Promessa da prefeitura é ampliar linhas que não cobram tarifa
ADAMO BAZANI
A Prefeitura de Maricá, no Rio de Janeiro, anunciou a compra de sete novos ônibus para a EPT – Empresa Pública de Transportes, criada em dezembro de 2014 para fazer operar gratuitamente na cidade.
Segundo a prefeitura, o primeiro veículo já chegou à cidade e outros seis devem ser entregues até quarta-feira, 16.
Em nota, o poder público afirma que não se trata de renovação de frota, mas de ampliação dos serviços. Os veículos são apelidados de vermelhinhos
“O primeiro Vermelhinho chegou nesta segunda-feira (14). Os novos veículos vão possibilitar a diminuição dos intervalos das viagens nas linhas já existentes e, também, a criação de novos trajetos.”
A criação da companhia de ônibus rendeu diversas polêmicas. Várias decisões judiciais movidas pelas empresas que prestam serviços na cidade por meio de contrato, Empresa Nossa Senhora do Amparo e Viação Costa Leste, tiveram o pleito atendido e a EPT teve de parar de operar. A prefeitura recorreu, fez alterações nas linhas, e a EPT voltou a funcionar.
Diante da concorrência, a Viação Costa Leste suspendeu as operações em 13 de abril de 2016, e as linhas foram assumidas emergencialmente pela EPT.
Dias depois, a empresa privada voltou aos trabalhos na cidade.
A EPT também teve suspeitas de propaganda política. Em junho de 2016, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro recomendou que o logotipo EPT fosse retirado dos ônibus gratuitos por fazerem referência, segundo entendimento dos promotores, ao PT – Partido dos Trabalhadores, do qual faz parte o ex-prefeito que criou a companhia Washington Quaquá, que conseguiu eleger um sucessor do mesmo partido, Fabiano Horta, que contabilizou 96,12% dos votos válidos.
Ultimamente, as linhas de EPT receberam reclamações de passageiros pelo intervalo excessivo entre os veículos e também pela falta de limpeza. Muita terra, restos de alimentos e até insetos são encontrados diariamente pelos passageiros.
A falta de conservação dos ônibus também foi alvo de críticas.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Fonte: Diário do Transporte
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