Grupo Comporte, ao qual a Viação Piracicabana faz parte, informou que são feitos ajustes
ADAMO BAZANI
Em breve, os tradicionais trólebus de Santos voltarão à ativa. A confirmação é da CET/Santos -Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos, que gerencia os transportes municipais, e do Grupo Comporte, ao qual integra a Viação Piracicabana, que presta os serviços na cidade do Litoral Sul de São Paulo.
As operações estão interrompidas desde que a rede aérea do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos chegou à região da fiação dos trólebus.
Em nota, após solicitação do Diário do Transporte, a CET/Santos informou que toda a rede de trólebus está sendo revisada. Testes são feitos no cruzamento entre os dois modais de transportes que se movem com eletricidade. A companhia ainda não tem uma data exata para o retorno da operação, mas diz que os trólebus voltarão a funcionar em breve.
Os trólebus voltarão à ativa em breve. Estão sendo concluídos os trabalhos no cruzamento das avenidas Ana Costa e Francisco Glicério, visando compatibilizar as redes de alimentação dos trólebus e do VLT. Em virtude da complexidade do serviço e por tratar-se de área com alto conflito de trânsito e tráfego intenso, as intervenções são realizadas por etapas e fora dos horários de pico, pela Piracicabana e empresas especializadas, com fiscalização da CET-Santos. No momento, estão sendo promovidos testes no local e também foi iniciada a revisão em toda extensão da rede área dos trólebus.
Também em resposta aos questionamentos do Diário do Transporte, o Grupo Comporte, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que os trólebus voltarão a circular na linha 20 que liga a praça Mauá, no Centro, à praça da Independência, no Gonzaga.
O Grupo Comporte informa que ainda estão sendo realizados ajustes para que os trólebus possam circular. Os veículos continuarão integrando a linha 20, assim como um ônibus híbrido, que funciona com um motor elétrico e outro a diesel, colocados em circulação em maio.
As vantagens dos trólebus são a vida útil maior que os ônibus a diesel, nenhuma emissão de poluentes na operação e com geração de menos ruído.
Os primeiros trólebus em Santos começaram a operar em 12 de agosto de 1963. Chegaram inicialmente cinco veículos de um lote de 50 do modelo Fiat Alfa-Romeo Marelli Pistoiese, importados da Itália.
As unidades pertenciam ao poder público por meio do Serviço Municipal de Transportes Coletivos SMTC, que em 1976 foi substituído pela Companhia Santista de Transportes Coletivos – C.S.T.C., também uma empresa pública.
Os atuais seis trólebus operados pela Viação Piracicabana são fabricados pela Mafersa e foram comprados pela – C.S.T.C. em 1987, sendo destinados para a linha 20.
As linhas de trólebus começaram a ter redução significativa na cidade a partir dos anos 1990, quando a C.S.T.C. enfrentava problemas financeiros e de gestão.
De mais de dez linhas, o sistema foi reduzido apenas para o trajeto da linha 20.
Em 1998, com a extinção das operações da C.S.T.C., a Piracicabana assumiu os seis trólebus Mafersa.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Fonte: Diário do Transporte
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