quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Faltando um ano para as Olimpíadas, obras de mobilidade do Rio foram “enxugadas”

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

Olimpíadas 2016
Ônibus BRT do Rio de Janeiro. Obras de mobilidade foram reduzidas em relação aos projetos originais para as Olimpíadas 2016. BRT é o que tem o andamento das intervenções mais avançado.
Ritmo está aceitável, mas passageiros ainda duvidam da conclusão de todas as intervenções
ADAMO BAZANI
Nessa quinta-feira, dia 05 de agosto de 2015, falta exatamente um ano para o início das Olimpíadas 2016, no Rio de Janeiro.
A exemplo da Copa do Mundo de 2014, a grande estimativa dos moradores é o legado em mobilidade urbana.
Mas, diferentemente da Copa, as obras estão com um avanço aceitável. É claro que são menos intervenções que no mundial de futebol, no entanto, não deixam de ser complexas.
Vale ressaltar, porém, que muitas destas intervenções tiveram um “enxugamento” em relação aos projetos iniciais.
A extensão do Metrô até a Barra da Tijuca está ainda dentro do cronograma, mas a estação da Gávea, que constava no projeto inicial, foi retirada da primeira fase e só vai ficar pronta no final de 2016, depois das Olimpíadas. As obras do metrô serão as mais caras dos projetos de mobilidade: R$ 8,6 bilhões.
Os investimentos totais para as Olimpíadas do Rio de Janeiro devem ser em torno de R$ 38 bilhões. Segundo o governo do estado e a prefeitura, R$ 27 bilhões serão para as chamadas obras que vão ficar como legado, sendo que a maior parte destes investimentos é para os transportes públicos.
A obra que mais levanta dúvidas quanto ao prazo de entrega e que mais sofreu enxugamentos é do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos, que vai servir a zona portuária e incluiu o Terminal de Ônibus Novo Rio, Avenida Santos Dumont, Central do Brasil e a estação de barcas, no centro.
Apenas um terço da obra avançou e, de 42 estações com seis linhas, apenas 32 ficarão prontas com dois ramais, de acordo da prefeitura.
As obras do BRT – Bus Rapid Transit Transolímpica, corredor de ônibus com estações que permitem embarque no mesmo nível do assoalho dos coletivos, são as que apresentam melhores condições. Segundo a prefeitura, 65% estão concluídos.
Ao custo de R$ 2,2 bilhões, o BRT Transolímpica deve ter 25 quilômetros de extensão, vai contar com 18 estações, três terminais de integração com os outros corredores de ônibus, trem e metrô, e o tempo de viagem hoje de duas horas e meia deve cair para 40 minutos.
A linha irá do o Recreio dos Bandeirantes a Marechal Deodoro, passando pela Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Vila Militar.
A previsão de entrega é antes das Olimpíadas, no primeiro semestre de 2016.
Não houve “enxugamento” das obras em relação ao projeto inicial.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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