 5 – Zona Sudeste – verde escuro: Consórcio Via Sul (Via Sul Transportes Urbanos Ltda) – incluindo o BRT (corredor de ônibus) Expresso Tiradentes
  • Área 6 – Zona Sul – azul claro: Consórcio Unisul (Viação Cidade Dutra Ltda; Tupi Transportes Urbanos Piratininga Ltda; MobiBrasil Transportes São Paulo Ltda; VIP Transportes Urbanos Ltda).
  • Área 7 – Zona Sudoeste – vinho: Consórcio Sete (Viação Campo Belo Ltda, Viação Gatusa Transportes Urbanos Ltda; Transkuba Transportes Gerais Ltda; VIP Transportes Urbanos Ltda).
  • Área 8 – Zona Oeste – laranja: Consórcio Sudoeste (Transppass Transportes de Passageiros Ltda e Viação Gato Preto Ltda.)
  • Empresas (ex-cooperativas) do Subsistema local:
  • Área 1 – Zona Noroeste – verde claro: Consórcio Spencer Transporte (antiga Cooper Fênix) e Norte Buss Transporte (antiga Transcooper)
  • Área 2 – Zona Norte – azul escuro: Consórcio Spencer Transporte (antiga Cooper Fênix) e Norte Buss Transporte (antiga Transcooper)
  • Área 3 – Zona Nordeste – amarelo: Consórcio Qualibus (antiga garagem 2 da Associação Paulistana) e Transunião Transportes (antiga garagem 3 da Associação Paulistana).
  • Área 4 – Zona Leste – vermelho: Express Transportes Urbanos (proveniente da cooperativa Nova Aliança e da Empresa Novo Horizonte), Allianz Transportes (antiga garagem 1 da Associação Paulistana) e Pêssego Transportes (antiga Transcooper Leste).
  • Área 5 – Zona Sudeste – verde escuro: Consórcio Move São Paulo  (antigo Consórcio Aliança Cooperpeople – Garagem Coopertranse) e Imperial Transportes (antiga cooperativa Nova Aliança).
  • Área 6 – Zona Sul – azul claro: Transwolff Transportes (antiga Cooper Pam)e  A2 Transportes (antiga Cooper Líder).
  • Área 7 – Zona Sudoeste – vinho: Transwolff Transportes (antiga Cooper Pam).
  • Área 8 – Zona Oeste – laranja: Consórcio Auto Viação Transcap (antiga Unicoopers) e  Alfa Rodobus Transportes
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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MP DIZ TER VISTO DIVERSAS IRREGULARIDADES EM LICITAÇÃO DE ÔNIBUS E ABRE INQUÉRITO – Confira nota completa do Ministério Público –
MPE ABRE INQUÉRITO SOBRE LICITAÇÃO DE ÔNIBUS DE SÃO PAULO:

Prefeitura de São Paulo publica extrato do edital de licitação dos transportes
TATTO E TCM SE REÚNEM PARA DISCUTIR LICITAÇÃO:
Haddad diz que licitação dá “condições máximas de competição”
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LICITAÇÃO DE SÃO PAULO PODE AUMENTAR SUPERLOTAÇÃO DOS ÔNIBUS, DIZ ESPECIALISTA:
Frota de trólebus deve aumentar com licitação:
URGENTE – TCM SUSPENDE LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES DE SÃO PAULO:
SEM LICITAÇÃO, PREFEITURA RENOVA CONTRATO EMERGENCIAL COM EX-PERUEIROS:
CONFIRA AS MINUTAS DO EDITAL DE LICITAÇÃO EM SÃO PAULO:
DECRETO PARA LICITAÇÃO É PUBLICADO OFICIALMENTE:
LICITAÇÃO EM SÃO PAULO VAI ALTERAR 30% DAS LINHAS DE ÔNIBUS NA CIDADE:
O QUE AS EMPRESAS DE ÔNIBUS ESPERAM DA LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES EM SÃO PAULO:
EMPRESAS DE ÔNIBUS DE SÃO PAULO CONTESTAM EDITAL DE LICITAÇÃO:
PREFEITURA DE SÃO PAULO PRORROGA ATÉ 31 DE AGOSTO PRAZO PARA CONSULTA PÚBLICA DE EDITAL DE LICITAÇÃO:
FROTA LIMPA – LEI DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS NÃO FOI LEVADA A SÉRIO:
LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES DE SÃO PAULO PREVÊ ÔNIBUS A GÁS NATURAL:
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LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES: MENOS MICROS E MAIS MIDIS. Maior número de Viagens:
LICITAÇÃO DE SÃO PAULO: ENTIDADES NACIONAIS E INTERNACIONAIS FORMALIZAM PEDIDO DE FROTA LIMPA PARA EDITAL:
LICITAÇÃO SÃO PAULO – ENTIDADES PENDEM MAIS 60 DIAS DE CONSULTA PÚBLICA E FRENTE PARLAMENTAR VAI DISCUTIR EDITAL E MEIO AMBIENTE:
LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES RECEBE SUGESTÕES ATÉ DIA 10 DE AGOSTO:
LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES – TATTO SE REÚNE COM TCM PARA EDITAL NÃO SER BARRADO:
LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES DEVE AJUDAR A DESTRAVAR VENDAS DE CARROCERIAS:
AR CONDICIONADO: LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES DE SÃO PAULO VAI SER MODELO PARA O PAÍS:
LICITAÇÃO DOS TRANSPORTES DE SÃO PAULO: Cartas marcadas ou mercado difícil de competir?
Tatto promete ônibus a cada seis minutos na cidade
LICITAÇÃO EM SÃO PAULO: ESTRANGEIROS SÓ COM EMPRESAS BRASILEIRAS:
ADAMO BAZANI
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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