segunda-feira, 10 de julho de 2017

Prefeito de Belo Horizonte condiciona aumento de tarifa de ônibus à auditoria

Ônibus em BH. Prefeito usou o termo “caixa preta”
Alexandre Kalil, durante campanha, já havia prometido investigar sistema BHTrans
ADAMO BAZANI
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, disse na última sexta-feira, 07 de julho de 2017, que somente haverá novo reajuste de tarifa de transporte coletivo na cidade após a realização de uma auditoria ou investigação sobre as contas do sistema BHTrans e das empresas de ônibus.
O recado, que vem ao encontro do que já havia prometido em campanha, foi feito por meio de uma rede social do chefe do executivo.
Segundo Kali, é necessário abrir a “caixa preta” da BHTrans.
“Se não abrir a caixa preta da BHTRANS, ninguém mexe em preço de passagem. Azar da burocracia e dos empresários de ônibus”.
A prefeitura chegou abrir consulta pública para receber sugestões sobre as diretrizes da auditoria, mas ainda procedimento de licitação não foi concluído.
O Ministério Público também investiga os últimos reajustes das tarifas de ônibus.
No dia 31 de dezembro de 2016, o então prefeito Marcio Lacerda anunciou reajuste de 9,4% no valor das tarifas, passando de R$ 3,70 para R$ 4,05.
Em nota sobre a auditoria , a BHTrans disse que a retirada dos cobradores nos ônibus da capital também dependerá dos resultados desta verificação.
“Será contratada, por meio de licitação, uma auditoria fiscal e contábil para o transporte público com o intuito de analisar os custos e receitas do sistema.
Enquanto não for concluída a auditoria, ficará suspensa a retirada do agente de bordo (cobrador) nos ônibus da capital.”
As empresas de ônibus, por sua vez, dizem que os atuais valores ainda não cobrem plenamente os custos de operação e que implantação do Move BRT, sistema de corredores, exigiu investimentos em compra de ônibus mais adequados, de maior porte, e também com infraestrutura.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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