sexta-feira, 7 de julho de 2017

Altos e baixos: Buser, enquanto uma viagem esgotou, outra não deu passageiros e foi cancelada

Mesmo com cancelamento, empresa quer novas rotas. Foto apenas ilustrativa
Aplicativo que promete ligar passageiros a empresas de fretamento, e mesmo com uma viagem sem demanda mínima, quer abrir novas rotas e já divulga preço BH-São Paulo
ADAMO BAZANI
Promessa de oferecer passagens de ônibus com valores até 50% mais baixos do que as empresas rodoviárias que operam linhas regulares, o aplicativo Buser, ao mesmo tempo que, em poucos dias, lotou a viagem inaugural, entre Belo Horizonte e Ipatinga por R$ 29,90, não conseguiu demanda suficiente para o trecho BH-Viçosa e cancelou a viagem.
Conforme já havia informado o Diário do Transporte, o preço da viagem pelo “Uber do ônibus”, como foi apelidado o aplicativo, depende da ocupação e, se menos de 60% das poltronas do ônibus forem reservadas, a viagem é cancelada. Relembre:
O aplicativo reúne conceitos de plataformas como Uber, 99 e Cabify, com transporte sob demanda. Entretanto, há diferenças, como os trajetos que são rodoviários, pontos estabelecidos de embarque (os ônibus não vão até a porta de cada passageiro) e a possibilidade de cancelamento de viagem de acordo com a demanda.
Apesar de não ter conseguido os passageiros necessários para ocupação mínima em um dos dois trajetos que lançou, o Buser continua elaborando novos novas rotas e já divulgou a estimativa de preço, R$ 69,90, para a viagem Belo Horizonte – São Paulo.
A linha Rio São-Paulo também é de interesse do aplicativo.
O Buser diz que não trabalha com ônibus clandestinos e que suas rotas são autorizadas pela ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres e o DER- MG Departamento de Estradas e Rodagem, de Minas Gerais, porque as empresas contratadas são companhias de ônibus de fretamento registradas.
Ainda de acordo com o aplicativo, os ônibus possuem seguro para os passageiros, passam por inspeções dos órgãos reguladores e os motoristas obedecem às mesmas cargas horárias estipuladas pelas empresas que operam as linhas rodoviárias convencionais.
O pagamento pode ser feito com cartão de crédito débito por meio de um link que o aplicativo manda para o passageiro ou no momento do embarque.
 Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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